Artes: Diz-me o que não lês, dir-te-ei quem és

22-05-2009
marcar artigo


A "Sábado" desta semana desafiou políticos de vários quadrantes para confessarem que livros e autores se recusam a ler. Os resultados não surpreendem, pelo contrário.Os representantes dos dois maiores partidos, Alberto Martins (PS) e Mota Amaral (PSD), situam-se no politicamente correcto. Declaram não gostar de literatura frívola, mas os exemplos que apontam são de autores estrangeiros, pois, como destacados dirigentes de dois partidos de poder, não querem dar-se ao luxo de desiludir clientelas "culturais" portuguesas. O açoriano recusa-se a ler o "Código da Vinci", enquanto Martins não perde tempo com J.K. Rowling e os seus Harry Potter.O bloquista Francisco Louçã é igual a si próprio: qualquer leitor assíduo e culto rejeita Margaria Rebelo Pinto mesmo sem ter lido um único livro da senhora. É o que faz Louçã, que classifica as palavras da autora de "Sei Lá" como «literatura de pacote».Quem também não surpreende é o representante do CDS-PP, o homem que queria tornar o partido mais sexy, António Pires de Lima. Pela resposta de popular ao inquérito da "Sábado", deduz-se que ler não é sexy. Isto porque Pires de Lima é praticamente incapaz de ler - confesso que cheguei a pensar se não será analfabeto. É que «poesia não é o meu género. Acho que é um problema de falta de sensibilidade», confessa o deputado que não lê Saramago nem Lobo Antunes devido à complexidade da escrita. Mas nem tudo está perdido: Pires de Lima lê pouco, mas fez-se fotografar com uma estante cheia de livros atrás.


A "Sábado" desta semana desafiou políticos de vários quadrantes para confessarem que livros e autores se recusam a ler. Os resultados não surpreendem, pelo contrário.Os representantes dos dois maiores partidos, Alberto Martins (PS) e Mota Amaral (PSD), situam-se no politicamente correcto. Declaram não gostar de literatura frívola, mas os exemplos que apontam são de autores estrangeiros, pois, como destacados dirigentes de dois partidos de poder, não querem dar-se ao luxo de desiludir clientelas "culturais" portuguesas. O açoriano recusa-se a ler o "Código da Vinci", enquanto Martins não perde tempo com J.K. Rowling e os seus Harry Potter.O bloquista Francisco Louçã é igual a si próprio: qualquer leitor assíduo e culto rejeita Margaria Rebelo Pinto mesmo sem ter lido um único livro da senhora. É o que faz Louçã, que classifica as palavras da autora de "Sei Lá" como «literatura de pacote».Quem também não surpreende é o representante do CDS-PP, o homem que queria tornar o partido mais sexy, António Pires de Lima. Pela resposta de popular ao inquérito da "Sábado", deduz-se que ler não é sexy. Isto porque Pires de Lima é praticamente incapaz de ler - confesso que cheguei a pensar se não será analfabeto. É que «poesia não é o meu género. Acho que é um problema de falta de sensibilidade», confessa o deputado que não lê Saramago nem Lobo Antunes devido à complexidade da escrita. Mas nem tudo está perdido: Pires de Lima lê pouco, mas fez-se fotografar com uma estante cheia de livros atrás.

marcar artigo