BUSTOS À LUPA: 10.08.1947 – 27.09.2004 Carlos Luzio

21-07-2009
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"A Foice e o Martelo"Em que seara ceifas,Ceifeira,Que não vejo o lenço pretoDebaixo do chapéu de palhaNem a saia rodada?Porque deixas morrer o teu sorriso azulAo cortar a última espigaDebaixo desse brazeiro que te castigaNo vasto deserto do Sul?A tua foice já não talhaNunca mais será afiada...Em que forja martelas ferreiro,Que não ouço o teu martelar?Já não há bois para ferrarNem charruas para lavrarNem ceifeira para ceifarJá não há o campo douradoO sonho ficou para sempre do outro ladoTrocaram-te a bigorna pelo berbequimO progresso é mesmo assimAgora é tempo de emigrar para o norteA procura de outra sorteRegressarás com a ceifeira já muito mais velhosEm Abril quando os cravos são mais vermelhos.Em que seara ceifas, ceifeira?O tractor já ceifou primeiroEm que forjas martelos, ferreiro?Anda beber um copo que está abandonada a sementeira...


"A Foice e o Martelo"Em que seara ceifas,Ceifeira,Que não vejo o lenço pretoDebaixo do chapéu de palhaNem a saia rodada?Porque deixas morrer o teu sorriso azulAo cortar a última espigaDebaixo desse brazeiro que te castigaNo vasto deserto do Sul?A tua foice já não talhaNunca mais será afiada...Em que forja martelas ferreiro,Que não ouço o teu martelar?Já não há bois para ferrarNem charruas para lavrarNem ceifeira para ceifarJá não há o campo douradoO sonho ficou para sempre do outro ladoTrocaram-te a bigorna pelo berbequimO progresso é mesmo assimAgora é tempo de emigrar para o norteA procura de outra sorteRegressarás com a ceifeira já muito mais velhosEm Abril quando os cravos são mais vermelhos.Em que seara ceifas, ceifeira?O tractor já ceifou primeiroEm que forjas martelos, ferreiro?Anda beber um copo que está abandonada a sementeira...

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