Santos Cabral, agora juiz no Supremo Tribunal de Justiça, não poupa críticas também ao novo CPP. "É um modelo que corresponde a uma criminalidade clássica, de um arguido e cinco ou seis testemunhas, é para um modelo simples. Não corresponde, por isso, à criminalidade complexa, em que a investigação é morosa e os processos muito volumosos, com uma pluralidade de actores. Logo, os prazos não correspondem a esta realidade".O Procurador-geral da República alertou ontem, por seu turno, para o perigo de bloqueio à investigação criminal com os novos prazos do Código de Processo Penal (em vigor desde sábado) e defendeu que o Parlamento deve "fazer alguns ajustamentos". "Têm de estar contempladas uma série de excepções" para "atenuar o que não está bem", disse, referindo-se ao alargamento do prazo de investigação para crimes mais complicados, como os económicos.O grande pacto de justiça entre PS e PSD demonstra uma vez mais a incompetência de quem tem dirigido os destinos do nosso país, curioso como este código poderá servir como uma luva aos crimes de colarinho branco. Também curioso foi o de ter conseguido ouvir o Ministro da Justiça não é o que estão a pensar esse é o Rogério Alves Bastonário da Ordem dos Advogados que está em todos os canais e a toda a hora na televisão, o Alberto Costa foi apanhado de fugida a dizer que os problemas do excesso de prisão preventiva se fizeram sentir no Caso Casa Pia, porque terá sido? Não deve ter nada haver com o envolvimento de figuras públicas, mais uma lei feita à medida dos que podem, porque Portugal é dos países da Europa como menos presos preventivos à espera de julgamento.Já a proibição da divulgação de escutas é outro arranjinho feito à medida de uns quantos e já agora não deixes de ler “ Por outras, palavras, Manuel, António, Pina”“A verdade é que, com o actual CPP (as iniciais CP quererão afinal dizer "Casa Pia" e não "Código de Processo"), o caso actualmente em julgamento dificilmente chegaria onde chegou.”
Categorias
Entidades
Santos Cabral, agora juiz no Supremo Tribunal de Justiça, não poupa críticas também ao novo CPP. "É um modelo que corresponde a uma criminalidade clássica, de um arguido e cinco ou seis testemunhas, é para um modelo simples. Não corresponde, por isso, à criminalidade complexa, em que a investigação é morosa e os processos muito volumosos, com uma pluralidade de actores. Logo, os prazos não correspondem a esta realidade".O Procurador-geral da República alertou ontem, por seu turno, para o perigo de bloqueio à investigação criminal com os novos prazos do Código de Processo Penal (em vigor desde sábado) e defendeu que o Parlamento deve "fazer alguns ajustamentos". "Têm de estar contempladas uma série de excepções" para "atenuar o que não está bem", disse, referindo-se ao alargamento do prazo de investigação para crimes mais complicados, como os económicos.O grande pacto de justiça entre PS e PSD demonstra uma vez mais a incompetência de quem tem dirigido os destinos do nosso país, curioso como este código poderá servir como uma luva aos crimes de colarinho branco. Também curioso foi o de ter conseguido ouvir o Ministro da Justiça não é o que estão a pensar esse é o Rogério Alves Bastonário da Ordem dos Advogados que está em todos os canais e a toda a hora na televisão, o Alberto Costa foi apanhado de fugida a dizer que os problemas do excesso de prisão preventiva se fizeram sentir no Caso Casa Pia, porque terá sido? Não deve ter nada haver com o envolvimento de figuras públicas, mais uma lei feita à medida dos que podem, porque Portugal é dos países da Europa como menos presos preventivos à espera de julgamento.Já a proibição da divulgação de escutas é outro arranjinho feito à medida de uns quantos e já agora não deixes de ler “ Por outras, palavras, Manuel, António, Pina”“A verdade é que, com o actual CPP (as iniciais CP quererão afinal dizer "Casa Pia" e não "Código de Processo"), o caso actualmente em julgamento dificilmente chegaria onde chegou.”