iuris: Ministério Público acusa 65 pessoas de participação em rede para escapar à tropa

01-10-2009
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O Ministério Público acusa 65 pessoas de crimes de corrupção e falsificação de documentos, suspeitas de participarem numa rede que tinha como objectivo garantir que jovens escapavam ao então serviço militar obrigatório. A rede envolverá médicos, militares e vários angariadores.Segundo avança hoje o "Jornal de Notícias", doze dos arguidos são médicos e militares ligados ao Hospital Militar do Porto e ao centro de inspecções médicas por onde tinham de passar todos os jovens chegados aos 18 anos e sem impedimentos para cumprir o serviço militar.Além dos clínicos e funcionários do serviço, estão também acusados 17 angariadores de jovens que desejassem escapar à tropa, entre os quais um padre de Ponte de Lima e um barbeiro do hospital militar.A investigação da Polícia Judiciária arrancou em 2001 e, graças a escutas telefónicas e buscas domiciliárias e nos empregos dos suspeitos, até Junho de 2003, foram identificadas irregularidades que denunciavam a existência de um plano em rede para angariar interessados, pagamento de subornos e, por fim, a encenação de doenças e problemas na avaliação médica militar que garantiriam a exclusão.De acordo com o JN, centenas de pessoas terão beneficiado deste esquema e conseguido escapar ao serviço militar obrigatório. Inicialmente existiam cerca de 200 arguidos, mas mais de 130 casos foram arquivados por falta de provas. O cabecilha da rede será um sargento do Centro de Calssificação e Selecção do Porto, que agia preferencialmente com ajuda de outros militares do serviço e de um médico psiquiatra.Aos clientes da rede eram pedidas quantias em dinheiro, que podiam ir dos 1250 aos 4500 euros. As autoridades apreenderam cerca de 220 mil euros das contas bancárias dos envolvidos, que foram arrestadas. Os jovens examinandos eram instruídos no sentido de alegar problemas vários, desde a toxicodependência a casos crónicos de sinusite ou rinite, bem como analfabetismo ou deficiência mental.A instrução do caso está a cargo do Tribunal de Instrução Criminal do Porto e o processo deve transitar depois para julgamento no Tribunal de São João Novo, também no Porto. in Público

O Ministério Público acusa 65 pessoas de crimes de corrupção e falsificação de documentos, suspeitas de participarem numa rede que tinha como objectivo garantir que jovens escapavam ao então serviço militar obrigatório. A rede envolverá médicos, militares e vários angariadores.Segundo avança hoje o "Jornal de Notícias", doze dos arguidos são médicos e militares ligados ao Hospital Militar do Porto e ao centro de inspecções médicas por onde tinham de passar todos os jovens chegados aos 18 anos e sem impedimentos para cumprir o serviço militar.Além dos clínicos e funcionários do serviço, estão também acusados 17 angariadores de jovens que desejassem escapar à tropa, entre os quais um padre de Ponte de Lima e um barbeiro do hospital militar.A investigação da Polícia Judiciária arrancou em 2001 e, graças a escutas telefónicas e buscas domiciliárias e nos empregos dos suspeitos, até Junho de 2003, foram identificadas irregularidades que denunciavam a existência de um plano em rede para angariar interessados, pagamento de subornos e, por fim, a encenação de doenças e problemas na avaliação médica militar que garantiriam a exclusão.De acordo com o JN, centenas de pessoas terão beneficiado deste esquema e conseguido escapar ao serviço militar obrigatório. Inicialmente existiam cerca de 200 arguidos, mas mais de 130 casos foram arquivados por falta de provas. O cabecilha da rede será um sargento do Centro de Calssificação e Selecção do Porto, que agia preferencialmente com ajuda de outros militares do serviço e de um médico psiquiatra.Aos clientes da rede eram pedidas quantias em dinheiro, que podiam ir dos 1250 aos 4500 euros. As autoridades apreenderam cerca de 220 mil euros das contas bancárias dos envolvidos, que foram arrestadas. Os jovens examinandos eram instruídos no sentido de alegar problemas vários, desde a toxicodependência a casos crónicos de sinusite ou rinite, bem como analfabetismo ou deficiência mental.A instrução do caso está a cargo do Tribunal de Instrução Criminal do Porto e o processo deve transitar depois para julgamento no Tribunal de São João Novo, também no Porto. in Público

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