Câmara Corporativa: ‘Corporativismo, privilégios e sacrifícios’ [1]

23-11-2005
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Demasiado previsível para surpreender. António Cluny, presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, recorre aos media, como é seu hábito, para baralhar… e dar de novo. E fá-lo através do Expresso, semanário que costuma acolher as suas justificações sobre a inoperância do Ministério Público (de cujo corpo é parte integrante) no Tribunal de Contas — justificações desmentidas com estrondo pelo Juiz Conselheiro Alfredo José de Sousa, presidente do Tribunal de Contas, nas entrevistas que concedeu há dias, quando aludiu à passividade do Ministério Público.O artigo de Cluny parece pretender reparar o seu desastrado desempenho num recente debate sobre a Justiça: “Os recentes comentários (…) fizeram-me regressar ao que alegadamente foi dito e fundamentalmente, ao que (culpa minha?) não consegui dizer no programa «Prós e Contras» [a sintaxe é da responsabilidade do Dr. Cluny]. Quando é o próprio a reconhecer que se espalhou ao comprido, que dirão todos aqueles que se insurgiram quando manifestámos a opinião de que o presidente do Sindicato do Ministério Público fora cilindrado no debate?É um artigo que não envergonharia os velhos sindicalistas da Victor Cordon — muito embora possa parecer estranho que um representante da magistratura o redija. Não havendo indicação em contrário, presumimos que, desta feita, o Dr. Cluny tenha exposto as suas opiniões pessoais — e não as da classe que representa.

Demasiado previsível para surpreender. António Cluny, presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, recorre aos media, como é seu hábito, para baralhar… e dar de novo. E fá-lo através do Expresso, semanário que costuma acolher as suas justificações sobre a inoperância do Ministério Público (de cujo corpo é parte integrante) no Tribunal de Contas — justificações desmentidas com estrondo pelo Juiz Conselheiro Alfredo José de Sousa, presidente do Tribunal de Contas, nas entrevistas que concedeu há dias, quando aludiu à passividade do Ministério Público.O artigo de Cluny parece pretender reparar o seu desastrado desempenho num recente debate sobre a Justiça: “Os recentes comentários (…) fizeram-me regressar ao que alegadamente foi dito e fundamentalmente, ao que (culpa minha?) não consegui dizer no programa «Prós e Contras» [a sintaxe é da responsabilidade do Dr. Cluny]. Quando é o próprio a reconhecer que se espalhou ao comprido, que dirão todos aqueles que se insurgiram quando manifestámos a opinião de que o presidente do Sindicato do Ministério Público fora cilindrado no debate?É um artigo que não envergonharia os velhos sindicalistas da Victor Cordon — muito embora possa parecer estranho que um representante da magistratura o redija. Não havendo indicação em contrário, presumimos que, desta feita, o Dr. Cluny tenha exposto as suas opiniões pessoais — e não as da classe que representa.

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