O CARVALHADAS: Pois.

20-03-2005
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"Na edição de segunda-feira deste jornal, Cintra Torres acusa-me de ter enviado "ao director do PÚBLICO uma carta, na (...) qualidade de secretário de Estado, pressionando" o seu "afastamento destas páginas por delito de opinião" e compara-me por isso ao ministro Gomes da Silva. Cintra Torres não diz a verdade. A carta que dirigi ao PÚBLICO visava responder ao texto que subscrevera intitulado "A União Nacional rosa e o juiz de Penacova", onde, além de se referir a um "polvo" socialista que controlaria a comunicação social, Cintra criticava uma justíssima contra-ordenação aplicada pelos serviços que então tutelava -- o ICS - à Rádio Penacova, ligada ao grupo Media Capital. Limitei-me na carta a sugerir que a defesa daquela emissora local por parte de Cintra Torres não era nada inocente...De facto, não era. Noutra carta publicada a 6-12-2001, o então presidente da RDP, José Manuel Nunes, recordava que Cintra Torres era - não sei se ainda é... - colaborador remunerado do grupo Media Capital, o que é absolutamente revelador sobre a independência com que elaborava as suas críticas. No que respeita à comparação com a situação actual, limito-me a recordar que durante os governos de António Guterres Portugal foi considerado como o sétimo país do mundo com maior liberdade de informação por uma prestigiada organização internacional de jornalistas."Alberto Arons de Carvalho "Mário Crespo deixou a RTP depois de três anos na ‘prateleira’ e de alguns processos disciplinares por questionar o poder político sobre a TV pública. A pasta era tutelada pelo ministro da Cultura, Augusto Santos Silva, do então Governo socialista. " CM "O ressurgir de actores do passado, como Arons de Carvalho, a fazerem pronunciamentos para os quais o seu currículo não lhe dá legitimidade, parece-me mau. O Partido Socialista terá que encontrar novos interlocutores para a sua nova visão para a comunicação social. Também não podemos esquecer que foi o regime de António Guterres que criou, na Portugal Telecom, a estrutura que permitiu à empresa entrar nos media e tornar-se numa central de comunicações." Mário Crespo

"Na edição de segunda-feira deste jornal, Cintra Torres acusa-me de ter enviado "ao director do PÚBLICO uma carta, na (...) qualidade de secretário de Estado, pressionando" o seu "afastamento destas páginas por delito de opinião" e compara-me por isso ao ministro Gomes da Silva. Cintra Torres não diz a verdade. A carta que dirigi ao PÚBLICO visava responder ao texto que subscrevera intitulado "A União Nacional rosa e o juiz de Penacova", onde, além de se referir a um "polvo" socialista que controlaria a comunicação social, Cintra criticava uma justíssima contra-ordenação aplicada pelos serviços que então tutelava -- o ICS - à Rádio Penacova, ligada ao grupo Media Capital. Limitei-me na carta a sugerir que a defesa daquela emissora local por parte de Cintra Torres não era nada inocente...De facto, não era. Noutra carta publicada a 6-12-2001, o então presidente da RDP, José Manuel Nunes, recordava que Cintra Torres era - não sei se ainda é... - colaborador remunerado do grupo Media Capital, o que é absolutamente revelador sobre a independência com que elaborava as suas críticas. No que respeita à comparação com a situação actual, limito-me a recordar que durante os governos de António Guterres Portugal foi considerado como o sétimo país do mundo com maior liberdade de informação por uma prestigiada organização internacional de jornalistas."Alberto Arons de Carvalho "Mário Crespo deixou a RTP depois de três anos na ‘prateleira’ e de alguns processos disciplinares por questionar o poder político sobre a TV pública. A pasta era tutelada pelo ministro da Cultura, Augusto Santos Silva, do então Governo socialista. " CM "O ressurgir de actores do passado, como Arons de Carvalho, a fazerem pronunciamentos para os quais o seu currículo não lhe dá legitimidade, parece-me mau. O Partido Socialista terá que encontrar novos interlocutores para a sua nova visão para a comunicação social. Também não podemos esquecer que foi o regime de António Guterres que criou, na Portugal Telecom, a estrutura que permitiu à empresa entrar nos media e tornar-se numa central de comunicações." Mário Crespo

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