Forum Cidadania na Várzea da Moita: Deputados e Dirigentes do Partido Socialista manifestam a sua solidariedade política ponto por ponto às causas da resistência cívica da Várzea ...

07-07-2009
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Deputados e Dirigentes do Partido Socialista manifestam a sua solidariedade política ponto por ponto às causas da resistência cívica da Várzea e de numerosos outros Munícipes da Moita (Foto cortesia do Jornal O Rio) Uma Delegação de Deputados e Dirigentes do Partido Socialista reuniu-se com Moradores e Proprietários da Várzea da Moita, no Centro Social da Barra Cheia, segunda-feira 2 Abril 2007, num ambiente caracterizado por uma cordialidade franca, apesar de pautado por uma grave preocupação cívica dos Munícipes, num quadro de apoio e solidariedade reiterada por parte dos Dirigentes e Deputados do PS integrantes da comitiva.Presente para acolher os Representantes do Partido Socialista esteve uma delegação de 12 Cidadãs e Cidadãos, em representação de muitos outros Vizinhos que não puderam comparecer, mas que igualmente saudaram a vinda da Delegação do PS.A Delegação do PS era composta pelos Deputados Vítor Ramalho, Alberto Antunes, Alberto Arons de Carvalho, Joaquim Ventura Leite, Maria Manuel Oliveira, Maria Teresa Diniz e Sandra Marisa Catarino da Costa. Integravam ainda a Delegação Rui Xavier Mourinha, Presidente da Comissão Política do Partido Socialista na Moita, e os Vereadores à Câmara Municipal da Moita Vítor Cabral e José Guerra.Os Representantes do Partido Socialista manifestaram as suas preocupações quanto ao Projecto de novo PDM da Moita, e expressaram de novo a sua solidariedade política para com a resistência das populações do Sul do Concelho a favor da lei, e contra a escuridão que perpassa ao longo de todo o Processo de Revisão do PDM.Os Munícipes da Moita aproveitaram a ocasião para mostrar o seu reconhecimento pelas diversas tomadas de posição de clarificação política e de solidariedade assumidas por altos Representantes do Partido Socialista, em torno do Processo de Revisão e do surgimento do Projecto de novo PDM da Moita.Na ocasião, sublinharam a importância muito grande dessa solidariedade e desse apoio continuarem e se reforçarem mesmo, sempre na defesa da lei e contra a escuridão, na denúncia e desmontagem peça por peça das ilegalidades e das iniquidades de todo o Processo.A propósito da Conferência da Moita sobre a Política dos SolosNa altura, Vítor Ramalho, Deputado à Assembleia da República e Presidente da Federação Distrital do Partido Socialista de Setúbal manifestou aos Cidadãos presentes o reconhecimento do Partido Socialista pela importância e oportunidade nacionais da Conferência da Moita sobre Política dos Solos, com realização prevista para 19 Maio 2007.Vítor Ramalho manifestou publicamente o seu desejo e o seu apelo para que investigadores e professores universitários, responsáveis políticos e outras personalidades e especialistas de reconhecido mérito, de todas as esferas e áreas da sociedade portuguesa, de par com outros Cidadãos em geral, possam dar o seu máximo contributo para o sucesso da iniciativa, nela participando e para ela contribuindo por múltiplas formas com o seu saber e a sua experiência.O Deputado Vítor Ramalho referiu a propósito ser sua convicção que a iniciativa da Conferência é meritória e de grande interesse e alcance nacional.Sublinhou a correcção da visão dos organizadores da Conferência, um movimento cívico que a todos apela, a todos convida, e de todos espera contributos e enriquecimentos para o debate de tão importantes temas.E acrescentou: “Ao início desta manhã, reunimos com o Senhor Presidente da Câmara Municipal da Moita, a quem “deixámos claro que nós participaremos nesta Conferência!”No quadro de uma análise aprofundada que efectuou sobre o objecto da Conferência, o Deputado Vítor Ramalho enfatizou particularmente a importância dos Temas um a um da Conferência e defendeu ser fundamental conceber a Península de Setúbal, o exemplo concreto que citou, sob uma óptica nova, coerente e integrada, e não como um somatório desconexo e inconsequente de interesses e disputas concelhias.No mesmo sentido se pronunciaram também sobre a Conferência os Deputados Alberto Antunes, Joaquim Ventura Leite, e Maria Manuel Oliveira, bem como Rui Xavier Mourinha, Presidente da Comissão Política do Partido Socialista na Moita, entre outros.Particularmente enfático sobre a importância e a oportunidade da Conferência da Moita foi o Deputado Joaquim Ventura Leite, que referiu terem os Portugueses investido na última década cerca de 55 mil milhões de Euros em novas Habitações nascidas grande parte delas em novas áreas de expansão urbana, num esforço financeiro de grande significado em termos de enriquecimento especulativo para uns, de par com um enorme endividamento para uma vida toda para a maioria, e de pouco ou inexpressivo saldo positivo de progresso efectivo para o País.Também o Deputado Alberto Antunes saudou vivamente a iniciativa da Conferência e o seu âmbito nacional, como algo de muito significativo. “Melhor tivera feito a Democracia após o 25 de Abril de 1974 se tivesse encarado a questão da Política dos Solos de outro modo, ao serviço do interesse dos Municípios e do País todo inteiro. Não o fez, e quem sofreu foram o tecido urbano e o ordenamento do território”, disse.Sobre o Processo de Revisão e o Projecto de novo PDM da MoitaOs Deputados Alberto Antunes e Maria Manuel Oliveira referiram sobre o PDM da Moita e a sua Revisão que tudo está em aberto, acrescentando que as diversas instâncias ainda deverão rever ponto por ponto, passo a passo todo o Processo, antes de uma decisão ser proferida.A Administração Central parece ter sido afinal porventura desconhecedora de detalhes fundamentais sobre o modo como o Projecto foi sendo encorpado ao longo dos anos, e que detalhes, logo os pilares fundamentais de toda a fabricação do Projecto de Revisão.Por isso, tudo deverá ser antes passado a pente fino, e só depois se poderá contar com um desenvolvimento e com novas no Processo.A Deputada Maria Manuel Oliveira, por seu turno, foi igualmente bem clara, ao referir que as sustentabilidades territorial e ambiental, e a coesão social, pressupostos centrais da Estratégia de Lisboa, estão ausentes ou maltratadas de todo no Projecto de Revisão do PDM da Moita. “As linhas mestras do Projecto não encaixam nas linhas orientadoras da Estratégia de Lisboa, e isso não pode ser ignorado”, disse.Por seu turno, Rui Xavier Mourinha, Presidente da Comissão Política do Partido Socialista na Moita, foi claríssimo quando defendeu que os entorses à legalidade e a política de “não defesa” das populações, que atravessam todo o Processo de Revisão do PDM, não passarão.”Estaremos convosco, como sempre o fizemos!”, disse, lembrando mais uma vez que a reanálise de todo o Processo será feita, sem margem para dúvidas.Munícipes apontaram alguns dos pontos negros fundamentais da vida política na Moita Vários Munícipes tomaram a palavra na Reunião, aproveitando para apontar os pontos negros fundamentais da vida política na Moita e para pedir aos Representantes do Partido Socialista e aos órgãos de Poder do Estado a máxima vigilância em defesa da lei, contra a escuridão na gestão da “res publica” na nossa terra.Sobre o muito famoso Projecto de Revisão do PDM da Moita“As pessoas do campo foram tradicionalmente desprezadas, e entre nós a saga malfadadamente continua”, disse um dos Moradores.Outros acrescentaram.“Nós defendemos o Solo Rural e a REN, opomo-nos à brutal amputação de REN e à ilegal passagem de centenas de hectares de Solo Rural para novo Solo Urbano, como o prevê o Projecto de novo PDM”.“E fazemo-lo por verificarmos que o Projecto de novo PDM prevê o desaparecimento puro e duro de cerca de 400 hectares de Solo Rural, em plena Reserva Ecológica Nacional, tudo terras de máxima infiltração, de montado, de matas e de pinhais e sem gente, sem casas, sem vida, sem actividade económica, só natureza ou de características ecológicas que deveriam ser preservadas”.”Aí a perda ambiental será total”.“Pior, o álibi do alargamento de nova REN às terras do Sul do Concelho é uma simples capa que tem por objectivo único tentar enganar as populações (que não caíram no embuste) e iludir os Órgãos de Poder de Estado que quiserem ser enganados”.“Têm sido 10 anos a tentar apresentar o Projecto de PDM como de interesse para o Concelho, só porque alarga o território de REN, escondendo as perdas de Solo Rural e de REN lá onde essa protecção era eficaz, e onde o prejuízo ambiental é máximo, com uma música de fundo nobre e credível, com a charanga e a fanfarra do alargamento da REN a novas terras já antes eficazmente protegidas em termos ambientais, e onde o ganho ecológico é zero”, disseram.“Quando na verdade, o interesse é de só de alguns, e a hipoteca do fururo é para quase todos”, disseram.Sobre a gravidade e as ilegalidades gritantes em torno da Ribeira da MoitaOs Munícipes expressaram ainda a sua oposição frontal à realidade da Ribeira da Moita, e às ilegalidades e abandonos a que em seu redor as populações têm sido votadas e esquecidas.Com efeito, a Ribeira da Moita atravessa toda a parte Sul do Concelho correndo para Norte, a caminho do Tejo.Tem origem na zona de fortíssima concentração humana e de serviços e indústria do Parque Industrial junto à AutoEuropa, onde trabalham cada dia largos milhares de pessoas numa actividade humana e industrial intensa, com descargas industriais e humanas diárias de milhões de litros de efluentes de todo o género.A Ribeira da Moita é engrossada igualmente com mais milhões e milhões de litros de outros efluentes de várias novas aglomerações urbanas do Concelho de Palmela, que a sul da Moita pululam sem parar.Indústrias importantes em produção e em pessoal, e novas cidades e urbanizações para as quais nenhuma solução foi prevista em termos de efluentes industriais e humanos, que não seja o deixar fazer, o deixar correr as suas águas de todo o tipo, insuficientemente tratadas e a céu aberto, pelas nossas terras e à beira das nossas casas a caminho do Tejo.Todo o homem sério, toda a mulher isenta pode assim constatar que esta Ribeira não é de nascente, sendo alimentada quando muito no máximo 30 a 60 dias por ano pelas chuvas, pela acção da natureza.Durante esses 30 a 60 dias cada ano, a Ribeira da Moita serve ao escoamento natural das águas, cf. o Artº 1351º do Código Civil, que prevê que os prédios inferiores estão sujeitos a receber as águas que, naturalmente e sem obra do homem, decorrem dos prédios superiores, assim como a terra e entulhos que elas arrastam na sua corrente.Contudo, nos restantes cerca de 300 dias ou mais, cada ano, todos os anos, a Ribeira da Moita é a única com um caudal contínuo, dia e noite, 24 sobre 24 horas, a correr para o Tejo ao longo do Concelho da Moita.As outras ribeiras estão secas todas durante a maior parte do ano, enquanto a nossa corre todos os dias sem parar com importante e incessante caudal.A maldade e a ilegalidade da situação são duplas:Por um lado, as nossas terras e culturas são inquinadas por tratamento insuficiente a montante dos efluentes do crescimento industrial e demográfico atabalhoada e incapazmente ordenado ao longo de anos, as nossas terras e culturas são alagadas por descargas inopinadas e por caudais catastróficos originados pelas impermeabilizações insensatas de Kms2 e Kms2 a montante, as nossas terras e culturas são arrastadas sem parar com milhões de metros cúbicos roubados por aluvião a caminho de jusante;Por outro, a classificação legal altamente limitativa e proibitiva nas margens da Ribeira da Moita (surgindo em certos Mapas como maior e mais significativa que as zonas ribeirinhas de protecção ao Tejo) é o cúmulo da perfídia: A Ribeira é-nos imposta, as águas não são da natureza, o seu curso e caudal são ilegais, são antes fruto dos erros e da irresponsabilidade de planeamento e ordenamento do território do Concelho vizinho, mas quanto a restrições e proibições legais, é sobre a nossa cabeça que estas se abatem sem parar.Para todos estes factos insuportáveis, e que terão de ser resolvidos drasticamente de uma vez por todas, os Munícipes alertaram a atenção dos Deputados e Dirigentes do Partido Socialista presentes.Sobre o êxodo rural e a condenação da agricultura e dos AgricultoresFoi dito aos Deputados e Dirigentes do Partido Socialista presentes que aquele desprezo e aquele Projecto de novo PDM são armas apontadas para a desertificação dos campos e para o abandono da hortofruticultura e da pecuária, com séculos de presença no Sul do Concelho da Moita.Proprietários rurais com meio hectare ou com 8 ou 20 hectares vêm-se proibidos de construir uma casa para um filho casadoiro, ou até mesmo de fazer obras e acrescentar um quarto de dormir a uma família em crescimento.As pessoas são expulsas, e obrigadas a deixar para trás vastas terras, e a procurar a compra de apartamentos nos centros urbanos em redor.Assim se perdem braços para o amanho das terras, assim se apartam famílias com os mais velhos para um lado e os casais jovens para outro, assim se perde produção e se entorta o modo tradicional das famílias acompanharem as novas e as velhas gerações ao longo dos seus ciclos de vida.“Há alguns anos chegávamos a ter Listas de Espera de 100 pessoas para entrar para o Rancho Etnogáfico, agora faltam-nos elementos e os que aparecem vêm muitas vezes das localidades ao redor”, disse Manuel Fernando Miguel, Presidente do Rancho Etnográfica de Danças e Cantares da Barra Cheia.“Compreendemos que estas consequências não são má-sorte nem fatalidade, antes são filhas de causas que conhecemos, e de que o Projecto de novo PDM é o mais recente e máximo expoente”, disseram.Sobre os graves desmandos e atropelos à legalidade e à vida em democracia no Concelho da MoitaOutro Morador comentou:“Os pontos mais negros na rota da Revisão do PDM da Moita são antes do mais atentados contra a lei, a ética, a justiça e a vida em democracia no nosso Concelho”.“Os exemplos são numerosos, os assuntos são vastíssimos e as situações são muito graves. Mas mais que enumerarmos hoje aqui cada situaçã0, importa assegurar a compreensão e a solidariedade dos Deputados e dos Dirigentes do Partido Socialista”.“É essa solidariedade política que empenhadamente vos pedimos”, concluíram.


Deputados e Dirigentes do Partido Socialista manifestam a sua solidariedade política ponto por ponto às causas da resistência cívica da Várzea e de numerosos outros Munícipes da Moita (Foto cortesia do Jornal O Rio) Uma Delegação de Deputados e Dirigentes do Partido Socialista reuniu-se com Moradores e Proprietários da Várzea da Moita, no Centro Social da Barra Cheia, segunda-feira 2 Abril 2007, num ambiente caracterizado por uma cordialidade franca, apesar de pautado por uma grave preocupação cívica dos Munícipes, num quadro de apoio e solidariedade reiterada por parte dos Dirigentes e Deputados do PS integrantes da comitiva.Presente para acolher os Representantes do Partido Socialista esteve uma delegação de 12 Cidadãs e Cidadãos, em representação de muitos outros Vizinhos que não puderam comparecer, mas que igualmente saudaram a vinda da Delegação do PS.A Delegação do PS era composta pelos Deputados Vítor Ramalho, Alberto Antunes, Alberto Arons de Carvalho, Joaquim Ventura Leite, Maria Manuel Oliveira, Maria Teresa Diniz e Sandra Marisa Catarino da Costa. Integravam ainda a Delegação Rui Xavier Mourinha, Presidente da Comissão Política do Partido Socialista na Moita, e os Vereadores à Câmara Municipal da Moita Vítor Cabral e José Guerra.Os Representantes do Partido Socialista manifestaram as suas preocupações quanto ao Projecto de novo PDM da Moita, e expressaram de novo a sua solidariedade política para com a resistência das populações do Sul do Concelho a favor da lei, e contra a escuridão que perpassa ao longo de todo o Processo de Revisão do PDM.Os Munícipes da Moita aproveitaram a ocasião para mostrar o seu reconhecimento pelas diversas tomadas de posição de clarificação política e de solidariedade assumidas por altos Representantes do Partido Socialista, em torno do Processo de Revisão e do surgimento do Projecto de novo PDM da Moita.Na ocasião, sublinharam a importância muito grande dessa solidariedade e desse apoio continuarem e se reforçarem mesmo, sempre na defesa da lei e contra a escuridão, na denúncia e desmontagem peça por peça das ilegalidades e das iniquidades de todo o Processo.A propósito da Conferência da Moita sobre a Política dos SolosNa altura, Vítor Ramalho, Deputado à Assembleia da República e Presidente da Federação Distrital do Partido Socialista de Setúbal manifestou aos Cidadãos presentes o reconhecimento do Partido Socialista pela importância e oportunidade nacionais da Conferência da Moita sobre Política dos Solos, com realização prevista para 19 Maio 2007.Vítor Ramalho manifestou publicamente o seu desejo e o seu apelo para que investigadores e professores universitários, responsáveis políticos e outras personalidades e especialistas de reconhecido mérito, de todas as esferas e áreas da sociedade portuguesa, de par com outros Cidadãos em geral, possam dar o seu máximo contributo para o sucesso da iniciativa, nela participando e para ela contribuindo por múltiplas formas com o seu saber e a sua experiência.O Deputado Vítor Ramalho referiu a propósito ser sua convicção que a iniciativa da Conferência é meritória e de grande interesse e alcance nacional.Sublinhou a correcção da visão dos organizadores da Conferência, um movimento cívico que a todos apela, a todos convida, e de todos espera contributos e enriquecimentos para o debate de tão importantes temas.E acrescentou: “Ao início desta manhã, reunimos com o Senhor Presidente da Câmara Municipal da Moita, a quem “deixámos claro que nós participaremos nesta Conferência!”No quadro de uma análise aprofundada que efectuou sobre o objecto da Conferência, o Deputado Vítor Ramalho enfatizou particularmente a importância dos Temas um a um da Conferência e defendeu ser fundamental conceber a Península de Setúbal, o exemplo concreto que citou, sob uma óptica nova, coerente e integrada, e não como um somatório desconexo e inconsequente de interesses e disputas concelhias.No mesmo sentido se pronunciaram também sobre a Conferência os Deputados Alberto Antunes, Joaquim Ventura Leite, e Maria Manuel Oliveira, bem como Rui Xavier Mourinha, Presidente da Comissão Política do Partido Socialista na Moita, entre outros.Particularmente enfático sobre a importância e a oportunidade da Conferência da Moita foi o Deputado Joaquim Ventura Leite, que referiu terem os Portugueses investido na última década cerca de 55 mil milhões de Euros em novas Habitações nascidas grande parte delas em novas áreas de expansão urbana, num esforço financeiro de grande significado em termos de enriquecimento especulativo para uns, de par com um enorme endividamento para uma vida toda para a maioria, e de pouco ou inexpressivo saldo positivo de progresso efectivo para o País.Também o Deputado Alberto Antunes saudou vivamente a iniciativa da Conferência e o seu âmbito nacional, como algo de muito significativo. “Melhor tivera feito a Democracia após o 25 de Abril de 1974 se tivesse encarado a questão da Política dos Solos de outro modo, ao serviço do interesse dos Municípios e do País todo inteiro. Não o fez, e quem sofreu foram o tecido urbano e o ordenamento do território”, disse.Sobre o Processo de Revisão e o Projecto de novo PDM da MoitaOs Deputados Alberto Antunes e Maria Manuel Oliveira referiram sobre o PDM da Moita e a sua Revisão que tudo está em aberto, acrescentando que as diversas instâncias ainda deverão rever ponto por ponto, passo a passo todo o Processo, antes de uma decisão ser proferida.A Administração Central parece ter sido afinal porventura desconhecedora de detalhes fundamentais sobre o modo como o Projecto foi sendo encorpado ao longo dos anos, e que detalhes, logo os pilares fundamentais de toda a fabricação do Projecto de Revisão.Por isso, tudo deverá ser antes passado a pente fino, e só depois se poderá contar com um desenvolvimento e com novas no Processo.A Deputada Maria Manuel Oliveira, por seu turno, foi igualmente bem clara, ao referir que as sustentabilidades territorial e ambiental, e a coesão social, pressupostos centrais da Estratégia de Lisboa, estão ausentes ou maltratadas de todo no Projecto de Revisão do PDM da Moita. “As linhas mestras do Projecto não encaixam nas linhas orientadoras da Estratégia de Lisboa, e isso não pode ser ignorado”, disse.Por seu turno, Rui Xavier Mourinha, Presidente da Comissão Política do Partido Socialista na Moita, foi claríssimo quando defendeu que os entorses à legalidade e a política de “não defesa” das populações, que atravessam todo o Processo de Revisão do PDM, não passarão.”Estaremos convosco, como sempre o fizemos!”, disse, lembrando mais uma vez que a reanálise de todo o Processo será feita, sem margem para dúvidas.Munícipes apontaram alguns dos pontos negros fundamentais da vida política na Moita Vários Munícipes tomaram a palavra na Reunião, aproveitando para apontar os pontos negros fundamentais da vida política na Moita e para pedir aos Representantes do Partido Socialista e aos órgãos de Poder do Estado a máxima vigilância em defesa da lei, contra a escuridão na gestão da “res publica” na nossa terra.Sobre o muito famoso Projecto de Revisão do PDM da Moita“As pessoas do campo foram tradicionalmente desprezadas, e entre nós a saga malfadadamente continua”, disse um dos Moradores.Outros acrescentaram.“Nós defendemos o Solo Rural e a REN, opomo-nos à brutal amputação de REN e à ilegal passagem de centenas de hectares de Solo Rural para novo Solo Urbano, como o prevê o Projecto de novo PDM”.“E fazemo-lo por verificarmos que o Projecto de novo PDM prevê o desaparecimento puro e duro de cerca de 400 hectares de Solo Rural, em plena Reserva Ecológica Nacional, tudo terras de máxima infiltração, de montado, de matas e de pinhais e sem gente, sem casas, sem vida, sem actividade económica, só natureza ou de características ecológicas que deveriam ser preservadas”.”Aí a perda ambiental será total”.“Pior, o álibi do alargamento de nova REN às terras do Sul do Concelho é uma simples capa que tem por objectivo único tentar enganar as populações (que não caíram no embuste) e iludir os Órgãos de Poder de Estado que quiserem ser enganados”.“Têm sido 10 anos a tentar apresentar o Projecto de PDM como de interesse para o Concelho, só porque alarga o território de REN, escondendo as perdas de Solo Rural e de REN lá onde essa protecção era eficaz, e onde o prejuízo ambiental é máximo, com uma música de fundo nobre e credível, com a charanga e a fanfarra do alargamento da REN a novas terras já antes eficazmente protegidas em termos ambientais, e onde o ganho ecológico é zero”, disseram.“Quando na verdade, o interesse é de só de alguns, e a hipoteca do fururo é para quase todos”, disseram.Sobre a gravidade e as ilegalidades gritantes em torno da Ribeira da MoitaOs Munícipes expressaram ainda a sua oposição frontal à realidade da Ribeira da Moita, e às ilegalidades e abandonos a que em seu redor as populações têm sido votadas e esquecidas.Com efeito, a Ribeira da Moita atravessa toda a parte Sul do Concelho correndo para Norte, a caminho do Tejo.Tem origem na zona de fortíssima concentração humana e de serviços e indústria do Parque Industrial junto à AutoEuropa, onde trabalham cada dia largos milhares de pessoas numa actividade humana e industrial intensa, com descargas industriais e humanas diárias de milhões de litros de efluentes de todo o género.A Ribeira da Moita é engrossada igualmente com mais milhões e milhões de litros de outros efluentes de várias novas aglomerações urbanas do Concelho de Palmela, que a sul da Moita pululam sem parar.Indústrias importantes em produção e em pessoal, e novas cidades e urbanizações para as quais nenhuma solução foi prevista em termos de efluentes industriais e humanos, que não seja o deixar fazer, o deixar correr as suas águas de todo o tipo, insuficientemente tratadas e a céu aberto, pelas nossas terras e à beira das nossas casas a caminho do Tejo.Todo o homem sério, toda a mulher isenta pode assim constatar que esta Ribeira não é de nascente, sendo alimentada quando muito no máximo 30 a 60 dias por ano pelas chuvas, pela acção da natureza.Durante esses 30 a 60 dias cada ano, a Ribeira da Moita serve ao escoamento natural das águas, cf. o Artº 1351º do Código Civil, que prevê que os prédios inferiores estão sujeitos a receber as águas que, naturalmente e sem obra do homem, decorrem dos prédios superiores, assim como a terra e entulhos que elas arrastam na sua corrente.Contudo, nos restantes cerca de 300 dias ou mais, cada ano, todos os anos, a Ribeira da Moita é a única com um caudal contínuo, dia e noite, 24 sobre 24 horas, a correr para o Tejo ao longo do Concelho da Moita.As outras ribeiras estão secas todas durante a maior parte do ano, enquanto a nossa corre todos os dias sem parar com importante e incessante caudal.A maldade e a ilegalidade da situação são duplas:Por um lado, as nossas terras e culturas são inquinadas por tratamento insuficiente a montante dos efluentes do crescimento industrial e demográfico atabalhoada e incapazmente ordenado ao longo de anos, as nossas terras e culturas são alagadas por descargas inopinadas e por caudais catastróficos originados pelas impermeabilizações insensatas de Kms2 e Kms2 a montante, as nossas terras e culturas são arrastadas sem parar com milhões de metros cúbicos roubados por aluvião a caminho de jusante;Por outro, a classificação legal altamente limitativa e proibitiva nas margens da Ribeira da Moita (surgindo em certos Mapas como maior e mais significativa que as zonas ribeirinhas de protecção ao Tejo) é o cúmulo da perfídia: A Ribeira é-nos imposta, as águas não são da natureza, o seu curso e caudal são ilegais, são antes fruto dos erros e da irresponsabilidade de planeamento e ordenamento do território do Concelho vizinho, mas quanto a restrições e proibições legais, é sobre a nossa cabeça que estas se abatem sem parar.Para todos estes factos insuportáveis, e que terão de ser resolvidos drasticamente de uma vez por todas, os Munícipes alertaram a atenção dos Deputados e Dirigentes do Partido Socialista presentes.Sobre o êxodo rural e a condenação da agricultura e dos AgricultoresFoi dito aos Deputados e Dirigentes do Partido Socialista presentes que aquele desprezo e aquele Projecto de novo PDM são armas apontadas para a desertificação dos campos e para o abandono da hortofruticultura e da pecuária, com séculos de presença no Sul do Concelho da Moita.Proprietários rurais com meio hectare ou com 8 ou 20 hectares vêm-se proibidos de construir uma casa para um filho casadoiro, ou até mesmo de fazer obras e acrescentar um quarto de dormir a uma família em crescimento.As pessoas são expulsas, e obrigadas a deixar para trás vastas terras, e a procurar a compra de apartamentos nos centros urbanos em redor.Assim se perdem braços para o amanho das terras, assim se apartam famílias com os mais velhos para um lado e os casais jovens para outro, assim se perde produção e se entorta o modo tradicional das famílias acompanharem as novas e as velhas gerações ao longo dos seus ciclos de vida.“Há alguns anos chegávamos a ter Listas de Espera de 100 pessoas para entrar para o Rancho Etnogáfico, agora faltam-nos elementos e os que aparecem vêm muitas vezes das localidades ao redor”, disse Manuel Fernando Miguel, Presidente do Rancho Etnográfica de Danças e Cantares da Barra Cheia.“Compreendemos que estas consequências não são má-sorte nem fatalidade, antes são filhas de causas que conhecemos, e de que o Projecto de novo PDM é o mais recente e máximo expoente”, disseram.Sobre os graves desmandos e atropelos à legalidade e à vida em democracia no Concelho da MoitaOutro Morador comentou:“Os pontos mais negros na rota da Revisão do PDM da Moita são antes do mais atentados contra a lei, a ética, a justiça e a vida em democracia no nosso Concelho”.“Os exemplos são numerosos, os assuntos são vastíssimos e as situações são muito graves. Mas mais que enumerarmos hoje aqui cada situaçã0, importa assegurar a compreensão e a solidariedade dos Deputados e dos Dirigentes do Partido Socialista”.“É essa solidariedade política que empenhadamente vos pedimos”, concluíram.

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