Várzea da Moita: Reserva Ecológica Nunca !: Caso bizarro da nossa terra, do Montijo aqui tão perto. Foi há poucos anos...

05-07-2009
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in:http://www.setubal.ps.pt/setubal/55/12/21207zpb.htmAvalanche de Inscrições Agita PS do MontijoPor CLARA VIANASábado, 07 de Dezembro de 2002 Presidente da câmara fala em "tentativa de assalto" por parte de empregados de construtora apoiados por ex-responsável pelo urbanismo Algumas dezenas de quadros e trabalhadores de uma grande empresa de construção civil com sede no Montijo foram recentemente angariados para o Partido Socialista, que detêm a maioria na câmara. As fichas de adesão dos novos militantes foram preenchidas na sede central do PS em Lisboa e acabaram recusadas pela estrutura local. "Tratou-se de um verdadeira tentativa de assalto ao PS local", considerou Maria Amélia Antunes, presidente da Câmara do Montijo e membro da comissão política nacional do Partido Socialista, segundo a qual o que foi tentado constitui "um atentado ás regras da democracia". O que estava em causa? Segundo o responsável da comissão política local José Bastos, "tomar o PS para tratarem do urbanismo a seu belo prazer". A empresa a que pertencem os militantes propostos chama-se Montiterras, é a promotora da mega-urbanização prevista para o Vale da Rosa, em Setúbal, e "tem muitos hectares de terreno para urbanizar" no Montijo , sublinhou. José Bastos recordou, a este respeito, que a política da actual presidente da câmara é precisamente a de conter a construção, não autorizando, por exemplo, condomínios privados. Foram 50 as fichas que, em Setembro, chegaram de Lisboa. O que, segundo José Bastos, é uma estreia na história do PS local. Daquele total, 31 eram propostas por militantes que não pertenciam ao Montijo. Em comum tinham ainda o facto de se encontrar em branco a identificação da empresa onde os candidatos trabalham. Mas a identificação não foi difícil. Refere José Bastos que, pelo menos, 14 deles são bem conhecidos dos montijenses - chefes de serviço, empregados de escritórios e outros trabalhadores da Montiterras. Sendo que vários, acrescentou, são conhecidos "como simpatizantes do PSD e da direita". José Bastos supõe que os outros 17 candidatos que não identificaram a empresa para onde trabalham sejam também empregados da Montiterras, embora integrem mão-de-obra mais anónima - serventes, pedreiros e outros profissionais da construção. "O PS sempre foi o meu partido", sustentou ao PÚBLICO um dos candidatos, Manuel Simplício Varandas, chefe de serviços administrativos da Montiterras. Varandas disse que desconhecia que a sua inscrição tivesse sido feita em Lisboa: "Não sei onde me inscrevi. Deram-me aqui uma proposta e eu assinei". O candidato a militante escusou-se a dizer o nome de quem lhe apresentou a proposta. Sobre a razão da sua inscrição nesta altura referiu: "Sou sócio de quase tudo aqui no Montijo. Só me faltava o PS". José Bastos está convicto de que , por detrás, desta vaga se encontra a vereadora e membro da comissão distrital do PS de Setúbal, Honorina Silvestre. Honorina foi a responsável do urbanismo no anterior mandato, mas este pelouro foi-lhe retirado por Maria Amélia Antunes. "Desde então nunca mais parou", acusa José Bastos. As propostas não foram, contudo, assinadas por Honorina. Quem propôs os novos militantes foram três filadas de Lisboa, uma delas antiga assessora do presidente da Assembleia da República, Almeida Santos. "Não tenho qualquer dúvida que não conhecem nenhum deles", denuncia Maria Amélia Antunes, para quem, neste caso, poderá assim existir também "matéria crime" por "fraude e falsas declarações". José Bastos irá apresentar queixa ao conselho jurisdicional do PS. Já Alberto Antunes, responsável pela distrital de Setúbal do PS - órgão que recentemente se solidarizou com Honorina-, não vê nada de estranho no caso."As pessoas são livres de se inscreverem onde e quando quiserem", comentou, acrescentando que "é normal, quando existem disputas internas no partido, sejam acompanhadas por uma tentativa de novas inscrições". O PÚBLICO não conseguiu contactar com Honorina Silvestre. Em declarações à Lusa, a vereadora intenções de destituir Maria Amélia Antunes, mas afirmou que quer mudar a comissão política local do PS. "José Bastos é um agita-fantasmas, com quem é impossível trabalhar e que destrói tudo o que ameace a sua liderança, que já dura há 28 anos", acrescentou. A António Galamba, que era o responsável da organização no PS, foi dado conhecimento do caso. "Não tenho de andar a investigar", disse ontem. Mais comentários não faz. Apenas que considera "lamentável que questões internas do PS sejam tratadas praça pública". a frase: "Sou sócio de quase tudo aqui no Montijo. Só me faltava o PS" Manuel Varandas chefe de serviço da Montiterras


in:http://www.setubal.ps.pt/setubal/55/12/21207zpb.htmAvalanche de Inscrições Agita PS do MontijoPor CLARA VIANASábado, 07 de Dezembro de 2002 Presidente da câmara fala em "tentativa de assalto" por parte de empregados de construtora apoiados por ex-responsável pelo urbanismo Algumas dezenas de quadros e trabalhadores de uma grande empresa de construção civil com sede no Montijo foram recentemente angariados para o Partido Socialista, que detêm a maioria na câmara. As fichas de adesão dos novos militantes foram preenchidas na sede central do PS em Lisboa e acabaram recusadas pela estrutura local. "Tratou-se de um verdadeira tentativa de assalto ao PS local", considerou Maria Amélia Antunes, presidente da Câmara do Montijo e membro da comissão política nacional do Partido Socialista, segundo a qual o que foi tentado constitui "um atentado ás regras da democracia". O que estava em causa? Segundo o responsável da comissão política local José Bastos, "tomar o PS para tratarem do urbanismo a seu belo prazer". A empresa a que pertencem os militantes propostos chama-se Montiterras, é a promotora da mega-urbanização prevista para o Vale da Rosa, em Setúbal, e "tem muitos hectares de terreno para urbanizar" no Montijo , sublinhou. José Bastos recordou, a este respeito, que a política da actual presidente da câmara é precisamente a de conter a construção, não autorizando, por exemplo, condomínios privados. Foram 50 as fichas que, em Setembro, chegaram de Lisboa. O que, segundo José Bastos, é uma estreia na história do PS local. Daquele total, 31 eram propostas por militantes que não pertenciam ao Montijo. Em comum tinham ainda o facto de se encontrar em branco a identificação da empresa onde os candidatos trabalham. Mas a identificação não foi difícil. Refere José Bastos que, pelo menos, 14 deles são bem conhecidos dos montijenses - chefes de serviço, empregados de escritórios e outros trabalhadores da Montiterras. Sendo que vários, acrescentou, são conhecidos "como simpatizantes do PSD e da direita". José Bastos supõe que os outros 17 candidatos que não identificaram a empresa para onde trabalham sejam também empregados da Montiterras, embora integrem mão-de-obra mais anónima - serventes, pedreiros e outros profissionais da construção. "O PS sempre foi o meu partido", sustentou ao PÚBLICO um dos candidatos, Manuel Simplício Varandas, chefe de serviços administrativos da Montiterras. Varandas disse que desconhecia que a sua inscrição tivesse sido feita em Lisboa: "Não sei onde me inscrevi. Deram-me aqui uma proposta e eu assinei". O candidato a militante escusou-se a dizer o nome de quem lhe apresentou a proposta. Sobre a razão da sua inscrição nesta altura referiu: "Sou sócio de quase tudo aqui no Montijo. Só me faltava o PS". José Bastos está convicto de que , por detrás, desta vaga se encontra a vereadora e membro da comissão distrital do PS de Setúbal, Honorina Silvestre. Honorina foi a responsável do urbanismo no anterior mandato, mas este pelouro foi-lhe retirado por Maria Amélia Antunes. "Desde então nunca mais parou", acusa José Bastos. As propostas não foram, contudo, assinadas por Honorina. Quem propôs os novos militantes foram três filadas de Lisboa, uma delas antiga assessora do presidente da Assembleia da República, Almeida Santos. "Não tenho qualquer dúvida que não conhecem nenhum deles", denuncia Maria Amélia Antunes, para quem, neste caso, poderá assim existir também "matéria crime" por "fraude e falsas declarações". José Bastos irá apresentar queixa ao conselho jurisdicional do PS. Já Alberto Antunes, responsável pela distrital de Setúbal do PS - órgão que recentemente se solidarizou com Honorina-, não vê nada de estranho no caso."As pessoas são livres de se inscreverem onde e quando quiserem", comentou, acrescentando que "é normal, quando existem disputas internas no partido, sejam acompanhadas por uma tentativa de novas inscrições". O PÚBLICO não conseguiu contactar com Honorina Silvestre. Em declarações à Lusa, a vereadora intenções de destituir Maria Amélia Antunes, mas afirmou que quer mudar a comissão política local do PS. "José Bastos é um agita-fantasmas, com quem é impossível trabalhar e que destrói tudo o que ameace a sua liderança, que já dura há 28 anos", acrescentou. A António Galamba, que era o responsável da organização no PS, foi dado conhecimento do caso. "Não tenho de andar a investigar", disse ontem. Mais comentários não faz. Apenas que considera "lamentável que questões internas do PS sejam tratadas praça pública". a frase: "Sou sócio de quase tudo aqui no Montijo. Só me faltava o PS" Manuel Varandas chefe de serviço da Montiterras

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