Kant_O_XimPi: Desertificação

28-06-2009
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.* Sérgio Vieira.Os desertos cobrem hoje um terço da superfície terrestre, afectando sobretudo os países mais pobres, mas também Portugal. Representantes de 191 países estão em Madrid a discutir medidas para travar o avanço da areia..O processo de degradação progressiva dos solos tem o fatídico nome de desertificação. Um risco que ameaça um terço da superfície terrestre, pelo que a desertificação total já não é uma imagem de ficção científica mas sim um perigo com consequências imprevisíveis..Durante duas semanas Madrid serve de palco à luta contra a perda de solo fértil: na 8.ª Conferência de Partes da Convenção das Nações Unidas para a Luta Contra a Desertificação 191 países procuram acordos para minimizar uma ‘lepra terrestre’ que alastra a um ritmo impressionante, pois o deserto avança 12 hectares a cada minuto, ou seja, 60 mil quilómetros quadrados anuais. O problema afecta já 30 por cento da superfície terrestre e mais de mil milhões de pessoas, um quinto da população mundial. A esse ritmo, um país como a Suíça converter-se-ia em areal em menos de um ano. Os recursos naturais estão esgotados em muitas regiões. A pressão demográfica, que aumenta a exploração excessiva da terra arável e acarreta a destruição da capa vegetal, e os efeitos negativos do pastoreio extensivo são as causas principais da desertificação acelerada, cujo efeito a médio prazo é comparável ao de um holocausto nuclear..A acção humana provocou, desde a II Guerra Mundial, a desertificação de tanto solo cultivável quanto a China e a Índia juntas. Uma realidade assustadora, pelo que 191 países tentam agora encontrar um plano de acção para a próxima década..A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) assinala que em África 73% dos terrenos agrícolas estão afectados pela desertificação. Mas a Europa não pode deixar de se sentir ameaçada, especialmente na área mediterrânica. É aqui que se regista a mais elevada taxa de desflorestação do Mundo. A destruição das florestas tem consequências de grande alcance. As árvores absorvem dióxido de carbono e outros gases e exalam oxigénio necessário à vida. Calcula-se que 12 abetos produzam oxigénio diário necessário a um homem, enquanto uma faia centenária pode purificar anualmente o ar de 800 casas..A inversão da actual tendência passa pelo reforço do papel que a floresta desempenhará no desenvolvimento rural, quer no quadro das actividades florestais, agroflorestais ou agro-silvopastoris quer na recuperação dos terrenos degradados ou em degradação. .REGIÕES MAIS AFECTADAS.A África Subsaariana e a Ásia Central são as regiões mais vulneráveis à desertificação, mas o problema atinge todos os continentes. Os prejuízos resultantes estão estimados em 55 mil milhões de euros, segundo um estudo das Nações Unidas..PENÍNSULA EM PERIGO.Entre 30 a 35 por cento da superfície ibérica está desertificada. No que diz respeito a Espanha, as Nações Unidas estimam que seis por cento dos solos estejam degradados de forma irreversível, sendo mais afectadas as Canárias..DISCUSSÃO.Centenas de países discutem em Madrid, até sexta-feira, ideias para contrariar uma realidade cada vez mais assustadora. O holandês Yvo de Boer, especializado há uma década em questões ligadas às alterações climáticas, é um dos quadros das Nações Unidas envolvidos nessa luta..PORTUGAL SEM ÁGUA DENTRO DE UMA DÉCADA.Portugal é um dos três países europeus mais desertificados (os piores são a Itália e a Turquia), com 36% do território afectado e mais de metade do País a correr o risco de se tornar em solo árido se nada for feito para inverter a situação. As más práticas agrícolas, agravadas por incêndios e secas, levam investigadores a prever que dentro de dez a 15 anos Portugal e os outros países mediterrânicos terão graves problemas de falta de água potável..Desde 1999 existe um Programa de Acção Nacional de Combate à Desertificação que defende que “a mais ampla expressão da problemática causa/efeito na desertificação é o despovoamento”: os problemas socioeconómicos, que afastam as pessoas do interior para as cidades do litoral, deixam a terra indefesa perante incêndios que provocam forte erosão nos solos. .ALENTEJO.O Mediterrâneo Norte, onde se incluem o Alentejo e o Algarve, é em grande parte uma região semiárida. As florestas cobrem cinco por cento da superfície.,In Correio da Manhã 2007.09.08.» Artigos Relacionados08-09-2007 - 00:00:00 Ameaças de deserto.» Comentários no CM on lineSabado, 8 Setembro.- Paulo A desertificação em Portugal não existe; existem sim são áreas protegidas por PDM`s elaborados por pessoas que nunca sairam das cidades e não conhecem a realidade do campo.- Paulo Tanto se fala de desertificação parece-me a mim que está tudo louco perder tempo com isso pelo menos aqui em Portugal pois tentem construir fora das cidades ou mesmo recuperar ruinas fora das cidades e vão ver o cabo dos trabalhos- Francisco Tantos estudos, tanta sapiência. D. Dinis percebeu e resolveu sem Programa de Acção Nacional de Combate à Desertificação o que estes intelectuais ainda não compreenderam e nessa altura a densidade populacional nos campos era mais baixa. Nem precisou de ir lá fora a cavalo ou de carruagem que gastaria e poluia menos. Levanta-te D. Dinis, se não vamos ficar assoreados. Montreal


.* Sérgio Vieira.Os desertos cobrem hoje um terço da superfície terrestre, afectando sobretudo os países mais pobres, mas também Portugal. Representantes de 191 países estão em Madrid a discutir medidas para travar o avanço da areia..O processo de degradação progressiva dos solos tem o fatídico nome de desertificação. Um risco que ameaça um terço da superfície terrestre, pelo que a desertificação total já não é uma imagem de ficção científica mas sim um perigo com consequências imprevisíveis..Durante duas semanas Madrid serve de palco à luta contra a perda de solo fértil: na 8.ª Conferência de Partes da Convenção das Nações Unidas para a Luta Contra a Desertificação 191 países procuram acordos para minimizar uma ‘lepra terrestre’ que alastra a um ritmo impressionante, pois o deserto avança 12 hectares a cada minuto, ou seja, 60 mil quilómetros quadrados anuais. O problema afecta já 30 por cento da superfície terrestre e mais de mil milhões de pessoas, um quinto da população mundial. A esse ritmo, um país como a Suíça converter-se-ia em areal em menos de um ano. Os recursos naturais estão esgotados em muitas regiões. A pressão demográfica, que aumenta a exploração excessiva da terra arável e acarreta a destruição da capa vegetal, e os efeitos negativos do pastoreio extensivo são as causas principais da desertificação acelerada, cujo efeito a médio prazo é comparável ao de um holocausto nuclear..A acção humana provocou, desde a II Guerra Mundial, a desertificação de tanto solo cultivável quanto a China e a Índia juntas. Uma realidade assustadora, pelo que 191 países tentam agora encontrar um plano de acção para a próxima década..A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) assinala que em África 73% dos terrenos agrícolas estão afectados pela desertificação. Mas a Europa não pode deixar de se sentir ameaçada, especialmente na área mediterrânica. É aqui que se regista a mais elevada taxa de desflorestação do Mundo. A destruição das florestas tem consequências de grande alcance. As árvores absorvem dióxido de carbono e outros gases e exalam oxigénio necessário à vida. Calcula-se que 12 abetos produzam oxigénio diário necessário a um homem, enquanto uma faia centenária pode purificar anualmente o ar de 800 casas..A inversão da actual tendência passa pelo reforço do papel que a floresta desempenhará no desenvolvimento rural, quer no quadro das actividades florestais, agroflorestais ou agro-silvopastoris quer na recuperação dos terrenos degradados ou em degradação. .REGIÕES MAIS AFECTADAS.A África Subsaariana e a Ásia Central são as regiões mais vulneráveis à desertificação, mas o problema atinge todos os continentes. Os prejuízos resultantes estão estimados em 55 mil milhões de euros, segundo um estudo das Nações Unidas..PENÍNSULA EM PERIGO.Entre 30 a 35 por cento da superfície ibérica está desertificada. No que diz respeito a Espanha, as Nações Unidas estimam que seis por cento dos solos estejam degradados de forma irreversível, sendo mais afectadas as Canárias..DISCUSSÃO.Centenas de países discutem em Madrid, até sexta-feira, ideias para contrariar uma realidade cada vez mais assustadora. O holandês Yvo de Boer, especializado há uma década em questões ligadas às alterações climáticas, é um dos quadros das Nações Unidas envolvidos nessa luta..PORTUGAL SEM ÁGUA DENTRO DE UMA DÉCADA.Portugal é um dos três países europeus mais desertificados (os piores são a Itália e a Turquia), com 36% do território afectado e mais de metade do País a correr o risco de se tornar em solo árido se nada for feito para inverter a situação. As más práticas agrícolas, agravadas por incêndios e secas, levam investigadores a prever que dentro de dez a 15 anos Portugal e os outros países mediterrânicos terão graves problemas de falta de água potável..Desde 1999 existe um Programa de Acção Nacional de Combate à Desertificação que defende que “a mais ampla expressão da problemática causa/efeito na desertificação é o despovoamento”: os problemas socioeconómicos, que afastam as pessoas do interior para as cidades do litoral, deixam a terra indefesa perante incêndios que provocam forte erosão nos solos. .ALENTEJO.O Mediterrâneo Norte, onde se incluem o Alentejo e o Algarve, é em grande parte uma região semiárida. As florestas cobrem cinco por cento da superfície.,In Correio da Manhã 2007.09.08.» Artigos Relacionados08-09-2007 - 00:00:00 Ameaças de deserto.» Comentários no CM on lineSabado, 8 Setembro.- Paulo A desertificação em Portugal não existe; existem sim são áreas protegidas por PDM`s elaborados por pessoas que nunca sairam das cidades e não conhecem a realidade do campo.- Paulo Tanto se fala de desertificação parece-me a mim que está tudo louco perder tempo com isso pelo menos aqui em Portugal pois tentem construir fora das cidades ou mesmo recuperar ruinas fora das cidades e vão ver o cabo dos trabalhos- Francisco Tantos estudos, tanta sapiência. D. Dinis percebeu e resolveu sem Programa de Acção Nacional de Combate à Desertificação o que estes intelectuais ainda não compreenderam e nessa altura a densidade populacional nos campos era mais baixa. Nem precisou de ir lá fora a cavalo ou de carruagem que gastaria e poluia menos. Levanta-te D. Dinis, se não vamos ficar assoreados. Montreal

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