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28-06-2009
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Ler : A. M. Galopim de CarvalhoO amigo dos dinossauros* Dina GusmãoOs problemas do Ambiente sempre se confrontaram com os da Economia”, diz.Galopim de Carvalho, geólogo de formação e guardião dos dinossauros por devoção, tem entre mãos um livro de memórias e um dicionário de Geologia que ainda vai na letra ‘C’ e que já lhe leva quatro meses... “Não sei se tenho vida para isto”, desabafa, a pretexto do novo livro: ‘Como Bola Colorida’, da Editora Âncora.Na origem desta obra está a chamada de atenção urgente para a Terra e os seus recursos. E, quando comparado ao ambientalista Al Gore, responde que a diferença está na candidatura à presidência dos Estado Unidos: “Eu nunca seria candidato!”, brinca. “À dimensão de cada um, dizemos os dois o mesmo: Temos de viver em harmonia com a Natureza! A obra de Al Gore, a sua inesgotável energia, é algo por que a nossa geração vai ter de lhe agradecer... Só interesses economicistas podem acusar o seu discurso de alarmista, mas os problemas do Ambiente sempre se confrontaram com os da Economia”, denuncia.Por tudo isto, um livro fácil de ler e de reter. Vantagens de um cientista que é também ficcionista desde que, em 1992, se estreou com ‘O Cheiro da Madeira’: o primeiro de quatro.Inspirado pela simplicidade de Zélia Gattai, arriscou o romance, sempre tangente à biografia. Como aquele em que conta como ‘ganhou’ uma surdez progressiva.“Essa história está no meu terceiro romance (‘Os Homens Não Tapam as Orelhas’), onde conto como durante o serviço militar, sendo artilheiro, quando fazíamos fogo de artilharia, era o que nos diziam... Deu no que deu”, recorda.Começa a escrever à hora a que o filho mais novo se deita (06:00), mas não é nos livros que tem o seu maior projecto. “Uma batalha sem tréguas e foi por ela que me tornei, como diz, o guardião dos ‘dinos’. Acontece que, há 15 anos, a construção da CREL ameaçava destruir a jazida de Carenque: um trilho de 140 metros de um dinossauro que andou por aqui há 90 e tal milhões de anos. Para salvar a jazida desenvolvi uma campanha de mediatização que me associa até hoje aos dinossauros. E pouco sabia sobre eles. Ganhámos essa batalha porque os túneis foram feitos e as pegadas salvas, mas falta conservá-las... Depois de dez milhões de euros já gastos, por mais 15 milhões não se conclui o projecto? É falta de perspectiva de investimento!”, acusa.Em 2003, deixou a direcção do Museu de História Natural, ao qual se mantém ligado como colaborador. Neste contexto, organiza uma exposição, a estrear em Setembro no Museu da Pedra, em Cantanhede. Sobre dinossauros, claro! PESSOAL - QUALIDADE E DEFEITODesafiado a revelar a sua maior qualidade e o seu maior defeito, o professor dá resposta única: “A teimosia porque é tudo uma questão de perspectiva."RITUAL OU SUPERSTIÇÃO“Sou alegremente liberto de problemas de natureza mística”, diz sobre a ausência de superstições. Rituais tem um: “Brincar com as pedras pretas e brancas dos passeios.”PERÍODO HISTÓRICO“O actual, por tudo o que tem sido a evolução da ciência e da tecnologia desde que tenho consciência... É tudo tão fascinante, tão exuberante”, elege.FILOSOFIA DE VIDA“A bonomia que é a característica que mais vezes me apontam e aquela em que melhor me reconheço. E recomendo!”, diz.in Correio da Manhã 2007.07.06Foto - Marta VictorinoSobre o Museu da Lourinhã visitar: http://www.museulourinha.org/Sobre o Museu de História Natural ver: http://www.mnhn.ul.pt/geologia/plumas.htmSobre a Pedra Furada, em Setúbal:http://www.sciencedirect.com/science?_ob=ArticleURL&_udi=B6V93-4KCGHKT-2&_user=10&_coverDate=12%2F15%2F2006&_rdoc=1&_fmt=&_orig=search&_sort=d&view=c&_acct=C000050221&_version=1&_urlVersion=0&_userid=10&md5=a36fc2904c543756584cfc80a1b8808f


Ler : A. M. Galopim de CarvalhoO amigo dos dinossauros* Dina GusmãoOs problemas do Ambiente sempre se confrontaram com os da Economia”, diz.Galopim de Carvalho, geólogo de formação e guardião dos dinossauros por devoção, tem entre mãos um livro de memórias e um dicionário de Geologia que ainda vai na letra ‘C’ e que já lhe leva quatro meses... “Não sei se tenho vida para isto”, desabafa, a pretexto do novo livro: ‘Como Bola Colorida’, da Editora Âncora.Na origem desta obra está a chamada de atenção urgente para a Terra e os seus recursos. E, quando comparado ao ambientalista Al Gore, responde que a diferença está na candidatura à presidência dos Estado Unidos: “Eu nunca seria candidato!”, brinca. “À dimensão de cada um, dizemos os dois o mesmo: Temos de viver em harmonia com a Natureza! A obra de Al Gore, a sua inesgotável energia, é algo por que a nossa geração vai ter de lhe agradecer... Só interesses economicistas podem acusar o seu discurso de alarmista, mas os problemas do Ambiente sempre se confrontaram com os da Economia”, denuncia.Por tudo isto, um livro fácil de ler e de reter. Vantagens de um cientista que é também ficcionista desde que, em 1992, se estreou com ‘O Cheiro da Madeira’: o primeiro de quatro.Inspirado pela simplicidade de Zélia Gattai, arriscou o romance, sempre tangente à biografia. Como aquele em que conta como ‘ganhou’ uma surdez progressiva.“Essa história está no meu terceiro romance (‘Os Homens Não Tapam as Orelhas’), onde conto como durante o serviço militar, sendo artilheiro, quando fazíamos fogo de artilharia, era o que nos diziam... Deu no que deu”, recorda.Começa a escrever à hora a que o filho mais novo se deita (06:00), mas não é nos livros que tem o seu maior projecto. “Uma batalha sem tréguas e foi por ela que me tornei, como diz, o guardião dos ‘dinos’. Acontece que, há 15 anos, a construção da CREL ameaçava destruir a jazida de Carenque: um trilho de 140 metros de um dinossauro que andou por aqui há 90 e tal milhões de anos. Para salvar a jazida desenvolvi uma campanha de mediatização que me associa até hoje aos dinossauros. E pouco sabia sobre eles. Ganhámos essa batalha porque os túneis foram feitos e as pegadas salvas, mas falta conservá-las... Depois de dez milhões de euros já gastos, por mais 15 milhões não se conclui o projecto? É falta de perspectiva de investimento!”, acusa.Em 2003, deixou a direcção do Museu de História Natural, ao qual se mantém ligado como colaborador. Neste contexto, organiza uma exposição, a estrear em Setembro no Museu da Pedra, em Cantanhede. Sobre dinossauros, claro! PESSOAL - QUALIDADE E DEFEITODesafiado a revelar a sua maior qualidade e o seu maior defeito, o professor dá resposta única: “A teimosia porque é tudo uma questão de perspectiva."RITUAL OU SUPERSTIÇÃO“Sou alegremente liberto de problemas de natureza mística”, diz sobre a ausência de superstições. Rituais tem um: “Brincar com as pedras pretas e brancas dos passeios.”PERÍODO HISTÓRICO“O actual, por tudo o que tem sido a evolução da ciência e da tecnologia desde que tenho consciência... É tudo tão fascinante, tão exuberante”, elege.FILOSOFIA DE VIDA“A bonomia que é a característica que mais vezes me apontam e aquela em que melhor me reconheço. E recomendo!”, diz.in Correio da Manhã 2007.07.06Foto - Marta VictorinoSobre o Museu da Lourinhã visitar: http://www.museulourinha.org/Sobre o Museu de História Natural ver: http://www.mnhn.ul.pt/geologia/plumas.htmSobre a Pedra Furada, em Setúbal:http://www.sciencedirect.com/science?_ob=ArticleURL&_udi=B6V93-4KCGHKT-2&_user=10&_coverDate=12%2F15%2F2006&_rdoc=1&_fmt=&_orig=search&_sort=d&view=c&_acct=C000050221&_version=1&_urlVersion=0&_userid=10&md5=a36fc2904c543756584cfc80a1b8808f

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