Kant_O_XimPi: O estado das coisas

28-06-2009
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.* Rui Rangel.O Governo não deve subestimar a grande massa humana que ontem desceu a Avenida da Liberdade..A “Rua”, vestida de gente humana, que se manifesta pelos seus direitos, é uma das formas democráticas de contestação das decisões políticas, designadamente quando existe falta de diálogo.Vem isto a propósito daquilo que se está a passar no sector da Educação, com manifestações diárias, de Norte a Sul do País, e com a grande marcha de indignação que se realizou ontem. Não sendo possível “casar” a “Rua” com as “Decisões Políticas”, porque defendem interesses antagónicos, ao menos em democracia deveria ser possível manter o diálogo e não dar sinais de permanente braço-de-ferro.Porque o que está em causa nesta “guerra de surdos” é o futuro de Portugal, é a formação das novas gerações. Não há país que se salve se a Educação não respirar saúde, credibilidade, prestígio e respeito.As “feridas” abertas no prestígio da ministra da Educação e na qualidade das reformas propostas e o respeito que deve merecer a classe de professores pelo seu papel insubstituível na educação e formação dos nossos filhos, exigem que o engenheiro Sócrates passe a liderar directamente uma nova era negocial, fazendo subir um patamar na importância da discussão política.Os manuais de ciência política ensinam que não é possível fazer reformas em permanente rota de colisão e contra os interesses dos seus verdadeiros destinatários. Mas também não é aceitável que o Governo descaracterize as suas políticas, nem as decisões políticas podem ficar reféns desta contestação pública.A equipa da senhora ministra da Educação não soube manter, em diálogo, o processo negocial e, ao deixar extremar as posições arranjou mais “um molho de brócolos” para o engenheiro Sócrates. E é pena que se tenha chegado a este ponto, porque, pela primeira vez em 30 anos, um Governo teve a coragem de mexer na Educação e na agenda das suas principais preocupações. Maria de Lurdes Rodrigues, sendo uma excelente técnica, é uma má política.Os factos políticos aconselham que o Governo não subestime ou fique indiferente à grande massa humana que ontem desceu a Avenida da Liberdade.E o PS, ao manter um silêncio preocupante com medo de desobedecer ao seu “chefe de fila”, em nada ajudou o Governo. Só há um perdedor nesta luta fratricida: o País e o seu futuro.A SEGURANÇA E A PAZPortugal está um país menos seguro, com fenómenos de criminalidade que deixam as populações em insegurança e a viverem com medo. Esta é a realidade, por muito que custe a Rui Pereira, que, para minimizar o que está a acontecer, tentou mascarar o País real com novas estatísticas que indicam que a criminalidade violenta baixou. As estatísticas do crime têm várias leituras.A melhor estatística é o sentimento das populações e aquilo que elas sentem no seu dia-a-dia, porque vivem no País real e contactam, nas ruas e nos transportes públicos, directamente com o crime.Já entrou e veio para ficar em Portugal, uma nova cultura de crime, com regras de actuação diferentes, porque, agora, já não é o “murro” que impera, mas a arma que mata por uns míseros cêntimos, em completo desprezo pela vida humana. As polícias não estão preparadaslidar com este tipo de crime e, com a partilha da investigação pelas várias polícias, perdeu-se eficácia e informação relevante. Só o crime ganhou. Rui Rangel» Artigos Relacionados09-03-2008 - 00:30:00 Cem mil contra a ministra09-03-2008 - 00:30:00 Eu percebo os professores » Comentários Segunda-feira, 10 Março - Maria LopesAgradeço a pessoas como o Sr.Rui Rangel, pela lucidez e presença de espirito.Sou mãe e estou muito preocupada com o fututo do meu filho.Não é a achincalhar professores que se consegue um futuro mais justo e promissor para as gerações futuras;Os meus pais sempre me ensinaram a respeitar os professores.Alguns são para esquecer, outros guardarei sempre na memória. Mas a TODOS, muito OBRIGADA. Domingo, 9 Março - OrísiaÉ uma pena porque se podiam ter feito coisas fantásticas. O problema é o governo pensar só nele e nos proveitos políticos que pensa tirar, custe o que custar. Era de prever que lhe sairia o tiro pela culatra. O tempo deles está esgotar-se, daí a pressa. Coitados! o que eles vão sofrer!!! Eu nunca mais voto ps! - Maria Manuela AmaralAinda bem que o Sr. Rui Rangel tem uma opinião bem orientada e entende a causa dos professores! O outro Rangel tem um discurso que é uma lástima! Não terá vergonha?! - JCO argumento de "falta de diálogo" serve muitas vezes para contestar o que jamais se aceitará. O Eng. Guterres dialogou muito e foi o que se viu. Não houve protestos nem manifestações? Agora houve muitas reuniões e, então,estiveram sempre calados? - Rui TavaresEm Portugal para alterar a situação de algumas classes, é necessário muita coragem e o sistema tem demonstrado que sempre que algum Ministro o pretende fazer acaba mal. Lembremo-nos de Leonor Beleza com os Médicos. Claro que a Ministra da Educação tem demonstrado grande coragem, mas neste País isso não basta. Alguns Lobies são demasiado fortes e têm muito apoio, até de alguma comunicação social..in Correio da Manhã 2008.03.09..


.* Rui Rangel.O Governo não deve subestimar a grande massa humana que ontem desceu a Avenida da Liberdade..A “Rua”, vestida de gente humana, que se manifesta pelos seus direitos, é uma das formas democráticas de contestação das decisões políticas, designadamente quando existe falta de diálogo.Vem isto a propósito daquilo que se está a passar no sector da Educação, com manifestações diárias, de Norte a Sul do País, e com a grande marcha de indignação que se realizou ontem. Não sendo possível “casar” a “Rua” com as “Decisões Políticas”, porque defendem interesses antagónicos, ao menos em democracia deveria ser possível manter o diálogo e não dar sinais de permanente braço-de-ferro.Porque o que está em causa nesta “guerra de surdos” é o futuro de Portugal, é a formação das novas gerações. Não há país que se salve se a Educação não respirar saúde, credibilidade, prestígio e respeito.As “feridas” abertas no prestígio da ministra da Educação e na qualidade das reformas propostas e o respeito que deve merecer a classe de professores pelo seu papel insubstituível na educação e formação dos nossos filhos, exigem que o engenheiro Sócrates passe a liderar directamente uma nova era negocial, fazendo subir um patamar na importância da discussão política.Os manuais de ciência política ensinam que não é possível fazer reformas em permanente rota de colisão e contra os interesses dos seus verdadeiros destinatários. Mas também não é aceitável que o Governo descaracterize as suas políticas, nem as decisões políticas podem ficar reféns desta contestação pública.A equipa da senhora ministra da Educação não soube manter, em diálogo, o processo negocial e, ao deixar extremar as posições arranjou mais “um molho de brócolos” para o engenheiro Sócrates. E é pena que se tenha chegado a este ponto, porque, pela primeira vez em 30 anos, um Governo teve a coragem de mexer na Educação e na agenda das suas principais preocupações. Maria de Lurdes Rodrigues, sendo uma excelente técnica, é uma má política.Os factos políticos aconselham que o Governo não subestime ou fique indiferente à grande massa humana que ontem desceu a Avenida da Liberdade.E o PS, ao manter um silêncio preocupante com medo de desobedecer ao seu “chefe de fila”, em nada ajudou o Governo. Só há um perdedor nesta luta fratricida: o País e o seu futuro.A SEGURANÇA E A PAZPortugal está um país menos seguro, com fenómenos de criminalidade que deixam as populações em insegurança e a viverem com medo. Esta é a realidade, por muito que custe a Rui Pereira, que, para minimizar o que está a acontecer, tentou mascarar o País real com novas estatísticas que indicam que a criminalidade violenta baixou. As estatísticas do crime têm várias leituras.A melhor estatística é o sentimento das populações e aquilo que elas sentem no seu dia-a-dia, porque vivem no País real e contactam, nas ruas e nos transportes públicos, directamente com o crime.Já entrou e veio para ficar em Portugal, uma nova cultura de crime, com regras de actuação diferentes, porque, agora, já não é o “murro” que impera, mas a arma que mata por uns míseros cêntimos, em completo desprezo pela vida humana. As polícias não estão preparadaslidar com este tipo de crime e, com a partilha da investigação pelas várias polícias, perdeu-se eficácia e informação relevante. Só o crime ganhou. Rui Rangel» Artigos Relacionados09-03-2008 - 00:30:00 Cem mil contra a ministra09-03-2008 - 00:30:00 Eu percebo os professores » Comentários Segunda-feira, 10 Março - Maria LopesAgradeço a pessoas como o Sr.Rui Rangel, pela lucidez e presença de espirito.Sou mãe e estou muito preocupada com o fututo do meu filho.Não é a achincalhar professores que se consegue um futuro mais justo e promissor para as gerações futuras;Os meus pais sempre me ensinaram a respeitar os professores.Alguns são para esquecer, outros guardarei sempre na memória. Mas a TODOS, muito OBRIGADA. Domingo, 9 Março - OrísiaÉ uma pena porque se podiam ter feito coisas fantásticas. O problema é o governo pensar só nele e nos proveitos políticos que pensa tirar, custe o que custar. Era de prever que lhe sairia o tiro pela culatra. O tempo deles está esgotar-se, daí a pressa. Coitados! o que eles vão sofrer!!! Eu nunca mais voto ps! - Maria Manuela AmaralAinda bem que o Sr. Rui Rangel tem uma opinião bem orientada e entende a causa dos professores! O outro Rangel tem um discurso que é uma lástima! Não terá vergonha?! - JCO argumento de "falta de diálogo" serve muitas vezes para contestar o que jamais se aceitará. O Eng. Guterres dialogou muito e foi o que se viu. Não houve protestos nem manifestações? Agora houve muitas reuniões e, então,estiveram sempre calados? - Rui TavaresEm Portugal para alterar a situação de algumas classes, é necessário muita coragem e o sistema tem demonstrado que sempre que algum Ministro o pretende fazer acaba mal. Lembremo-nos de Leonor Beleza com os Médicos. Claro que a Ministra da Educação tem demonstrado grande coragem, mas neste País isso não basta. Alguns Lobies são demasiado fortes e têm muito apoio, até de alguma comunicação social..in Correio da Manhã 2008.03.09..

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