MOBILIZADOS: Quartel coloca em risco banco de germoplasma

02-10-2009
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Quartel coloca em risco banco de germoplasmaFuturo de entidade premiada pelas Nações Unidas dependente do novo espaço da GNR2008-08-19PEDRO ANTUNES PEREIRAO Banco Português de Germoplasma Vegetal situado no concelho de Braga tem vindo a sofrer ataques constantes desde a sua fundação. Os mais recentes dão conta a construção do novo quartel da GNR nos seus terrenos.O banco serve para conservar, estudar, analisar e dentro do possível ceder sementes ou partes vegetativos e vê a sua continuidade ameaçada, devido ao projecto do novo espaço da GNR, mas também devido à possibilidade de redução para metade dos funcionários o que vai hipotecar a estrutura premiada pelas Nações Unidas.É uma das maiores reservas vegetais mundiais. Está situada na freguesia de S. Pedro de Merelim, e corre o risco de desaparecer caso se insista na construção do novo quartel da GNR em terrenos que lhe são afectos. O Banco Português de Germoplasma Vegetal tem, ainda, funcionários em situação de mobilidade especial.As indicações chegam pela voz do próprio Ministro da Administração Interna: o novo quartel territorial de Braga da GNR será construído em Merelim, Braga. Ora, para além de não ser consensual, a ideia do Governo promete fazer correr muita tinta. O JN sabe que, apesar de esta localização ser defendida pelo Governo Civil de Braga, não é, de todo, a opinião da Câmara de Braga.O Banco Português de Germoplasma Vegetal, das maiores estruturas do género no Mundo, foi a única por indicação das Nações Unidas, a receber todas as espécies de milho do Mediterrâneo, e uma das primeiras a avançar para a crio conservação animal.A directora da estrutura diz estar "cansada" dos ataques que o banco vem sofrendo desde que foi criado: "se houvesse dinheiro, o banco já estava localizado noutro sítio qualquer", começa por dizer Ana Barata que acrescenta: "se estivesse em Lisboa não havia questão nenhuma. Esta unidade sempre teve problemas por estar em Braga". A estrutura é muito procurada por agricultores que plantando híbridos, querem voltar às variedades tradicionais, à agricultura biológica.A mais recente preocupação tem a ver com a mobilidade especial: "foi feita sem critério e aqui todas as pessoas que trabalhavam com sementes foram embora". "Os trabalhadores vão todos os dias para o banco fazer qualquer coisa, desde que não relacionado com a actividade deles".O deputado do PCP, Agostinho Lopes, questionou o Ministério da Agricultura, sobre o que considera ser "um crime científico, económico, ambiental, contra o património nacional e a agricultura portuguesa, e a falta de respeito pelo trabalho e carreira profissional dos que imbuídos de um notável espírito de missão pública, científica e profissional lhe dedicaram a sua vida".Ana Barata, explica que "o trabalho do banco é vivo, permanente e rotineiramente feito de ligações e articulações com o exterior, agricultores e agriculturas, entidades nacionais e internacionais correlativas, como sucede agora com o anunciado projecto de guardar "cópias de segurança" no banco mundial "Arca de Noé Verde" promovido pela Noruega."


Quartel coloca em risco banco de germoplasmaFuturo de entidade premiada pelas Nações Unidas dependente do novo espaço da GNR2008-08-19PEDRO ANTUNES PEREIRAO Banco Português de Germoplasma Vegetal situado no concelho de Braga tem vindo a sofrer ataques constantes desde a sua fundação. Os mais recentes dão conta a construção do novo quartel da GNR nos seus terrenos.O banco serve para conservar, estudar, analisar e dentro do possível ceder sementes ou partes vegetativos e vê a sua continuidade ameaçada, devido ao projecto do novo espaço da GNR, mas também devido à possibilidade de redução para metade dos funcionários o que vai hipotecar a estrutura premiada pelas Nações Unidas.É uma das maiores reservas vegetais mundiais. Está situada na freguesia de S. Pedro de Merelim, e corre o risco de desaparecer caso se insista na construção do novo quartel da GNR em terrenos que lhe são afectos. O Banco Português de Germoplasma Vegetal tem, ainda, funcionários em situação de mobilidade especial.As indicações chegam pela voz do próprio Ministro da Administração Interna: o novo quartel territorial de Braga da GNR será construído em Merelim, Braga. Ora, para além de não ser consensual, a ideia do Governo promete fazer correr muita tinta. O JN sabe que, apesar de esta localização ser defendida pelo Governo Civil de Braga, não é, de todo, a opinião da Câmara de Braga.O Banco Português de Germoplasma Vegetal, das maiores estruturas do género no Mundo, foi a única por indicação das Nações Unidas, a receber todas as espécies de milho do Mediterrâneo, e uma das primeiras a avançar para a crio conservação animal.A directora da estrutura diz estar "cansada" dos ataques que o banco vem sofrendo desde que foi criado: "se houvesse dinheiro, o banco já estava localizado noutro sítio qualquer", começa por dizer Ana Barata que acrescenta: "se estivesse em Lisboa não havia questão nenhuma. Esta unidade sempre teve problemas por estar em Braga". A estrutura é muito procurada por agricultores que plantando híbridos, querem voltar às variedades tradicionais, à agricultura biológica.A mais recente preocupação tem a ver com a mobilidade especial: "foi feita sem critério e aqui todas as pessoas que trabalhavam com sementes foram embora". "Os trabalhadores vão todos os dias para o banco fazer qualquer coisa, desde que não relacionado com a actividade deles".O deputado do PCP, Agostinho Lopes, questionou o Ministério da Agricultura, sobre o que considera ser "um crime científico, económico, ambiental, contra o património nacional e a agricultura portuguesa, e a falta de respeito pelo trabalho e carreira profissional dos que imbuídos de um notável espírito de missão pública, científica e profissional lhe dedicaram a sua vida".Ana Barata, explica que "o trabalho do banco é vivo, permanente e rotineiramente feito de ligações e articulações com o exterior, agricultores e agriculturas, entidades nacionais e internacionais correlativas, como sucede agora com o anunciado projecto de guardar "cópias de segurança" no banco mundial "Arca de Noé Verde" promovido pela Noruega."

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