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28-06-2009
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MULHERES ANGOLANAS HISTÓRICAS (3) Literatura/Angola: Rita Tomás lança livro de memórias da Luta de libertação Rita Tomás lança livro de memórias da Luta de libertaçãoYara SimãoCom objectivo de testemunhar os acontecimentos da guerra de libertação nacional, Rita Tomás, antiga combatente lançou sexta-feira última no Museu de História Natural o livro intitulado "Memórias da Luta de Libertação".A sala do Museu de Histórias Naturais, não foi suficiente para albergar o número de convidados da camarada Rita que é considerada pelos seus contemporâneos como uma mulher guerrilheira."Memórias da Luta de Libertação", segundo a autora é um relato de quem participou activamente no processo de libertação de Angola, do jugo colonial português e não só, é um testemunho para a juventude e as gerações vindouras. "Estas minhas memórias são apenas uma parte, onde exprimo como participei na luta directa de libertação nacional, como vivi no MPLA então movimento, a coragem e a calma dos nossos líderes e chefes como o doutor Agostinho Neto, Lúcio Barreto Lara, Aníbal de Melo e Eurico Teles Carreira(Iko Carreira), bem como alguns comandantes que dirigiram a guerra e outros militantes honestos" realçou Rita Tomás.No livro a autora destaca ainda o papel de muitos médicos angolanos a destacar Américo Boavida, Edmundo Rocha, Rui de Carvalho, Pestana, Manuel Boal, João Vieira Lopes e Manuel Videira, pessoas com quem conviveu durante o curso de enfermagem que frequentou como assistente.Mário Pinto de Andrade, analista político e professor universitário, ao apresentar o livro disse que a autora descreve a obra com um testemunho vindo da alma, destacando o papel das mulheres que lado a lado com os homens guerrilheiros tiveram acções de bravura mesmo atravessando perigos como foi o caso da travessia de vários rios. "A autora, narra no livro os acontecimentos que provocou a primeira grande divisão no seio de MPLA, na base de uma estratégia de Agostinho Neto, que não agradou alguns dirigentes do MPLA e se aliaram com alguns partidos e grupos sindicais. Na altura, muito antes do reconhecimento do GRAE, alguns dirigentes já estavam divididos, porque em maio de 1963, com a realização da primeira conferência do MPLA, Agostinho Neto chama atenção para que as pessoas não estivessem divididas e não aceitassem as calunias, mas infelizmente o movimento veio a ter esta sua primeira crise" sublinhou o Mário Pinto de Andrade.O analista político e também professor, aproveitou a ocasião para apelar ao estudantes do curso de história, sociologia e antropologia da faculdade de Letras e Ciências Sociais, do mestrado em histórias de África e história de Angola no Isced a se interessarem por esta temática dedicando-se a investigação para as teses de mestrado e licenciatura, que seria um bom contributo não só para a autora mas para aqueles que participaram nesta epopeia e que merecem o respeito de todos. Rita Tomás apresenta-nos ainda o trabalho realizado por seu pai, na construção da escolas, o seu engajamento na igreja Evangélica, a ligação que teve com alguns conterrâneos que fizeram parte da década dos 50, a destacar Sebastião Gaspar Martins, velho 60 e Pascoal Veríssimo da CostaRita André Tomás nasceu ao 17 julho de 1943, em Luanda. Ingressou no MPLA, então movimento, em Agosto de 1962 em Lepoldville (República do então Congo Belga". Fez o primeiro treino militar em Lepoldville, juntamente com a camarada Luísa Júnior Vastok, tiveram como instrutores Arlindo de Freitas e José Ferreira, do ex. EPLA. Na Tanzânia, fez também treinos militares, juntamente com combatentes da Frelimo de Moçambique e tinham como lema "todos ao interior" palavra de ordem do saudoso Presidente António Agostinho Neto.No CVAAR, (Corpo Voluntário de Assistência aos Refugiados de Angola), funcionou como chefe do sector junto da Emigração Congolesa para tratar de assuntos dos refugiados angolanos, sob a orientação de Luís Azevedo Júnior das relações exteriores do MPLAEm Novembro de 1963 a 1968, frequentou o curso Médio de Saúde na ex- URSS, tendo-se matriculado na faculdade de medicina em Luov. Como a coluna Bomboko, estava a entrar para a III Região Política militar na frente leste e atingir a IV região , isto é, Malanje e as Lundas, Rita Tomás regressou a Angola a fim de prestar a sua ajuda aos militares guerrilheiros. http://www.portalmulher.sdv.pt/articles.asp?id=1908


MULHERES ANGOLANAS HISTÓRICAS (3) Literatura/Angola: Rita Tomás lança livro de memórias da Luta de libertação Rita Tomás lança livro de memórias da Luta de libertaçãoYara SimãoCom objectivo de testemunhar os acontecimentos da guerra de libertação nacional, Rita Tomás, antiga combatente lançou sexta-feira última no Museu de História Natural o livro intitulado "Memórias da Luta de Libertação".A sala do Museu de Histórias Naturais, não foi suficiente para albergar o número de convidados da camarada Rita que é considerada pelos seus contemporâneos como uma mulher guerrilheira."Memórias da Luta de Libertação", segundo a autora é um relato de quem participou activamente no processo de libertação de Angola, do jugo colonial português e não só, é um testemunho para a juventude e as gerações vindouras. "Estas minhas memórias são apenas uma parte, onde exprimo como participei na luta directa de libertação nacional, como vivi no MPLA então movimento, a coragem e a calma dos nossos líderes e chefes como o doutor Agostinho Neto, Lúcio Barreto Lara, Aníbal de Melo e Eurico Teles Carreira(Iko Carreira), bem como alguns comandantes que dirigiram a guerra e outros militantes honestos" realçou Rita Tomás.No livro a autora destaca ainda o papel de muitos médicos angolanos a destacar Américo Boavida, Edmundo Rocha, Rui de Carvalho, Pestana, Manuel Boal, João Vieira Lopes e Manuel Videira, pessoas com quem conviveu durante o curso de enfermagem que frequentou como assistente.Mário Pinto de Andrade, analista político e professor universitário, ao apresentar o livro disse que a autora descreve a obra com um testemunho vindo da alma, destacando o papel das mulheres que lado a lado com os homens guerrilheiros tiveram acções de bravura mesmo atravessando perigos como foi o caso da travessia de vários rios. "A autora, narra no livro os acontecimentos que provocou a primeira grande divisão no seio de MPLA, na base de uma estratégia de Agostinho Neto, que não agradou alguns dirigentes do MPLA e se aliaram com alguns partidos e grupos sindicais. Na altura, muito antes do reconhecimento do GRAE, alguns dirigentes já estavam divididos, porque em maio de 1963, com a realização da primeira conferência do MPLA, Agostinho Neto chama atenção para que as pessoas não estivessem divididas e não aceitassem as calunias, mas infelizmente o movimento veio a ter esta sua primeira crise" sublinhou o Mário Pinto de Andrade.O analista político e também professor, aproveitou a ocasião para apelar ao estudantes do curso de história, sociologia e antropologia da faculdade de Letras e Ciências Sociais, do mestrado em histórias de África e história de Angola no Isced a se interessarem por esta temática dedicando-se a investigação para as teses de mestrado e licenciatura, que seria um bom contributo não só para a autora mas para aqueles que participaram nesta epopeia e que merecem o respeito de todos. Rita Tomás apresenta-nos ainda o trabalho realizado por seu pai, na construção da escolas, o seu engajamento na igreja Evangélica, a ligação que teve com alguns conterrâneos que fizeram parte da década dos 50, a destacar Sebastião Gaspar Martins, velho 60 e Pascoal Veríssimo da CostaRita André Tomás nasceu ao 17 julho de 1943, em Luanda. Ingressou no MPLA, então movimento, em Agosto de 1962 em Lepoldville (República do então Congo Belga". Fez o primeiro treino militar em Lepoldville, juntamente com a camarada Luísa Júnior Vastok, tiveram como instrutores Arlindo de Freitas e José Ferreira, do ex. EPLA. Na Tanzânia, fez também treinos militares, juntamente com combatentes da Frelimo de Moçambique e tinham como lema "todos ao interior" palavra de ordem do saudoso Presidente António Agostinho Neto.No CVAAR, (Corpo Voluntário de Assistência aos Refugiados de Angola), funcionou como chefe do sector junto da Emigração Congolesa para tratar de assuntos dos refugiados angolanos, sob a orientação de Luís Azevedo Júnior das relações exteriores do MPLAEm Novembro de 1963 a 1968, frequentou o curso Médio de Saúde na ex- URSS, tendo-se matriculado na faculdade de medicina em Luov. Como a coluna Bomboko, estava a entrar para a III Região Política militar na frente leste e atingir a IV região , isto é, Malanje e as Lundas, Rita Tomás regressou a Angola a fim de prestar a sua ajuda aos militares guerrilheiros. http://www.portalmulher.sdv.pt/articles.asp?id=1908

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