NÓS MEDIA – Weblog de Silvino Évora

05-10-2009
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Agostinho Lopes terá razão?

Setembro 18, 2006 às 9:15 pm | Publicado em Media & Jornalismo | Deixe um comentário

“Acho que há um défice do jornalismo verdadeiramente profissional em Cabo Verde. O primeiro empregador dos jornalistas é o Estado e os órgãos de comunicação social do Estado, sente-se e vê-se no dia-a-dia, estão completamente manipulados. Temos um conjunto de comissários políticos à frente dos órgãos e esses comissários são, completamente, orientados de forma política, por quem exerce o poder a nível governamental. E eles, por sua vez, utilizam um conjunto de instrumentos até de intimidação para cima dos jornalistas. Não vale a pena negar isto, porque é evidente e muitos jornalistas só não falam porque não têm muitas alternativas. Vocês que trabalham nos órgãos de comunicação social privados são, de facto, os felizardos porque podem exercer a profissão de forma independente, sem grandes pressões politico-partidárias, sem orientações ideológicas da parte de quem está no poder.

Infelizmente é assim. Quem dá pão dá castigo, e quem dá pão a uma grande maioria de jornalistas é o Estado. O exercício do jornalismo fica completamente comprometido por isso. Se nós tivemos uma comunicação social independente, democrática, com capacidade de intervenção e que fosse aliado do cidadão, este Governo já estaria de rastos há muito tempo e, se calhar, nem estaria a existir. É só ver à nossa volta. Repare a última questão energética na cidade da Praia. Não temos nenhuma investigação séria dos jornalistas, nesta matéria, não temos sequer um tratamento rigoroso e isento desta matéria. É sempre a promoção da imagem dos governantes”. [ in Expresso das Ilhas ]

Agostinho Lopes terá razão?

Setembro 18, 2006 às 9:15 pm | Publicado em Media & Jornalismo | Deixe um comentário

“Acho que há um défice do jornalismo verdadeiramente profissional em Cabo Verde. O primeiro empregador dos jornalistas é o Estado e os órgãos de comunicação social do Estado, sente-se e vê-se no dia-a-dia, estão completamente manipulados. Temos um conjunto de comissários políticos à frente dos órgãos e esses comissários são, completamente, orientados de forma política, por quem exerce o poder a nível governamental. E eles, por sua vez, utilizam um conjunto de instrumentos até de intimidação para cima dos jornalistas. Não vale a pena negar isto, porque é evidente e muitos jornalistas só não falam porque não têm muitas alternativas. Vocês que trabalham nos órgãos de comunicação social privados são, de facto, os felizardos porque podem exercer a profissão de forma independente, sem grandes pressões politico-partidárias, sem orientações ideológicas da parte de quem está no poder.

Infelizmente é assim. Quem dá pão dá castigo, e quem dá pão a uma grande maioria de jornalistas é o Estado. O exercício do jornalismo fica completamente comprometido por isso. Se nós tivemos uma comunicação social independente, democrática, com capacidade de intervenção e que fosse aliado do cidadão, este Governo já estaria de rastos há muito tempo e, se calhar, nem estaria a existir. É só ver à nossa volta. Repare a última questão energética na cidade da Praia. Não temos nenhuma investigação séria dos jornalistas, nesta matéria, não temos sequer um tratamento rigoroso e isento desta matéria. É sempre a promoção da imagem dos governantes”. [ in Expresso das Ilhas ]

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