PALAVROSSAVRVS REX: CASO FREEPORT, MAU AMBIENTE

23-05-2009
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Espera-se o pior, mal seja revelado a que ministro português se refere uma conversa entre um administrador inglês da sociedade proprietária do espaço comercial do Freeport, em Alcochete, e um sócio da consultora Smith & Pedro. Aí se denuncia o pagamento de "luvas" a um ministro português do governo de António Guterres, segundo noticia hoje o semanário "Sol". A investigação em curso no Reino Unido ao "caso Freeport" inclui, desde 2007, um DVD com uma gravação vídeo entre um administrador do espaço “oulet” e um empresário inglês, Charles Smith, em que é assumido o pagamento de "luvas" a políticos portugueses para que fosse viabilizada a construção do espaço comercial de Alcochete, avança o semanário. Olho em volta e só vislumbro uma alminha portuguesa toda empenhada em concentrar nas suas mãozinhas o maior poder possível em Portugal e a ter por hábito pura e simplesmente não olhar a meios, berlusconizando o País à força toda. E não é o PR. De resto, num país onde se ganha 250 000 euros por mês para exercer nula supervisão tudo é possível, e, se extendermos este teor de eficácia às directorias gerais e outros organismos do Estado de obscena opacidade, estamos conversados. Só não sei se será possível comprar o silêncio e a inoperância em arrastamento da justiça inglesa. Acho e espero que não. Os ingleses devem ter muita pena de nós, tendo em conta a crueza de quem nos apascenta. São muito sensíveis a transposições práticas da história de Robin Wood para os tempos modernos portugueses.


Espera-se o pior, mal seja revelado a que ministro português se refere uma conversa entre um administrador inglês da sociedade proprietária do espaço comercial do Freeport, em Alcochete, e um sócio da consultora Smith & Pedro. Aí se denuncia o pagamento de "luvas" a um ministro português do governo de António Guterres, segundo noticia hoje o semanário "Sol". A investigação em curso no Reino Unido ao "caso Freeport" inclui, desde 2007, um DVD com uma gravação vídeo entre um administrador do espaço “oulet” e um empresário inglês, Charles Smith, em que é assumido o pagamento de "luvas" a políticos portugueses para que fosse viabilizada a construção do espaço comercial de Alcochete, avança o semanário. Olho em volta e só vislumbro uma alminha portuguesa toda empenhada em concentrar nas suas mãozinhas o maior poder possível em Portugal e a ter por hábito pura e simplesmente não olhar a meios, berlusconizando o País à força toda. E não é o PR. De resto, num país onde se ganha 250 000 euros por mês para exercer nula supervisão tudo é possível, e, se extendermos este teor de eficácia às directorias gerais e outros organismos do Estado de obscena opacidade, estamos conversados. Só não sei se será possível comprar o silêncio e a inoperância em arrastamento da justiça inglesa. Acho e espero que não. Os ingleses devem ter muita pena de nós, tendo em conta a crueza de quem nos apascenta. São muito sensíveis a transposições práticas da história de Robin Wood para os tempos modernos portugueses.

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