PALAVROSSAVRVS REX: MAU KARMA PORTUGUÊS

30-09-2009
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Portugal vive de omissões políticas graves, de políticos fracos e venais.Todos, mas todos, pecam pela continuada desordem no Estado de que se beneficiam directamente. Não há moral e mereciam ser varridos por um referendoque votasse esmagador pela Monarquia e, de lés a lés, a Regeneração Nacional.Esta legislatura foi indevida e criminosamente feroz contra o cidadão, queimando-lhe o ânimo, empobrecendo-o despudoradamente por todas as vias.Antes de o Mário Crespo propor que imaginássemos o que a seguir se transcreve,confesso que, após o anúncio de Fernando Pinto, o imaginara também, embora descrente e desiludido pelos irresponsáveis feirantesque nos apascentam de mentiras.lkj O mau karma português é ser governado por Pinócrates, é a mentira ser espessa,é não haver um verdadeiro sentido de serviço e de ética públicos, uma cultura de responsabilização apertada e bem escrutinada dos eleitos.A avaliação do sistema político português e dos seus actores dá Mau, dá Medíocre,e é por isso que, por enquanto, fundamentalmente me envergonho de quase tudo aqui.Podem não querer ver nem aceitar, mas urge em Portugal uma Primavera Revolucionáriaque remoralize o que jaz decadente, infiel, e traidor dos pobres cidadãos.Também lamento a indelével ideologia da mediocridade e da ignorância que o salazarismo semeou por mais de quarenta anos na sociedade e que em parte explica que perante tanta desgraça e mentira nos não levantemos fartos: lkjIMAGINEMkjh«Imaginem que todos os gestores públicos das setenta e sete empresas do Estado decidiam voluntariamente baixar os seus vencimentos e prémios em dez por cento. lkjImaginem que decidiam fazer isso independentemente dos resultados.Se os resultados fossem bons, as reduções contribuíam para a produtividade. Se fossem maus, ajudavam em muito na recuperação. Imaginem que os gestores públicos optavam por carros dez por cento mais baratos e que reduziam as suas dotações de combustível em dez por cento.lkjImaginem que as suas despesas de representação diminuíam dez por cento também. Que retiravam dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas. Imaginem ainda que os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tinham ESTADO escrito na porta. Imaginem que só eram usados em funções do Estado.lkjImaginem que dispensavam dez por cento dos assessores e consultores e passavam a utilizar a prata da casa para o serviço público. Imaginem que gastavam dez por cento menos em pacotes de rescisão para quem trabalha e não se quer reformar. Imaginem que os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspiravam nisto e aceitavam uma redução de dez por cento nas suas pensões. Em todas as suas pensões. Eles acumulam várias. Não era nada de muito dramático. Ainda ficavam, todos, muito acima dos mil contos por mês.lkjImaginem que o faziam, por ética ou por vergonha. Imaginem que o faziam por consciência. Imaginem o efeito que isto teria no défice das contas públicas. Imaginem os postos de trabalho que se mantinham e os que se criavam. Imaginem os lugares a aumentar nas faculdades, nas escolas, nas creches e nos lares. Imaginem este dinheiro a ser usado em tribunais para reduzir dez por cento o tempo de espera por uma sentença. Ou no posto de saúde para esperarmos menos dez por cento do tempo por uma consulta ou por uma operação às cataratas.Imaginem remédios dez por cento mais baratos. Imaginem dentistas incluídos no serviço nacional de saúde. Imaginem a segurança que os municípios podiam comprar com esses dinheiros. Imaginem uma Polícia dez por cento mais bem paga, dez por cento mais bem equipada e mais motivada. Imaginem as pensões que se podiam actualizar. Imaginem todo esse dinheiro bem gerido. Imaginem IRC, IRS e IVA a descerem dez por cento também e a economia a soltar-se à velocidade de mais dez por cento em fábricas, lojas, ateliers, teatros, cinemas, estúdios, cafés, restaurantes e jardins.lkjImaginem que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, no país e no Mundo, é seguido pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal. Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas.lkjImaginem que é seguida por aquelas que distribuem prémios quando dão prejuízo. Imaginem que país podíamos ser se o fizéssemos. Imaginem que país seremos se não o fizermos.»


Portugal vive de omissões políticas graves, de políticos fracos e venais.Todos, mas todos, pecam pela continuada desordem no Estado de que se beneficiam directamente. Não há moral e mereciam ser varridos por um referendoque votasse esmagador pela Monarquia e, de lés a lés, a Regeneração Nacional.Esta legislatura foi indevida e criminosamente feroz contra o cidadão, queimando-lhe o ânimo, empobrecendo-o despudoradamente por todas as vias.Antes de o Mário Crespo propor que imaginássemos o que a seguir se transcreve,confesso que, após o anúncio de Fernando Pinto, o imaginara também, embora descrente e desiludido pelos irresponsáveis feirantesque nos apascentam de mentiras.lkj O mau karma português é ser governado por Pinócrates, é a mentira ser espessa,é não haver um verdadeiro sentido de serviço e de ética públicos, uma cultura de responsabilização apertada e bem escrutinada dos eleitos.A avaliação do sistema político português e dos seus actores dá Mau, dá Medíocre,e é por isso que, por enquanto, fundamentalmente me envergonho de quase tudo aqui.Podem não querer ver nem aceitar, mas urge em Portugal uma Primavera Revolucionáriaque remoralize o que jaz decadente, infiel, e traidor dos pobres cidadãos.Também lamento a indelével ideologia da mediocridade e da ignorância que o salazarismo semeou por mais de quarenta anos na sociedade e que em parte explica que perante tanta desgraça e mentira nos não levantemos fartos: lkjIMAGINEMkjh«Imaginem que todos os gestores públicos das setenta e sete empresas do Estado decidiam voluntariamente baixar os seus vencimentos e prémios em dez por cento. lkjImaginem que decidiam fazer isso independentemente dos resultados.Se os resultados fossem bons, as reduções contribuíam para a produtividade. Se fossem maus, ajudavam em muito na recuperação. Imaginem que os gestores públicos optavam por carros dez por cento mais baratos e que reduziam as suas dotações de combustível em dez por cento.lkjImaginem que as suas despesas de representação diminuíam dez por cento também. Que retiravam dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas. Imaginem ainda que os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tinham ESTADO escrito na porta. Imaginem que só eram usados em funções do Estado.lkjImaginem que dispensavam dez por cento dos assessores e consultores e passavam a utilizar a prata da casa para o serviço público. Imaginem que gastavam dez por cento menos em pacotes de rescisão para quem trabalha e não se quer reformar. Imaginem que os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspiravam nisto e aceitavam uma redução de dez por cento nas suas pensões. Em todas as suas pensões. Eles acumulam várias. Não era nada de muito dramático. Ainda ficavam, todos, muito acima dos mil contos por mês.lkjImaginem que o faziam, por ética ou por vergonha. Imaginem que o faziam por consciência. Imaginem o efeito que isto teria no défice das contas públicas. Imaginem os postos de trabalho que se mantinham e os que se criavam. Imaginem os lugares a aumentar nas faculdades, nas escolas, nas creches e nos lares. Imaginem este dinheiro a ser usado em tribunais para reduzir dez por cento o tempo de espera por uma sentença. Ou no posto de saúde para esperarmos menos dez por cento do tempo por uma consulta ou por uma operação às cataratas.Imaginem remédios dez por cento mais baratos. Imaginem dentistas incluídos no serviço nacional de saúde. Imaginem a segurança que os municípios podiam comprar com esses dinheiros. Imaginem uma Polícia dez por cento mais bem paga, dez por cento mais bem equipada e mais motivada. Imaginem as pensões que se podiam actualizar. Imaginem todo esse dinheiro bem gerido. Imaginem IRC, IRS e IVA a descerem dez por cento também e a economia a soltar-se à velocidade de mais dez por cento em fábricas, lojas, ateliers, teatros, cinemas, estúdios, cafés, restaurantes e jardins.lkjImaginem que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, no país e no Mundo, é seguido pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal. Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas.lkjImaginem que é seguida por aquelas que distribuem prémios quando dão prejuízo. Imaginem que país podíamos ser se o fizéssemos. Imaginem que país seremos se não o fizermos.»

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