PALAVROSSAVRVS REX: A ROLETA DE ROSETA

30-09-2009
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Bem inesperada a união da cidadã "independente" Helena Roseta, uma das mais devastadoras críticas da danosa partidocracia nacional, precisamente com o Partido desastradamente Polvo do sr. Costa. É uma facada na independência cívica e em todas as expectativas de renovação lisboeta face à lógica corrompida dos partidos do aro do poder. Uma mulher respeitada por ser independente e escutada porque muito justamente verberava os factos consumados e os abusos ao regimento democrático perpetrados pelo PS-Governo dos Contentores unilaterais, do Terreiro do Paço unilateral, do urbanismo totalitário, das decisões impostas ou precipitadas. Vereadora empenhada, motor dos Cidadãos por Lisboa, lutava pela submissão a consulta e audição pública, junto dos cidadãos e de entidades associativas, cívicas e profissionais, todas as questões e decisões atinentes à Cidade. Alguém que relativamente à Sociedade Frente Tejo S.A. denunciou não ter seguido os preceitos legais que obrigam à existência de concursos públicos para a adjudicação de projectos de obras públicas e que na actuação da sociedade persistia uma contradição de fundo: ou a Frente Tejo consistia numa entidade pública e então teria de se submeter ao Código da Contratação Pública ou tratava-se de uma empresa de direito privado e então não está isenta de licença nem de parecer vinculativo da Câmara de Lisboa. Portanto, que fará Roseta agora com a sua "independência" na loja eleitoral de penhores?! Não sente ela que se arrisca a cair com Costa e com toda a paralisia que este representa?! Ao branquear com a sua respeitabilidade um partido acossado pelos traços de nula respeitabilidade, Helena Roseta enfraquece a isenção e lisura das suas próprias causas. Uma desilusão, portanto. Morre a coerência em quem fez combate aos processos de esses partidos de perdição chamados PS e PSD porque se alia a um deles, por sinal o mais corrupto, segundo Villaverdade Cabral e quase toda a gente. Politicamente polígamo, Costa multiplica-se em casamentos de conveniência e seduções de última hora. É com isto que Roseta se alia por um prato de lentilhas. Trata-se de uma vitória de Pirro num PS-Governo capaz das mais pérfidas ingerências nas competências municipais, com o beneplácito e anuência mole do sr. Costa. Para quem subiu aos píncaros do idealismo independente, Helena fraquejou e pode arrastar consigo o seu Movimento pluralista. Mau passo. Não se escapa continuamente da roleta russa. Algum dia a câmara terá projéctil: «O presidente da Câmara de Lisboa, o socialista António Costa, e a vereadora independente Helena Roseta (ex-PS) chegaram a um acordo para uma candidatura ao município, apurou o PÚBLICO. O acordo será anunciado por Costa e Roseta numa conferência de imprensa esta tarde num hotel de Lisboa.»


Bem inesperada a união da cidadã "independente" Helena Roseta, uma das mais devastadoras críticas da danosa partidocracia nacional, precisamente com o Partido desastradamente Polvo do sr. Costa. É uma facada na independência cívica e em todas as expectativas de renovação lisboeta face à lógica corrompida dos partidos do aro do poder. Uma mulher respeitada por ser independente e escutada porque muito justamente verberava os factos consumados e os abusos ao regimento democrático perpetrados pelo PS-Governo dos Contentores unilaterais, do Terreiro do Paço unilateral, do urbanismo totalitário, das decisões impostas ou precipitadas. Vereadora empenhada, motor dos Cidadãos por Lisboa, lutava pela submissão a consulta e audição pública, junto dos cidadãos e de entidades associativas, cívicas e profissionais, todas as questões e decisões atinentes à Cidade. Alguém que relativamente à Sociedade Frente Tejo S.A. denunciou não ter seguido os preceitos legais que obrigam à existência de concursos públicos para a adjudicação de projectos de obras públicas e que na actuação da sociedade persistia uma contradição de fundo: ou a Frente Tejo consistia numa entidade pública e então teria de se submeter ao Código da Contratação Pública ou tratava-se de uma empresa de direito privado e então não está isenta de licença nem de parecer vinculativo da Câmara de Lisboa. Portanto, que fará Roseta agora com a sua "independência" na loja eleitoral de penhores?! Não sente ela que se arrisca a cair com Costa e com toda a paralisia que este representa?! Ao branquear com a sua respeitabilidade um partido acossado pelos traços de nula respeitabilidade, Helena Roseta enfraquece a isenção e lisura das suas próprias causas. Uma desilusão, portanto. Morre a coerência em quem fez combate aos processos de esses partidos de perdição chamados PS e PSD porque se alia a um deles, por sinal o mais corrupto, segundo Villaverdade Cabral e quase toda a gente. Politicamente polígamo, Costa multiplica-se em casamentos de conveniência e seduções de última hora. É com isto que Roseta se alia por um prato de lentilhas. Trata-se de uma vitória de Pirro num PS-Governo capaz das mais pérfidas ingerências nas competências municipais, com o beneplácito e anuência mole do sr. Costa. Para quem subiu aos píncaros do idealismo independente, Helena fraquejou e pode arrastar consigo o seu Movimento pluralista. Mau passo. Não se escapa continuamente da roleta russa. Algum dia a câmara terá projéctil: «O presidente da Câmara de Lisboa, o socialista António Costa, e a vereadora independente Helena Roseta (ex-PS) chegaram a um acordo para uma candidatura ao município, apurou o PÚBLICO. O acordo será anunciado por Costa e Roseta numa conferência de imprensa esta tarde num hotel de Lisboa.»

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