PALAVROSSAVRVS REX: ESTABILIDADE, PALAVRA MALDITA

30-09-2009
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Governar para os indicadores dá em desastre e este XVII Governo Constitucional superou todos os limites para adequar à Casaca Apertada que lhe impõem outros um povo cada vez mais carente de tudo. Computadores sem pão! Ciência sem sabedoria ou simples bom senso! Quem for reler Os Maias perceberá que está ainda viva e governa essa mesma geração de medíocres submissos à carapaça da Civilização, mas não às suas aquisições indeléveis, sobretudo sociais. E está flagrantemente ainda viva e governa essa mesma geração de medíocres frementes pelos deslumbramentos de uma Europa parisiense e londrina, dos indicadores bem passíveis de forja ou inflaccionamento para inglês ver. Geração ainda mais parola e tacanha que a do último quartel do século XIX a que se reporta aquele fabuloso romance. Geração viva para o supérfluo. Morta para o social e para a fome e sede de justiça em todos os planos que por cá muito rareia. Os ditames do dinheiro internacional e dos fortes interesses estabelecidos no País porventura a isso obrigam e os cidadãos votam sem real discernimento no PSD ou, muito pior ainda, no PS. Enfim, governa-se para os indicadores, mas era urgente que se governasse corajosamente em Portugal para as pessoas. Finalmente para as pessoas. Isso, sim, seria inovador, desde o vinte e cinco de Abril de 1974. Entretanto, fala-se em estabilidade para significar o sistema velho que perdura em trinta e cinco anos como se a aposta estável em ciência dependesse da manutenção de um sistema partidocrático obsolescente, completamente incapaz de se refrescar, como se dependesse da manutenção em funções governativas um Governo-PS completamente insensível, cego e incapaz de servir todos os portugueses, mas só alguns. Só os seus apaniguados, avençados e apoiantes declarados com provas dadas ao grande Polvo dos Favores: «José Sócrates falava na abertura do "III Encontro Ciência 2009", que termina quinta-feira na Fundação Calouste Gulbenkian, num discurso em que advogou que a ciência constituiu uma das principais apostas do seu Governo ao longo da legislatura e, por outro lado, que Portugal progrediu em todos os indicadores internacionais nesta área de actividade. [...] "É preciso paciência para obter resultados. Por isso, a área de actividade científica tem de estar protegida das turbulências económicas e financeiras e até das turbulências políticas. A estabilidade no investimento e a persistência na aposta são factores absolutamente decisivos para que os resultados apareçam na ciência", frisou o primeiro-ministro, num recado político em relação às opções em jogo na próxima legislatura.»


Governar para os indicadores dá em desastre e este XVII Governo Constitucional superou todos os limites para adequar à Casaca Apertada que lhe impõem outros um povo cada vez mais carente de tudo. Computadores sem pão! Ciência sem sabedoria ou simples bom senso! Quem for reler Os Maias perceberá que está ainda viva e governa essa mesma geração de medíocres submissos à carapaça da Civilização, mas não às suas aquisições indeléveis, sobretudo sociais. E está flagrantemente ainda viva e governa essa mesma geração de medíocres frementes pelos deslumbramentos de uma Europa parisiense e londrina, dos indicadores bem passíveis de forja ou inflaccionamento para inglês ver. Geração ainda mais parola e tacanha que a do último quartel do século XIX a que se reporta aquele fabuloso romance. Geração viva para o supérfluo. Morta para o social e para a fome e sede de justiça em todos os planos que por cá muito rareia. Os ditames do dinheiro internacional e dos fortes interesses estabelecidos no País porventura a isso obrigam e os cidadãos votam sem real discernimento no PSD ou, muito pior ainda, no PS. Enfim, governa-se para os indicadores, mas era urgente que se governasse corajosamente em Portugal para as pessoas. Finalmente para as pessoas. Isso, sim, seria inovador, desde o vinte e cinco de Abril de 1974. Entretanto, fala-se em estabilidade para significar o sistema velho que perdura em trinta e cinco anos como se a aposta estável em ciência dependesse da manutenção de um sistema partidocrático obsolescente, completamente incapaz de se refrescar, como se dependesse da manutenção em funções governativas um Governo-PS completamente insensível, cego e incapaz de servir todos os portugueses, mas só alguns. Só os seus apaniguados, avençados e apoiantes declarados com provas dadas ao grande Polvo dos Favores: «José Sócrates falava na abertura do "III Encontro Ciência 2009", que termina quinta-feira na Fundação Calouste Gulbenkian, num discurso em que advogou que a ciência constituiu uma das principais apostas do seu Governo ao longo da legislatura e, por outro lado, que Portugal progrediu em todos os indicadores internacionais nesta área de actividade. [...] "É preciso paciência para obter resultados. Por isso, a área de actividade científica tem de estar protegida das turbulências económicas e financeiras e até das turbulências políticas. A estabilidade no investimento e a persistência na aposta são factores absolutamente decisivos para que os resultados apareçam na ciência", frisou o primeiro-ministro, num recado político em relação às opções em jogo na próxima legislatura.»

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