PALAVROSSAVRVS REX: SUCESSO E SUPERFICIALIDADE

30-09-2009
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Até que ponto o 31 da Armada, com os seus 25 000 visitantes no grande dia, não cavalga uma glória superficial com potencial reverso negro?! As referências mesmo em blogues obscuros, minoritários, genericamente desconhecidos, Lugares Mesmo Comuns, são infinitas e para amplos gostos, Salvador da Cunha, Buzzófias, GuessWhat, mas o que se detecta em auto-deslumbramento preocupa. Também fiquei manifestamente contente e orgulhoso com a acção de “guerrilha ideológica” do 31 da Armada, mas agora, muito a frio, tenho a impressão de que a mensagem se vai dissipando em efeitos pífios e contraproducentes à causa monárquica apenas pelo modo superficial e garoto como os seus agentes se deslumbram consigo mesmos e com a sua gloriazinha mediática invejável, menino que brinca com a pilinha. Ter-se ultrapassado algum decoro pode desvalorizar a parte séria do objectivo. Escrevo isto apoiando abertamente a acção e o seu efeito. O que me custa é que o irrelevante, visitas e comentários nas redes sociais, os principais jornais noticiando a acção com destaque, não passem de glória fácil, efémera. Que avulte antes de tudo a sombra de aligeiramento estratégico dos autores. Obter comentários, 470 no Público, mais de 160 no Sol, Correio da Manhã, ver publicados vídeos, isso e o Comunicado, também muito comentado; isso e a TSF a abrir noticiários com a acção; isso e os três principais canais televisivos reportando; isso e, no Twitter, as centenas de tweets; isso e o feed dos blogs; os vários vídeos no Sapo e Youtube a somar milhares de visualizações; isso e o cartoon de Pedro Vieira. O impacto da acção deveria transcender a mercearia mediática e não levar as pessoas a acabar por considerar estas acções como meramente comerciais. De passes publicitários está o inferno cheio. Já basta o que basta em matéria de fragmentação interna entre monárquicos. Aprenda-se a ser sólido: «O Movimento 31 da Armada vai contactar a Câmara de Lisboa para propor a troca da bandeira da autarquia pela bandeira da monarquia hasteada por alguns elementos do grupo na noite de segunda-feira.»


Até que ponto o 31 da Armada, com os seus 25 000 visitantes no grande dia, não cavalga uma glória superficial com potencial reverso negro?! As referências mesmo em blogues obscuros, minoritários, genericamente desconhecidos, Lugares Mesmo Comuns, são infinitas e para amplos gostos, Salvador da Cunha, Buzzófias, GuessWhat, mas o que se detecta em auto-deslumbramento preocupa. Também fiquei manifestamente contente e orgulhoso com a acção de “guerrilha ideológica” do 31 da Armada, mas agora, muito a frio, tenho a impressão de que a mensagem se vai dissipando em efeitos pífios e contraproducentes à causa monárquica apenas pelo modo superficial e garoto como os seus agentes se deslumbram consigo mesmos e com a sua gloriazinha mediática invejável, menino que brinca com a pilinha. Ter-se ultrapassado algum decoro pode desvalorizar a parte séria do objectivo. Escrevo isto apoiando abertamente a acção e o seu efeito. O que me custa é que o irrelevante, visitas e comentários nas redes sociais, os principais jornais noticiando a acção com destaque, não passem de glória fácil, efémera. Que avulte antes de tudo a sombra de aligeiramento estratégico dos autores. Obter comentários, 470 no Público, mais de 160 no Sol, Correio da Manhã, ver publicados vídeos, isso e o Comunicado, também muito comentado; isso e a TSF a abrir noticiários com a acção; isso e os três principais canais televisivos reportando; isso e, no Twitter, as centenas de tweets; isso e o feed dos blogs; os vários vídeos no Sapo e Youtube a somar milhares de visualizações; isso e o cartoon de Pedro Vieira. O impacto da acção deveria transcender a mercearia mediática e não levar as pessoas a acabar por considerar estas acções como meramente comerciais. De passes publicitários está o inferno cheio. Já basta o que basta em matéria de fragmentação interna entre monárquicos. Aprenda-se a ser sólido: «O Movimento 31 da Armada vai contactar a Câmara de Lisboa para propor a troca da bandeira da autarquia pela bandeira da monarquia hasteada por alguns elementos do grupo na noite de segunda-feira.»

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