PALAVROSSAVRVS REX: DE TYRANNORUM OBITU ET FINE CRUENTO

30-09-2009
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Eduardo Pitta fascina-me ao mesmo tempo que me desaponta. Quem for ler com olhos limpos de tendenciosidade PS a opinião publicada (área em que também incluo os blogues), em particular a dos chamados líderes de opinião, mesmo ou sobretudo a dos colunistas declaradamente anti-PS, que são a esmagadora maioria, verifica uma coisa extraordinariamente consoladora e simbólica em relação aos tempos que vivemos: nenhum perde tempo a perorar sobre as falhas de carácter, a falta de lisura, o currículo putrefacto de casos fedentes, ecos de luvas, ecos de pressões sobre a Justiça, ecos de ameaças com processos, a respeito da pessoa de Manuela Ferreira Leite. É até excelente que a presidente do PSD fale o mínimo possível porque não tem sido por muito falar que a Cleptocracia Portuguesa se corrigiu, o País cresceu, a riqueza se distribuiu, os opositores a este PS perverso, colonizador do Estado, foram menos perseguidos e mal-tratados. Há que derrotar o enganoso, mal-formado, mero constructo publicitário, fingidor de governante, o grande passerelle, Sócrates. Desde Santana Lopes, que nem acumulou um décimo das razões de queixa da sociedade, não se assistia a uma campanha ad hominem tão fundamentada e absolutamente justa, tendo em conta o perfil autoritário, falacioso, surdo e falso aos olhos da sociedade portuguesa. A má fama do argumentum ad hominem tem a ver com a baixeza dos vários tipos de argumento que não rebatem ideias, mas atacam características da pessoa que as defende. Porém, contra os que abusam do poder, não respeitam o pluralismo numa sociedade nem governam com equidade, priorizando as gentes e não a corporação partidária a que pertencem, não resta outro caminho. Com Sócrates vimos com frequência uma forma de proceder medieval: o tirano tem ideias, tem palavras mas, just in case, elimina caso a caso e preventivamente os que se lhe oponham, colocando serviços públicos e instituições a falar bem de si como papagaios obedientes. Em suma, é verdade que Sócrates beneficia de uma barragem de fogo inédita em Portugal. Mas semeou-a. Não é por ser mulher. Não é por ser homem. Não é por ser ou não ser gay. É política. É poder. Ad hominem et ad tyrannum sed non ad "gaydem".


Eduardo Pitta fascina-me ao mesmo tempo que me desaponta. Quem for ler com olhos limpos de tendenciosidade PS a opinião publicada (área em que também incluo os blogues), em particular a dos chamados líderes de opinião, mesmo ou sobretudo a dos colunistas declaradamente anti-PS, que são a esmagadora maioria, verifica uma coisa extraordinariamente consoladora e simbólica em relação aos tempos que vivemos: nenhum perde tempo a perorar sobre as falhas de carácter, a falta de lisura, o currículo putrefacto de casos fedentes, ecos de luvas, ecos de pressões sobre a Justiça, ecos de ameaças com processos, a respeito da pessoa de Manuela Ferreira Leite. É até excelente que a presidente do PSD fale o mínimo possível porque não tem sido por muito falar que a Cleptocracia Portuguesa se corrigiu, o País cresceu, a riqueza se distribuiu, os opositores a este PS perverso, colonizador do Estado, foram menos perseguidos e mal-tratados. Há que derrotar o enganoso, mal-formado, mero constructo publicitário, fingidor de governante, o grande passerelle, Sócrates. Desde Santana Lopes, que nem acumulou um décimo das razões de queixa da sociedade, não se assistia a uma campanha ad hominem tão fundamentada e absolutamente justa, tendo em conta o perfil autoritário, falacioso, surdo e falso aos olhos da sociedade portuguesa. A má fama do argumentum ad hominem tem a ver com a baixeza dos vários tipos de argumento que não rebatem ideias, mas atacam características da pessoa que as defende. Porém, contra os que abusam do poder, não respeitam o pluralismo numa sociedade nem governam com equidade, priorizando as gentes e não a corporação partidária a que pertencem, não resta outro caminho. Com Sócrates vimos com frequência uma forma de proceder medieval: o tirano tem ideias, tem palavras mas, just in case, elimina caso a caso e preventivamente os que se lhe oponham, colocando serviços públicos e instituições a falar bem de si como papagaios obedientes. Em suma, é verdade que Sócrates beneficia de uma barragem de fogo inédita em Portugal. Mas semeou-a. Não é por ser mulher. Não é por ser homem. Não é por ser ou não ser gay. É política. É poder. Ad hominem et ad tyrannum sed non ad "gaydem".

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