Quem quiser olhar para isto sistemicamente poderá dizer que as instituições da República bateram no fundo, desacreditam-se e perdem, todos os dias, a aura mínima de seriedade. No plano da disputa do poder executivo a curto prazo , o facto é que saltaram a terreiro José Junqueiro, Vítor Ramalho, Vítor Baptista e Vitalino Canas. Ostentaram informação açaimante por causa dos acessores de Cavaco, sabendo-os, contra toda a ciência, colaborantes no programa do PSD. Agora, a Casa Civil do Presidente lança a dúvida de uma vigilância-escuta apertada pelo Governo dos passos da Presidência. Não sabemos. O que sabemos é que nestas eleições está muita coisa em jogo. Estão em causa os negócios suculentos das Clientelas que habitualmente põem Portugal endividado e na penúria e aos quais o Ainda-PM tem chamado obscenamente "investimento público", quando se sabe que é basicamente açambarcamento privado e clientelar, veja-se a história do Parque Escolar, dos ajustes directos de montantes monstruosos. Não admira que para si-PM todos os cuidados sejam de menos. Debalde, diga-se, a não ser que a sociedade continue sonolenta e não ouse votar um voto de vida ou de morte para Portugal: «O clima psicológico que se vive no Palácio de Belém é de consternação e a dúvida que se instalou foi a de saber se os serviços da Presidência da República estão sob escuta e se os assessores de Cavaco Silva estão a ser vigiados, confessou ao PÚBLICO um membro da Casa Civil do Presidente.»
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Quem quiser olhar para isto sistemicamente poderá dizer que as instituições da República bateram no fundo, desacreditam-se e perdem, todos os dias, a aura mínima de seriedade. No plano da disputa do poder executivo a curto prazo , o facto é que saltaram a terreiro José Junqueiro, Vítor Ramalho, Vítor Baptista e Vitalino Canas. Ostentaram informação açaimante por causa dos acessores de Cavaco, sabendo-os, contra toda a ciência, colaborantes no programa do PSD. Agora, a Casa Civil do Presidente lança a dúvida de uma vigilância-escuta apertada pelo Governo dos passos da Presidência. Não sabemos. O que sabemos é que nestas eleições está muita coisa em jogo. Estão em causa os negócios suculentos das Clientelas que habitualmente põem Portugal endividado e na penúria e aos quais o Ainda-PM tem chamado obscenamente "investimento público", quando se sabe que é basicamente açambarcamento privado e clientelar, veja-se a história do Parque Escolar, dos ajustes directos de montantes monstruosos. Não admira que para si-PM todos os cuidados sejam de menos. Debalde, diga-se, a não ser que a sociedade continue sonolenta e não ouse votar um voto de vida ou de morte para Portugal: «O clima psicológico que se vive no Palácio de Belém é de consternação e a dúvida que se instalou foi a de saber se os serviços da Presidência da República estão sob escuta e se os assessores de Cavaco Silva estão a ser vigiados, confessou ao PÚBLICO um membro da Casa Civil do Presidente.»