PALAVROSSAVRVS REX: SUICIDÁRIO FRAGILIZAR DE QUEM TRABALHA

30-09-2009
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Milhares de portugueses desamparados sofrem tempos avaros. Tempos Anti-Caravela. Tempos Anti-Sonho onde parece que se visa alegremente minar a felicidade do próximo, se isso render a mercenários arrecadadores um euro extra. Por mais que cassandras clamem, a atracção das elites portuguesas pelo Abismo da Ganância é mais forte do que outrora de todo um povo pelo Mar e por todas as Miscigenações Fecundas, criadoras do Novo: «Na maioria dos casos, o patronato português julga que só pode haver empresas estáveis e produtivas com trabalhadores instáveis, amedrontados e permanentemente ameaçados pelo desemprego. Esse modelo de relação laboral funcionou relativamente bem no início do século passado até ao 25 de Abril de 1974, é o modelo que fez o crescimento dos nossos sectores tradicionais da actividade económica, o têxtil e o calçado, mas é um modelo completamente esgotado. [...]Vou a França e à Alemanha e só oiço falar bem da capacidade de trabalho dos operários portugueses que por lá labutam nas metalúrgicas e nas linhas de montagem. Se labutam lá, poderiam fazê-lo aqui… digo eu, não sei. Mas, aqui, só oiço falar na criação de call centers… que raio de coisa se produzirá num sítio desses?... Será isso um serviço exportável? Se calhar é… mas não impede que continuemos a importar 90% do que necessitamos para comer, para vestir, para viver. Preocupa-me que em Portugal se claudique nas condições laborais. Os jornalistas do Público e os operários da Auto Europa aceitaram trabalhar por menos dinheiro, mas não acredito que esta crise se vença agravando as condições de trabalho das pessoas… e considero indecente que os capitalistas, que desde sempre acumularam riqueza à custa de quem trabalha, queiram agora que sejam os trabalhadores a pagar uma crise para a qual nada contribuíram.» CN, Escrita em Dia


Milhares de portugueses desamparados sofrem tempos avaros. Tempos Anti-Caravela. Tempos Anti-Sonho onde parece que se visa alegremente minar a felicidade do próximo, se isso render a mercenários arrecadadores um euro extra. Por mais que cassandras clamem, a atracção das elites portuguesas pelo Abismo da Ganância é mais forte do que outrora de todo um povo pelo Mar e por todas as Miscigenações Fecundas, criadoras do Novo: «Na maioria dos casos, o patronato português julga que só pode haver empresas estáveis e produtivas com trabalhadores instáveis, amedrontados e permanentemente ameaçados pelo desemprego. Esse modelo de relação laboral funcionou relativamente bem no início do século passado até ao 25 de Abril de 1974, é o modelo que fez o crescimento dos nossos sectores tradicionais da actividade económica, o têxtil e o calçado, mas é um modelo completamente esgotado. [...]Vou a França e à Alemanha e só oiço falar bem da capacidade de trabalho dos operários portugueses que por lá labutam nas metalúrgicas e nas linhas de montagem. Se labutam lá, poderiam fazê-lo aqui… digo eu, não sei. Mas, aqui, só oiço falar na criação de call centers… que raio de coisa se produzirá num sítio desses?... Será isso um serviço exportável? Se calhar é… mas não impede que continuemos a importar 90% do que necessitamos para comer, para vestir, para viver. Preocupa-me que em Portugal se claudique nas condições laborais. Os jornalistas do Público e os operários da Auto Europa aceitaram trabalhar por menos dinheiro, mas não acredito que esta crise se vença agravando as condições de trabalho das pessoas… e considero indecente que os capitalistas, que desde sempre acumularam riqueza à custa de quem trabalha, queiram agora que sejam os trabalhadores a pagar uma crise para a qual nada contribuíram.» CN, Escrita em Dia

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