PALAVROSSAVRVS REX: A CABRA DA REVERENCIALIDADE

30-09-2009
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Tendo em conta o estado de espírito de insegurança e incerteza que perpassa o País, o medo, o respeitinho, o controlo de danos pelas vozes de burro que não chegam ao céu de quantos se sentem gratos à liberalidade de esta legislatura, o obscurecimento da Justiça, tornada facciosa e matéria de acessibilidade exclusiva dos ricos e respectiva impunidade, é preciso romper com o temor reverencial e o pudor em todas as coisas que nos dividem e opõem cada vez mais radicalmente na sociedade portuguesa. Por isso, será bom sinal que não se espere nem se veja da líder do PSD, Manuela Ferreira Leite uma demarcação da campanha da JSD, que associa o primeiro-ministro ao Pinóquio. É bom que nem ela nem quaisquer outros líderes se demarquem de uma linha irreverente em tempos tão pardos. Nós precisamos de este tipo de escape e de ousadia. Os que se lamentam da campanha de ódio generalizadamente veiculado ao PM questionem-se primeiro se se consegue tolerar o tom geral de inconsistência e de obscuridade que tem caracterizado tantas das opções do Governo ou como é que se aguenta a rapidez no socorro aos bancos [arriscada, pouco perceptível] e a lentidão com que se acorre com medidas de fundo inteligentes às PME. Segundo o Público, MFL fundamentou a sua não demarcação da campanha da JSD com o facto cristalino de que "há muitas promessas não cumpridas" pelo Governo socialista. Há que acrescentar que uma legislatura feita de anúncios repetidos, de tendas armadas ao vento, de Magalhães rarefeitos, da careta do PM colada em quantas acções públicas de autopromoção imaginar se possa, as quais, todas somadas, não dão em nada e é em nada que redundam - tudo isto configura um amplo clima de Pinoquiocracia, pelo que todos os cartazes que o recordem e parodiem só pecam por defeito.


Tendo em conta o estado de espírito de insegurança e incerteza que perpassa o País, o medo, o respeitinho, o controlo de danos pelas vozes de burro que não chegam ao céu de quantos se sentem gratos à liberalidade de esta legislatura, o obscurecimento da Justiça, tornada facciosa e matéria de acessibilidade exclusiva dos ricos e respectiva impunidade, é preciso romper com o temor reverencial e o pudor em todas as coisas que nos dividem e opõem cada vez mais radicalmente na sociedade portuguesa. Por isso, será bom sinal que não se espere nem se veja da líder do PSD, Manuela Ferreira Leite uma demarcação da campanha da JSD, que associa o primeiro-ministro ao Pinóquio. É bom que nem ela nem quaisquer outros líderes se demarquem de uma linha irreverente em tempos tão pardos. Nós precisamos de este tipo de escape e de ousadia. Os que se lamentam da campanha de ódio generalizadamente veiculado ao PM questionem-se primeiro se se consegue tolerar o tom geral de inconsistência e de obscuridade que tem caracterizado tantas das opções do Governo ou como é que se aguenta a rapidez no socorro aos bancos [arriscada, pouco perceptível] e a lentidão com que se acorre com medidas de fundo inteligentes às PME. Segundo o Público, MFL fundamentou a sua não demarcação da campanha da JSD com o facto cristalino de que "há muitas promessas não cumpridas" pelo Governo socialista. Há que acrescentar que uma legislatura feita de anúncios repetidos, de tendas armadas ao vento, de Magalhães rarefeitos, da careta do PM colada em quantas acções públicas de autopromoção imaginar se possa, as quais, todas somadas, não dão em nada e é em nada que redundam - tudo isto configura um amplo clima de Pinoquiocracia, pelo que todos os cartazes que o recordem e parodiem só pecam por defeito.

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