PALAVROSSAVRVS REX: HALLELUJAH! DUAS COISAS DE PÁSCOA

30-09-2009
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Duas coisas, nesta pausa de Páscoa a que me dei:cruzar-me na rua com o Zé Manel, Poeta vizinho amigo, genial, humilde,atravessá-la expressamente para abraçá-lo e ser abraçado por ele.Tivemos as curvas e contracurvas desentendidas da vidae não nos falávamos nem nos abraçávamos justamente desde a última contracurva,e a última contracurva fora no ano 2000. Mas sempre tivemos este comum fervor pela Palavra e pela boa conversação,e partilhámos muito sublime, muita intuição de futuro e de fé.Consciência aguda das minhas amarguras por causa dele, admitiu à queima-roupa: «Sei que não te tratei lá muito bem no passado. Mas, olha, são fases. Podes imaginar.»lkjPara mim já tudo se tinha dissipado há muito, erodido pelo tempo. Passou. Era o abraço e a amizade ali, bem vivos, o que então contava. Agora somos mais vizinhos de e-mails, coisa que nos prometemos manter, e no PALAVROSSAVRVS REX, meu manifesto quotidiano,onde todo me verto e onde todo me dou, talvez me aceda ele no melhor e mais solene dos silêncios.lkj Certo é que nos abraçámos com calor, com o despojamento-ternura de amigos,trocámos breves e intensas palavras de cumplicidade do que tem sido isto de estarmos parece-que vivos. Perguntar de mais um do outro de passagem não nos teria respondido.Só o afecto contava. E comoveu-me a nossa nudez de razões, o estarmos ali desarmados de tudo, até das dores e equívocos passados, para nos reencontrarmos como quem morreu e agora está Limpo e Ressurrecto no Amor Essencial. Hallelujah!lkjA outra coisa - e eu sou um gajo muito sensível e impressivo e por isso muitas vezes me engano -foi o modo como outro amigo me evitou, fugiu literalmente de mim,e nem sequer o perseguia eu. Acontece que seguíamos para o mesmo destinoe eu conduzia atrás, acenámo-nos, ele pelo rectrovisor, aquando de uma travagem, para que alguém atravessase, que nos fez reparar que éramos nós,e depois fui notando que para onde intentava eu ir, ele ia também.Foi então que ele desatou a inventar voltas sem sentido e eu toquei-me.Depois de seguir demasiado tempo atrás dele, na esperança de que afinal apeássemos alie nos cumprimentássemos, vi que não tencionava estacionar, não faltando lugar para isso,e, seguindo o meu caminho, parei, estacionei, algo magoado.lkjPensei no desarranjo mental e na perplexidade que quem me leia aqui sentirácaso, conhecendo-me previamente na carne e no osso, não dissocie a minha pessoa dos textos-em-arte que emito. E desgostou-me essa rejeição talvez precipitada.Não serei porventura o mesmo? O mesmo apaixonado de Cristo, da Vida e da Humanidade?O mesmo inconformado com tudo e que quer puxar com violência o Céupara esta Terra de lodos, desgraças e terríveis assimetrias?Sou o mesmo, Sérgio! Sou o mesmo!lkjE ainda que me tornasse o mais tremendo leproso na minha carne e no meu espírito,precipitado no inferno do pecado, do vício, do zero, dissolvido na perda do meu sal de intocável e introcável integridade,um destroço humano de alguma vez ter tido Fé no Ressuscitado e agido em conformidade,se ainda assim eu fosse esse nulo, ao ver-me, no teu lugar, eu pararia na berma, sorrir-me-ia, como só tu o fazes, viria apertar-me a mão e dir-me-ia: «Olha, joshua, aqueles que se diziam muito teus amigos,além de te ignorarem deliberadamente, envergonhados de ti,dizem que estás doido, que insultas tudo e todos no teu blogue.Mas eu sei que são burros. Mal lêem o que escreves ou não te sabem ler de todo.Eu oiço o que dizem e até fico a pensar se não têm alguma razão.Depois entendo que ficam é perdidos, paralisados na forma, na letra, e ignoram o espírito.Por isso, se te sentes feliz nas tuas causas, poemas e inconformismos, continua!Talvez um dia até eu te consiga compreender devidamente e eles também.» lkjAí, Sérgio, seria Hallelujah!lkjPorque ser segregado e mal visto por quem me desconhece é-me igual. Mais perdem. Não perco nada com quem não me entenda.Sê-lo agora pelo efeito perverso dos mecanismos de rumor filho da putaentre os muitos invejosos e inseguros que se diziam meus amigos, já é mais intolerável porque denunciador da subdesenvolvida mente pequenina da aldeola em que nasci, quando por todo o Cosmos ressoa a Alegria da Salvaçãonão a Alergia e a Murmuração. Halleleujah!


Duas coisas, nesta pausa de Páscoa a que me dei:cruzar-me na rua com o Zé Manel, Poeta vizinho amigo, genial, humilde,atravessá-la expressamente para abraçá-lo e ser abraçado por ele.Tivemos as curvas e contracurvas desentendidas da vidae não nos falávamos nem nos abraçávamos justamente desde a última contracurva,e a última contracurva fora no ano 2000. Mas sempre tivemos este comum fervor pela Palavra e pela boa conversação,e partilhámos muito sublime, muita intuição de futuro e de fé.Consciência aguda das minhas amarguras por causa dele, admitiu à queima-roupa: «Sei que não te tratei lá muito bem no passado. Mas, olha, são fases. Podes imaginar.»lkjPara mim já tudo se tinha dissipado há muito, erodido pelo tempo. Passou. Era o abraço e a amizade ali, bem vivos, o que então contava. Agora somos mais vizinhos de e-mails, coisa que nos prometemos manter, e no PALAVROSSAVRVS REX, meu manifesto quotidiano,onde todo me verto e onde todo me dou, talvez me aceda ele no melhor e mais solene dos silêncios.lkj Certo é que nos abraçámos com calor, com o despojamento-ternura de amigos,trocámos breves e intensas palavras de cumplicidade do que tem sido isto de estarmos parece-que vivos. Perguntar de mais um do outro de passagem não nos teria respondido.Só o afecto contava. E comoveu-me a nossa nudez de razões, o estarmos ali desarmados de tudo, até das dores e equívocos passados, para nos reencontrarmos como quem morreu e agora está Limpo e Ressurrecto no Amor Essencial. Hallelujah!lkjA outra coisa - e eu sou um gajo muito sensível e impressivo e por isso muitas vezes me engano -foi o modo como outro amigo me evitou, fugiu literalmente de mim,e nem sequer o perseguia eu. Acontece que seguíamos para o mesmo destinoe eu conduzia atrás, acenámo-nos, ele pelo rectrovisor, aquando de uma travagem, para que alguém atravessase, que nos fez reparar que éramos nós,e depois fui notando que para onde intentava eu ir, ele ia também.Foi então que ele desatou a inventar voltas sem sentido e eu toquei-me.Depois de seguir demasiado tempo atrás dele, na esperança de que afinal apeássemos alie nos cumprimentássemos, vi que não tencionava estacionar, não faltando lugar para isso,e, seguindo o meu caminho, parei, estacionei, algo magoado.lkjPensei no desarranjo mental e na perplexidade que quem me leia aqui sentirácaso, conhecendo-me previamente na carne e no osso, não dissocie a minha pessoa dos textos-em-arte que emito. E desgostou-me essa rejeição talvez precipitada.Não serei porventura o mesmo? O mesmo apaixonado de Cristo, da Vida e da Humanidade?O mesmo inconformado com tudo e que quer puxar com violência o Céupara esta Terra de lodos, desgraças e terríveis assimetrias?Sou o mesmo, Sérgio! Sou o mesmo!lkjE ainda que me tornasse o mais tremendo leproso na minha carne e no meu espírito,precipitado no inferno do pecado, do vício, do zero, dissolvido na perda do meu sal de intocável e introcável integridade,um destroço humano de alguma vez ter tido Fé no Ressuscitado e agido em conformidade,se ainda assim eu fosse esse nulo, ao ver-me, no teu lugar, eu pararia na berma, sorrir-me-ia, como só tu o fazes, viria apertar-me a mão e dir-me-ia: «Olha, joshua, aqueles que se diziam muito teus amigos,além de te ignorarem deliberadamente, envergonhados de ti,dizem que estás doido, que insultas tudo e todos no teu blogue.Mas eu sei que são burros. Mal lêem o que escreves ou não te sabem ler de todo.Eu oiço o que dizem e até fico a pensar se não têm alguma razão.Depois entendo que ficam é perdidos, paralisados na forma, na letra, e ignoram o espírito.Por isso, se te sentes feliz nas tuas causas, poemas e inconformismos, continua!Talvez um dia até eu te consiga compreender devidamente e eles também.» lkjAí, Sérgio, seria Hallelujah!lkjPorque ser segregado e mal visto por quem me desconhece é-me igual. Mais perdem. Não perco nada com quem não me entenda.Sê-lo agora pelo efeito perverso dos mecanismos de rumor filho da putaentre os muitos invejosos e inseguros que se diziam meus amigos, já é mais intolerável porque denunciador da subdesenvolvida mente pequenina da aldeola em que nasci, quando por todo o Cosmos ressoa a Alegria da Salvaçãonão a Alergia e a Murmuração. Halleleujah!

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