PALAVROSSAVRVS REX: CREPÚSCULOS MEUS

30-09-2009
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(Afurada, algures por Setembro de 2007)lkjQue, no fim, me baste isto:a serenidade completa e muda de um crepúsculo,a devolução da vida total sem outras moções que as da pax Christi,sem outras angústias que as pelo parto de um Mundo Novoque há muito gestiona, embrião divino.lkjPoder encher o meu peito com os doces ares nocturnos,tão odorosos, prana silvestre búdico, promessa de plenitude na carne dos nossos dias.Estar contigo. Estares comigo, meu amor, dadas as corpóreas mãos e as almas.çlkReflectir demasiado emburrece,levar-se demasiado a sério e não ter senão o sério como fito, é estúpido.Deixo-o a outros afadigados de ambição e do inchaço de si-soltura. Que se esmerem aí e aí corroam.A mim, que me desprezem, que me esqueçam, meneando a cabeça censória,quando lhes parecer que desci o nível e abdiquei do chá ou quando incorro em afirmar Cristo, que ousadia!, que arcaísmo!,como quem afirma o que haja de mais derradeiro e mais âncora a afirmar, enquanto se respire cadavericamente adiados à porta da Glória.lkjQue me esqueçam!lkjNo fim, basta-me isto: a doce suavidade de todos os crepúsculos,quando os céus desmaiam em oiro e níveos fios rectilíneossaturam de avio-humano o melhor e mais acetinado azul no crisol dos meus ocasos.


(Afurada, algures por Setembro de 2007)lkjQue, no fim, me baste isto:a serenidade completa e muda de um crepúsculo,a devolução da vida total sem outras moções que as da pax Christi,sem outras angústias que as pelo parto de um Mundo Novoque há muito gestiona, embrião divino.lkjPoder encher o meu peito com os doces ares nocturnos,tão odorosos, prana silvestre búdico, promessa de plenitude na carne dos nossos dias.Estar contigo. Estares comigo, meu amor, dadas as corpóreas mãos e as almas.çlkReflectir demasiado emburrece,levar-se demasiado a sério e não ter senão o sério como fito, é estúpido.Deixo-o a outros afadigados de ambição e do inchaço de si-soltura. Que se esmerem aí e aí corroam.A mim, que me desprezem, que me esqueçam, meneando a cabeça censória,quando lhes parecer que desci o nível e abdiquei do chá ou quando incorro em afirmar Cristo, que ousadia!, que arcaísmo!,como quem afirma o que haja de mais derradeiro e mais âncora a afirmar, enquanto se respire cadavericamente adiados à porta da Glória.lkjQue me esqueçam!lkjNo fim, basta-me isto: a doce suavidade de todos os crepúsculos,quando os céus desmaiam em oiro e níveos fios rectilíneossaturam de avio-humano o melhor e mais acetinado azul no crisol dos meus ocasos.

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