PALAVROSSAVRVS REX: Adeus, Luciferina Criptoscriptora

30-09-2009
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A ideia de que um amor, um amor bem forte, antigo, babado, feroz, espinhado, a varava, tornou-se-me evidente porque não a vi a saber parar, a rir até, por que não?! Por causas esgotadas e mortas pode parar-se imediatamente. Mas não por um homem velho, mas vivo, que arrebatou o coração de uma mulher há séculos e que há séculos por ele vive derreada de devoção.Depois há coisas que um coração feminino (amargo e conformado com amarguras) não sabe fazer e é perdoar, ceder, recuar. Amando desmedidamente um homem, nada a pode segurar, ao vê-lo atacado, rinoceronte em marcha unicórnia de corrida.Quando o amado apanhou o meu ferro, não interessa agora se jocoso, se justo ou injusto ferro, não se teve e, leoa experiente no bando e avançada nos anos, foi à luta, pronta a defendê-lo com unhas e dentes e lâminas. Mais uma vez mostrou amor. É isso: quando se encarniça contra os maus, os advogadosdodiabo, que maltratem o seu querido, o que ela mostra é isso. Amor. Se calhar o querido é seu marido. Por isso o ódio destilado tinha esse aroma desmedido e doido de cio, descontrolado. Não há mesmo idade para amar caçadoramente com garra de águia ou Harpia (gavião-real ou uiraçu-verdadeiro) entre as ramagens amazónicas deste Desabafe Connosco, coutada de caça e predação dos fracos pelos fortes, dos errados pelos certos, dos mal escreventes e mal pensantes pelos bem as duas coisas. Isto é toda uma Faculdade de olhares pedantes e impiedosos no alto da mais suma sapiência e perfeição despreziva dos demais. Luciferina, explosiva, armadilhou-se com quantas armas tinha e deu, como é seu estilo e timbre, uma no cravo e outra na ferradura porque, na hora de dar, acomete-a sempre uma íntima cegueira ciclópica e a bater é cega. Completamente bravia, cega e brava. É isso: femeamente brava, cega e bravia na hora de agredir, tomada de dores alheias.Hieroglifando e criptografando palavras que se têm de ler duzentas vezes para delas se sacar sentido mínimo, surrou e zurrou e bramiu e espumou. Eu sei porque apanhei com ela para nunca mais.Eu, que a vi de pau em riste por amor de um homem, apanhei com ela e com ele, com o pau das suas mãos, perdi os sentidos, caí inanimado da minha brincadeira abaixo.Recobro agora mais forte. Ela, a Luciferina fêmea, tem o registo ilegível e perturbador dos animais selvagens e é toda uma outra maneira de ser Maria Ríspida e irracional, na hora do ataque por baixo.Desse mau aspecto quero férias e distância para todo o sempre. Quem pode prezar um ninho de vespas mulher, uma olívia-palito despreziva dos mais puros espinhafres que a minha horta dá?!Passei no teste.Ela reprovou.Joaquim Santos


A ideia de que um amor, um amor bem forte, antigo, babado, feroz, espinhado, a varava, tornou-se-me evidente porque não a vi a saber parar, a rir até, por que não?! Por causas esgotadas e mortas pode parar-se imediatamente. Mas não por um homem velho, mas vivo, que arrebatou o coração de uma mulher há séculos e que há séculos por ele vive derreada de devoção.Depois há coisas que um coração feminino (amargo e conformado com amarguras) não sabe fazer e é perdoar, ceder, recuar. Amando desmedidamente um homem, nada a pode segurar, ao vê-lo atacado, rinoceronte em marcha unicórnia de corrida.Quando o amado apanhou o meu ferro, não interessa agora se jocoso, se justo ou injusto ferro, não se teve e, leoa experiente no bando e avançada nos anos, foi à luta, pronta a defendê-lo com unhas e dentes e lâminas. Mais uma vez mostrou amor. É isso: quando se encarniça contra os maus, os advogadosdodiabo, que maltratem o seu querido, o que ela mostra é isso. Amor. Se calhar o querido é seu marido. Por isso o ódio destilado tinha esse aroma desmedido e doido de cio, descontrolado. Não há mesmo idade para amar caçadoramente com garra de águia ou Harpia (gavião-real ou uiraçu-verdadeiro) entre as ramagens amazónicas deste Desabafe Connosco, coutada de caça e predação dos fracos pelos fortes, dos errados pelos certos, dos mal escreventes e mal pensantes pelos bem as duas coisas. Isto é toda uma Faculdade de olhares pedantes e impiedosos no alto da mais suma sapiência e perfeição despreziva dos demais. Luciferina, explosiva, armadilhou-se com quantas armas tinha e deu, como é seu estilo e timbre, uma no cravo e outra na ferradura porque, na hora de dar, acomete-a sempre uma íntima cegueira ciclópica e a bater é cega. Completamente bravia, cega e brava. É isso: femeamente brava, cega e bravia na hora de agredir, tomada de dores alheias.Hieroglifando e criptografando palavras que se têm de ler duzentas vezes para delas se sacar sentido mínimo, surrou e zurrou e bramiu e espumou. Eu sei porque apanhei com ela para nunca mais.Eu, que a vi de pau em riste por amor de um homem, apanhei com ela e com ele, com o pau das suas mãos, perdi os sentidos, caí inanimado da minha brincadeira abaixo.Recobro agora mais forte. Ela, a Luciferina fêmea, tem o registo ilegível e perturbador dos animais selvagens e é toda uma outra maneira de ser Maria Ríspida e irracional, na hora do ataque por baixo.Desse mau aspecto quero férias e distância para todo o sempre. Quem pode prezar um ninho de vespas mulher, uma olívia-palito despreziva dos mais puros espinhafres que a minha horta dá?!Passei no teste.Ela reprovou.Joaquim Santos

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