Clube de Reflexão Política: O gesto em política!

29-09-2009
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Para (quase?) todos nós, o gesto do ex-ministro da Economia foi incompreensível. Quer pela rispidez revelada na reacção a um comentário demagógico da bancada do PCP, quer pelo seu sentido metafórico.Estaria Pinho a acusar o PCP de o demonizar? Na verdade isso pouco ou nada importa …O caso vale por algo mais do que o mero gesto infeliz (de que compreensivelmente Manuel Pinho se arrependeu) e que nos sublinha a importância da preparação para debate ideológico.Pena é que um Governo que imediatamente soube assumir as consequências do gesto de um dos seus membros veja o seu último debate na Assembleia reduzido a isto, enquanto outros nada fizeram... http://corporacoes.blogspot.com/2009/07/diferenca.htmlLogo este Governo, que não manietou a sua maioria parlamentar, que apoiou reformas parlamentares que deram mais poderes à oposição, que, apesar de tudo isso, sistematicamente foi capaz de enfrentar na Assembleia as oposições.E que nunca defendeu «a rua» contra a «casa da democracia» (Fazenda), como o BE, nem cercou a Assembleia, como o PCP, nem teve uma ministra de Estado a chamar, em pleno debate, de ignorante o Deputado Eduardo Cabrita do PS que a tinha questionado, afirmando ainda que este não merecia o dinheiro que recebe (como fez Manuela Ferreira Leite no tempo de Barroso - 26 de Maio de 2004).http://diario.iol.pt/noticia.html?id=341465&div_id=4071Fica a frase para recordar com que a então Ministra Manuel Ferreira Leite mimoseou o deputado Eduardo Cabrita:"O senhor não merece o ordenado que recebe", "O senhor não sabe do que está a falar", "a pergunta é de um ignorante" e "não percebe o que se lhe explica".À mulher de César não basta ser… e em Política a memória também conta… Pena é que o então Presidente da Assembleia, Mota Amaral, nada tenha dito, ao contrário do que ontem fez Jaime Gama. Ética republicana!Esperamos que as questões fundamentais abordadas no debate do Estado da Nação não sejam silenciadas por um incidente pontual...Carlos LeoneFernando Montenegro


Para (quase?) todos nós, o gesto do ex-ministro da Economia foi incompreensível. Quer pela rispidez revelada na reacção a um comentário demagógico da bancada do PCP, quer pelo seu sentido metafórico.Estaria Pinho a acusar o PCP de o demonizar? Na verdade isso pouco ou nada importa …O caso vale por algo mais do que o mero gesto infeliz (de que compreensivelmente Manuel Pinho se arrependeu) e que nos sublinha a importância da preparação para debate ideológico.Pena é que um Governo que imediatamente soube assumir as consequências do gesto de um dos seus membros veja o seu último debate na Assembleia reduzido a isto, enquanto outros nada fizeram... http://corporacoes.blogspot.com/2009/07/diferenca.htmlLogo este Governo, que não manietou a sua maioria parlamentar, que apoiou reformas parlamentares que deram mais poderes à oposição, que, apesar de tudo isso, sistematicamente foi capaz de enfrentar na Assembleia as oposições.E que nunca defendeu «a rua» contra a «casa da democracia» (Fazenda), como o BE, nem cercou a Assembleia, como o PCP, nem teve uma ministra de Estado a chamar, em pleno debate, de ignorante o Deputado Eduardo Cabrita do PS que a tinha questionado, afirmando ainda que este não merecia o dinheiro que recebe (como fez Manuela Ferreira Leite no tempo de Barroso - 26 de Maio de 2004).http://diario.iol.pt/noticia.html?id=341465&div_id=4071Fica a frase para recordar com que a então Ministra Manuel Ferreira Leite mimoseou o deputado Eduardo Cabrita:"O senhor não merece o ordenado que recebe", "O senhor não sabe do que está a falar", "a pergunta é de um ignorante" e "não percebe o que se lhe explica".À mulher de César não basta ser… e em Política a memória também conta… Pena é que o então Presidente da Assembleia, Mota Amaral, nada tenha dito, ao contrário do que ontem fez Jaime Gama. Ética republicana!Esperamos que as questões fundamentais abordadas no debate do Estado da Nação não sejam silenciadas por um incidente pontual...Carlos LeoneFernando Montenegro

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