Licenciosidades: Vamos lá ver se é desta que me chamam fascista

01-10-2009
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Em comentário ao meu post sobre o 25 de Abril, a Roteia do Ultra-Periférico afirma não entender "como se pode passar por cima das responsabilidades do regime de Salazar no que toca ao atraso do país, atraso que aliás ainda perdura.".Este é um erro bastante comum, o de assumir que o atraso do país se deve ao Estado Novo. O atraso do país é bem anterior ao Estado Novo, e, quando muito, foi esbatido durante esse período. Nunca existiu um período de tão grande convergência para os níveis de bem-estar europeus e de pujança económica como o período final do Estado Novo.Façamos uma comparação muito simples aos ritmos de crescimento do PIB nos 10 anos anteriores ao 25 de Abril em relação aos 10 anos posteriores:1964 7.1% 1975 -4.3%1965 7.4% 1976 6.1%1966 3.7% 1977 4.8%1967 8.1% 1978 3.4%1968 7.3% 1979 6.6%1969 3.3% 1980 4.1%1970 8.6% 1981 0.5%1971 6.6% 1982 3.2%1972 8.0% 1983 -0.3%1973 11.3% 1984 -1.6%No período de 1964 a 1973, o PIB cresceu a uma taxa média anual de 7.14%. Já no período de 1975 a 1984, os dez anos após a revolução e anteriores à CEE e a Cavaco Silva, o produto interno bruto cresceu a uma taxa média de 2.25% ao ano.O fascismo encontra-se, tal como o comunismo, no extremo oposto dos ideais liberais que defendo. Salazar e o seu regime podem ser acusados de ofender muitas liberdades individuais e económicas, mas do que não podem ser acusados é de serem os causadores do nosso atraso. Até me atrevo a dizer que sem o suporte da herança da prosperidade económica do Estado Novo, dificilmente o regime democrático saído do 25 de Abril se teria aguentado. Ironicamente, o génio financeiro do Professor de Santa Comba Dão terá ajudado a suportar a democracia que ele tanto espezinhou.


Em comentário ao meu post sobre o 25 de Abril, a Roteia do Ultra-Periférico afirma não entender "como se pode passar por cima das responsabilidades do regime de Salazar no que toca ao atraso do país, atraso que aliás ainda perdura.".Este é um erro bastante comum, o de assumir que o atraso do país se deve ao Estado Novo. O atraso do país é bem anterior ao Estado Novo, e, quando muito, foi esbatido durante esse período. Nunca existiu um período de tão grande convergência para os níveis de bem-estar europeus e de pujança económica como o período final do Estado Novo.Façamos uma comparação muito simples aos ritmos de crescimento do PIB nos 10 anos anteriores ao 25 de Abril em relação aos 10 anos posteriores:1964 7.1% 1975 -4.3%1965 7.4% 1976 6.1%1966 3.7% 1977 4.8%1967 8.1% 1978 3.4%1968 7.3% 1979 6.6%1969 3.3% 1980 4.1%1970 8.6% 1981 0.5%1971 6.6% 1982 3.2%1972 8.0% 1983 -0.3%1973 11.3% 1984 -1.6%No período de 1964 a 1973, o PIB cresceu a uma taxa média anual de 7.14%. Já no período de 1975 a 1984, os dez anos após a revolução e anteriores à CEE e a Cavaco Silva, o produto interno bruto cresceu a uma taxa média de 2.25% ao ano.O fascismo encontra-se, tal como o comunismo, no extremo oposto dos ideais liberais que defendo. Salazar e o seu regime podem ser acusados de ofender muitas liberdades individuais e económicas, mas do que não podem ser acusados é de serem os causadores do nosso atraso. Até me atrevo a dizer que sem o suporte da herança da prosperidade económica do Estado Novo, dificilmente o regime democrático saído do 25 de Abril se teria aguentado. Ironicamente, o génio financeiro do Professor de Santa Comba Dão terá ajudado a suportar a democracia que ele tanto espezinhou.

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