A Nova Confraria: Elogio a Churchill

04-07-2009
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"He has all the virtues I deslike and none of the vices I admire"Sir Winston ChurchillNuma altura em que, mercê da cruzada moralista que nos foi imposta, fumar um cigarro ou um charuto, beber uns copos, gostar de mulheres, defender as toiradas e outras tradições como a matança do porco e a caça às perdizes é vista como um atentado às regras mais elementares de civilidade, é bom não esquecer que houve tempos em que os Homens que dirigiam as Nações e os Povos pensavam de modo diferente.Lembro, a este respeito, o exemplo de Winston Churchill, ex-jornalista, ex-repórter de guerra, ex deputado liberal e conservador, ex-PM Britânico e, se a memória não me atraiçoa, ex-Prémio Nobel da Literatura. Não vou, aqui, relembrar a vida e obra de um dos filhos mais famosos do Reino Unido. Caramba, como aqui disse o Confrade Rasputine, o blogue quer-se um espaço sério, avesso a populismos, mas, acrescento eu, não se quer chato. Por isso, e porque quero manter a popularidade entre o mulherio que, segundo o meu grande amigo Raspa, conquistei devido a uma espécie de "prostituição" intelectual da minha parte, limitar-me-ei a relembrar, aqui, um outro lado da personalidade de Churchill: o seu lado boémio.Sir Winston gostava de dormir até tarde e fazer a sesta. Conta-se, aliás, que - durante a II Guerra Mundial - Churchill fazia questão de reunir com o seu Conselho de Ministros deitado na cama, a beber um Whiskey e a fumar um dos seus inseparáveis charutos. Sir Winston apanhava monumentais bebedeiras. Em privado e, às vezes, em público. São, aliás, conhecidos vários desacatos que um Churchil ébrio manteve com vários deputados trabalhistas e liberais nas míticas sessões da Casa dos Comuns, em Londres. Parece mesmo que numas dessas sessões, e depois de ter sido acusado de estar insuportavelmente bêbado por uma alma feminina mais cândida, terá dito a essa senhora (depois de a acusar de ser grotescamente feia) que: "Yes, Its true, I am drunk. But, tomorow, I´ll be sober. And you, miss, you will continue to be ugly".Sir Winston gostava de ler, de ouvir música e de pintar. Nunca, em momento algum, abandonou esses seus vícios. Conta-se, aliás, que após se ter encontrado com o Presidente F.D. Roosevelt durante a Guerra de 40-45, em Marraquexe, para discutir os pormenores da invasão das tropas aliadas às praias da Normandia, optou por pernoitar mais umas noites na cidade vermelha, no Mamounia, para satisfazer o seu ócio de pintar. Churchill era, como já se escreveu ("MST"), um dos famosos "emboscados de Maraquexe" - o que, para quem já se aventurou por essa cidade, é facilmente compreensível (não é, caros Raspa, Huck e Fuller?).É claro que Churchill tinha defeitos. Desde logo, era Bife. Mais, era um Bife Conservador. Além disso, era Monárquico. Defendia, claro está, um sistema de castas. Um sistema onde uma classe social (Nobreza, Aristocratas e Grandes Proprietários Rurais) ditava, a seu bel prazer, as regras do jogo. Em qualquer dos casos, e nisto reside a grande ironia da coisa, tudo somado, chego à conclusão de que sinto muito mais afinidades com Sir Winston do que com o pateta do Eng. José Sócrates (que, entre outras coisas, se orgulha publicamente de hoje, aos 40 anos de idade, usar o mesmo número de calças que usava quando tinha 25 (?!), o que, presumo, deverá estar associado a uma filosofia absolutamente enfadonha de vida e a um auto-controle rígido e sem quaisquer falhas que o senhor deverá ter imposto a si mesmo).Só encontro uma explicação para tal (aparente) paradoxo: é que, como diz o meu amigo Fuller, se vivesse hoje, Sir Winston seria um daqueles tipos da "old schooll". E essa merda acaba, cada vez mais, por ser fundamental. Pelo menos, no nosso presente. Ditado por Sócrates, Barrosos, Cavaques, Portas, Louçãs e outros tantos. O que nos vale é que apesar de tudo ainda se vão fazendo uns Jerónimos, Alegres e uns (Mários) Soares.

"He has all the virtues I deslike and none of the vices I admire"Sir Winston ChurchillNuma altura em que, mercê da cruzada moralista que nos foi imposta, fumar um cigarro ou um charuto, beber uns copos, gostar de mulheres, defender as toiradas e outras tradições como a matança do porco e a caça às perdizes é vista como um atentado às regras mais elementares de civilidade, é bom não esquecer que houve tempos em que os Homens que dirigiam as Nações e os Povos pensavam de modo diferente.Lembro, a este respeito, o exemplo de Winston Churchill, ex-jornalista, ex-repórter de guerra, ex deputado liberal e conservador, ex-PM Britânico e, se a memória não me atraiçoa, ex-Prémio Nobel da Literatura. Não vou, aqui, relembrar a vida e obra de um dos filhos mais famosos do Reino Unido. Caramba, como aqui disse o Confrade Rasputine, o blogue quer-se um espaço sério, avesso a populismos, mas, acrescento eu, não se quer chato. Por isso, e porque quero manter a popularidade entre o mulherio que, segundo o meu grande amigo Raspa, conquistei devido a uma espécie de "prostituição" intelectual da minha parte, limitar-me-ei a relembrar, aqui, um outro lado da personalidade de Churchill: o seu lado boémio.Sir Winston gostava de dormir até tarde e fazer a sesta. Conta-se, aliás, que - durante a II Guerra Mundial - Churchill fazia questão de reunir com o seu Conselho de Ministros deitado na cama, a beber um Whiskey e a fumar um dos seus inseparáveis charutos. Sir Winston apanhava monumentais bebedeiras. Em privado e, às vezes, em público. São, aliás, conhecidos vários desacatos que um Churchil ébrio manteve com vários deputados trabalhistas e liberais nas míticas sessões da Casa dos Comuns, em Londres. Parece mesmo que numas dessas sessões, e depois de ter sido acusado de estar insuportavelmente bêbado por uma alma feminina mais cândida, terá dito a essa senhora (depois de a acusar de ser grotescamente feia) que: "Yes, Its true, I am drunk. But, tomorow, I´ll be sober. And you, miss, you will continue to be ugly".Sir Winston gostava de ler, de ouvir música e de pintar. Nunca, em momento algum, abandonou esses seus vícios. Conta-se, aliás, que após se ter encontrado com o Presidente F.D. Roosevelt durante a Guerra de 40-45, em Marraquexe, para discutir os pormenores da invasão das tropas aliadas às praias da Normandia, optou por pernoitar mais umas noites na cidade vermelha, no Mamounia, para satisfazer o seu ócio de pintar. Churchill era, como já se escreveu ("MST"), um dos famosos "emboscados de Maraquexe" - o que, para quem já se aventurou por essa cidade, é facilmente compreensível (não é, caros Raspa, Huck e Fuller?).É claro que Churchill tinha defeitos. Desde logo, era Bife. Mais, era um Bife Conservador. Além disso, era Monárquico. Defendia, claro está, um sistema de castas. Um sistema onde uma classe social (Nobreza, Aristocratas e Grandes Proprietários Rurais) ditava, a seu bel prazer, as regras do jogo. Em qualquer dos casos, e nisto reside a grande ironia da coisa, tudo somado, chego à conclusão de que sinto muito mais afinidades com Sir Winston do que com o pateta do Eng. José Sócrates (que, entre outras coisas, se orgulha publicamente de hoje, aos 40 anos de idade, usar o mesmo número de calças que usava quando tinha 25 (?!), o que, presumo, deverá estar associado a uma filosofia absolutamente enfadonha de vida e a um auto-controle rígido e sem quaisquer falhas que o senhor deverá ter imposto a si mesmo).Só encontro uma explicação para tal (aparente) paradoxo: é que, como diz o meu amigo Fuller, se vivesse hoje, Sir Winston seria um daqueles tipos da "old schooll". E essa merda acaba, cada vez mais, por ser fundamental. Pelo menos, no nosso presente. Ditado por Sócrates, Barrosos, Cavaques, Portas, Louçãs e outros tantos. O que nos vale é que apesar de tudo ainda se vão fazendo uns Jerónimos, Alegres e uns (Mários) Soares.

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