Carris: ...o turpor.

04-10-2009
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Carris, 11 de Janeiro de 2003...no torpor em que mergulhara por alguma razão,deixou de sentir o vento húmido e as gotículas que lhe percorriam o rosto...No precipício antes das Negras sentia agora o vento tépido do final da tarde de Verão...Ao longe, a brancura granítica da Lamalonga conferia-lhe a distinta sensação de que ali já havia estado......essa presença tão reflectida num poema...Mantendo-se de pé, mas incapaz de se mover......de repente sentiu a sua respiração no seu rosto, o breve sabor do metal das profundezas da Terra... O suor que lhe percorre a pele... a única sensação de deleite, prazer... deitada na erva, enroscada no granito...O beijo chama-lhe a atenção para o alto dos Carris... O seu corpo despido pelo calor do dia abarca o topo da Nevosa...Com a serra aos seus pés, de um Salto do Lobo adormece embalado pela magnitude do Gerês......o leve acordar do sonho... o Sol brilha pelos raios que se projectam na parede...Fotografia: © Rui C. Barbosa


Carris, 11 de Janeiro de 2003...no torpor em que mergulhara por alguma razão,deixou de sentir o vento húmido e as gotículas que lhe percorriam o rosto...No precipício antes das Negras sentia agora o vento tépido do final da tarde de Verão...Ao longe, a brancura granítica da Lamalonga conferia-lhe a distinta sensação de que ali já havia estado......essa presença tão reflectida num poema...Mantendo-se de pé, mas incapaz de se mover......de repente sentiu a sua respiração no seu rosto, o breve sabor do metal das profundezas da Terra... O suor que lhe percorre a pele... a única sensação de deleite, prazer... deitada na erva, enroscada no granito...O beijo chama-lhe a atenção para o alto dos Carris... O seu corpo despido pelo calor do dia abarca o topo da Nevosa...Com a serra aos seus pés, de um Salto do Lobo adormece embalado pela magnitude do Gerês......o leve acordar do sonho... o Sol brilha pelos raios que se projectam na parede...Fotografia: © Rui C. Barbosa

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