Carrazeda de Ansiães em palavras e imagens: Conservatória está "em situação ilegal"

30-06-2009
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O edifício que acolhe a Conservatória do Registo Civil e Predial de Carrazeda de Ansiães não tem as condições mínimas. Falta espaço e as escadas de acesso são estreitas, íngremes e já provocaram acidentes. Na semana passada, registou-se mais uma queda de uma idosa nas escadas daquele edifício, o que a obrigou a passar vários dias internada no hospital. Já não é o primeiro caso, nem será o último se as condições não se alterarem. As preocupações que começaram a surgir entre os cidadãos foram veiculadas até aos deputados do PSD na Assembleia da República, eleitos por Bragança.Magda Borges e Adão Silva deslocaram-se, então, a Carrazeda para constatar as condições do local onde funciona a Conservatória, que também já dispõe do serviço Casa Pronta. Subiram 23 degraus íngremes e estreitos até à porta daquele serviço, no primeiro piso. Se tivessem continuado, em caracol, até ao Cartório Notarial, no segundo andar, teriam subido mais 15.Ali constataram que as instalações estão numa situação de "ilegalidade", frisou Magda Borges, surgindo à cabeça a "impossibilidade de acesso a pessoas que estão limitadas na sua mobilidade". Acontece que, como certos idosos e deficientes motores não podem subir, são os funcionários que descem à rua para prestar o serviço requerido. "É inadmissível que isto tenha de acontecer em pleno século XXI", notou a parlamentar.Outra constatação foi a de haver uma única e exígua casa de banho para a conservadora, funcionários e público. O arquivo foi feito na cave, o que obriga a continuadas descidas e subidas para consultar documentos. Nesse espaço, o interruptor da luz é o próprio disjuntor no quadro geral.Os utentes agradecem que alguma coisa seja feita. José Francisco dos Santos, residente em Luzelos, opina que "há muito tempo se deviam ter mudado os serviços para outro sítio". "Realmente, isto não tem grandes condições, não senhor", protesta António Santos, da Beira Grande, que reclama uma casa "mais apropriada" para a Conservatória. Manuel Barbosa, de Campelos, diz que "jovens com 18 anos sobem e descem bem". No seu caso, com 68 anos, as pernas ainda o ajudam, mas garante que já viu pessoas amparadas a um pau ou bengala, "que se vêem à rasca para subir isto".Para garantir melhor dignidade a quem ali trabalha e aos utentes, os deputados do PSD prometeram fazer chegar um requerimento ao ministro da Justiça, para "saber qual é o interesse político em resolver a questão". E vão apontar como alternativa um espaço no edifício onde funciona a repartição de Finanças. "Uma área de 570 metros quadrados que não requer grande investimento para a tornar em instalações condignas", adiantou a deputada. Eduardo Pinto, JN


O edifício que acolhe a Conservatória do Registo Civil e Predial de Carrazeda de Ansiães não tem as condições mínimas. Falta espaço e as escadas de acesso são estreitas, íngremes e já provocaram acidentes. Na semana passada, registou-se mais uma queda de uma idosa nas escadas daquele edifício, o que a obrigou a passar vários dias internada no hospital. Já não é o primeiro caso, nem será o último se as condições não se alterarem. As preocupações que começaram a surgir entre os cidadãos foram veiculadas até aos deputados do PSD na Assembleia da República, eleitos por Bragança.Magda Borges e Adão Silva deslocaram-se, então, a Carrazeda para constatar as condições do local onde funciona a Conservatória, que também já dispõe do serviço Casa Pronta. Subiram 23 degraus íngremes e estreitos até à porta daquele serviço, no primeiro piso. Se tivessem continuado, em caracol, até ao Cartório Notarial, no segundo andar, teriam subido mais 15.Ali constataram que as instalações estão numa situação de "ilegalidade", frisou Magda Borges, surgindo à cabeça a "impossibilidade de acesso a pessoas que estão limitadas na sua mobilidade". Acontece que, como certos idosos e deficientes motores não podem subir, são os funcionários que descem à rua para prestar o serviço requerido. "É inadmissível que isto tenha de acontecer em pleno século XXI", notou a parlamentar.Outra constatação foi a de haver uma única e exígua casa de banho para a conservadora, funcionários e público. O arquivo foi feito na cave, o que obriga a continuadas descidas e subidas para consultar documentos. Nesse espaço, o interruptor da luz é o próprio disjuntor no quadro geral.Os utentes agradecem que alguma coisa seja feita. José Francisco dos Santos, residente em Luzelos, opina que "há muito tempo se deviam ter mudado os serviços para outro sítio". "Realmente, isto não tem grandes condições, não senhor", protesta António Santos, da Beira Grande, que reclama uma casa "mais apropriada" para a Conservatória. Manuel Barbosa, de Campelos, diz que "jovens com 18 anos sobem e descem bem". No seu caso, com 68 anos, as pernas ainda o ajudam, mas garante que já viu pessoas amparadas a um pau ou bengala, "que se vêem à rasca para subir isto".Para garantir melhor dignidade a quem ali trabalha e aos utentes, os deputados do PSD prometeram fazer chegar um requerimento ao ministro da Justiça, para "saber qual é o interesse político em resolver a questão". E vão apontar como alternativa um espaço no edifício onde funciona a repartição de Finanças. "Uma área de 570 metros quadrados que não requer grande investimento para a tornar em instalações condignas", adiantou a deputada. Eduardo Pinto, JN

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