CANHOTICES: Umas notinhas pro-sociológicas

27-06-2009
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Vamos falar dos pódiuns eleitorais.Quando se fala em eleições e se analisam resultados eleitorais a ordenação das forças pelo número de votos é importante: facto inegável.Mas essa serieção é um entorse estatístico de valor sociológico quase nulo. Os resultados eleitorais devem ser analisados com um bolo e a forma como os eleitores se espalham por esse bolo é muito mais relevante.falemos de coisas práticas: CASO 1O partido x consegue 75% dos votosO partido Y consegue 23% dos votos.O partido z consegue 2% dos votosO partido Y está em segundo lugar - mas a sua força é absolutamente residual. CASO 2O partido x consegue 40% votoso partido Y consegue 23% dos votoso partido z consegue 17%o partido xpto consegue 15%o partido zxcv consegue 5% Tanto num caso como noutro o partido Y consegue 23 % dos votos e e em ambos os casos está em segundo lugar - mas ninguém parece ter dúvidas que no caso 2 o Partido Y influencia muito mais a sociedade.Conclusão óbvia: análises eleitorais baseadas apenas na ordenação dos partidos ( mesmo tendo em conta a sua votação) estão sujeitas ao falhanço.Mais que a ordenação é importante a distribuição eleitoral - excepção feita obviamente aos sistemas maioritários em que o "winner takes all", como sucede nos EUA:Falemos pois daquilo que já se desconfia. O Bloco e a CDU.Sejamos claros: o Bloco teve um bom resultado? teve. A eleição do 3º deputado europeu é importante para o Bloco? Claro. É relevante, face aos resultados obtidos por todos os partidos, que o BE tenha ultrapassado a CDU: obviamente, não. Isso é mistificação estatística, que apenas serve a propaganda e a manipulação psicológica - em que os media alinharam desde logo... Estamos a falar de duas forças políticas que cresceram eleitoralmente em paralelo, conquistando uma e outra, eleitores e que no final obtiveram resultados praticamente iguais e que só a aplicação do método de Hondt influenciou na distribuição de mandatos. Outra questão interessante, que abordaremos proximamente tem a ver com a volatilidade eleitoral.


Vamos falar dos pódiuns eleitorais.Quando se fala em eleições e se analisam resultados eleitorais a ordenação das forças pelo número de votos é importante: facto inegável.Mas essa serieção é um entorse estatístico de valor sociológico quase nulo. Os resultados eleitorais devem ser analisados com um bolo e a forma como os eleitores se espalham por esse bolo é muito mais relevante.falemos de coisas práticas: CASO 1O partido x consegue 75% dos votosO partido Y consegue 23% dos votos.O partido z consegue 2% dos votosO partido Y está em segundo lugar - mas a sua força é absolutamente residual. CASO 2O partido x consegue 40% votoso partido Y consegue 23% dos votoso partido z consegue 17%o partido xpto consegue 15%o partido zxcv consegue 5% Tanto num caso como noutro o partido Y consegue 23 % dos votos e e em ambos os casos está em segundo lugar - mas ninguém parece ter dúvidas que no caso 2 o Partido Y influencia muito mais a sociedade.Conclusão óbvia: análises eleitorais baseadas apenas na ordenação dos partidos ( mesmo tendo em conta a sua votação) estão sujeitas ao falhanço.Mais que a ordenação é importante a distribuição eleitoral - excepção feita obviamente aos sistemas maioritários em que o "winner takes all", como sucede nos EUA:Falemos pois daquilo que já se desconfia. O Bloco e a CDU.Sejamos claros: o Bloco teve um bom resultado? teve. A eleição do 3º deputado europeu é importante para o Bloco? Claro. É relevante, face aos resultados obtidos por todos os partidos, que o BE tenha ultrapassado a CDU: obviamente, não. Isso é mistificação estatística, que apenas serve a propaganda e a manipulação psicológica - em que os media alinharam desde logo... Estamos a falar de duas forças políticas que cresceram eleitoralmente em paralelo, conquistando uma e outra, eleitores e que no final obtiveram resultados praticamente iguais e que só a aplicação do método de Hondt influenciou na distribuição de mandatos. Outra questão interessante, que abordaremos proximamente tem a ver com a volatilidade eleitoral.

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