Da Literatura: BE: PROFESSORES & HIERARQUIAS

29-09-2009
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Como Rui Pena Pires explica aqui, os professores do ensino básico e secundário são alvo de discriminação por parte do BE. Porquê? Porque, diz o programa eleitoral do BE, a categoria de professor titular divide os docentes «entre professores de primeira e de segunda». Ao arrepio do que pretende o BE, quanto percebi, uma das causas do descontentamento da classe reside na dificuldade (introduzida pelo actual governo) de acesso à categoria de professor titular.Na mesma linha de raciocínio, «o Bloco de Esquerda rejeita a proposta governamental de Estatuto do Politécnico e exige a equiparação com as universidades, do ponto de vista dos percursos e dos processos de qualificação do pessoal docente». Não deixa de ser curiosa a preocupação com os politécnicos.Por outro lado, o programa eleitoral do BE mantém «a fractura dos professores universitários em três categorias [...] professores de primeira, segunda e terceira.» Os catedráticos /os associados / os auxiliares. Há que preservar o estatuto de Francisco Louçã e Fernando Rosas, professores catedráticos.Isto reforça «a desvalorização, pelo BE, da profissão de professor não universitário. Recusando atribuir-lhe o estatuto de qualificação que reconhece à carreira de professor universitário, o BE trata a profissão docente como uma ocupação indiferenciada, e portanto não hierarquizável. Em rigor, o BE opera assim uma deslocação do seu critério de professores de “primeira” e de “segunda” para a oposição entre professores universitários e “profissionais da educação” (do básico e secundário). O elitismo implícito só supreenderá quem não tiver dado a devida atenção a outras propostas do BE.»Acaso a Fenprof leu o programa do BE?Etiquetas: Educação, Legislativas 2009

Como Rui Pena Pires explica aqui, os professores do ensino básico e secundário são alvo de discriminação por parte do BE. Porquê? Porque, diz o programa eleitoral do BE, a categoria de professor titular divide os docentes «entre professores de primeira e de segunda». Ao arrepio do que pretende o BE, quanto percebi, uma das causas do descontentamento da classe reside na dificuldade (introduzida pelo actual governo) de acesso à categoria de professor titular.Na mesma linha de raciocínio, «o Bloco de Esquerda rejeita a proposta governamental de Estatuto do Politécnico e exige a equiparação com as universidades, do ponto de vista dos percursos e dos processos de qualificação do pessoal docente». Não deixa de ser curiosa a preocupação com os politécnicos.Por outro lado, o programa eleitoral do BE mantém «a fractura dos professores universitários em três categorias [...] professores de primeira, segunda e terceira.» Os catedráticos /os associados / os auxiliares. Há que preservar o estatuto de Francisco Louçã e Fernando Rosas, professores catedráticos.Isto reforça «a desvalorização, pelo BE, da profissão de professor não universitário. Recusando atribuir-lhe o estatuto de qualificação que reconhece à carreira de professor universitário, o BE trata a profissão docente como uma ocupação indiferenciada, e portanto não hierarquizável. Em rigor, o BE opera assim uma deslocação do seu critério de professores de “primeira” e de “segunda” para a oposição entre professores universitários e “profissionais da educação” (do básico e secundário). O elitismo implícito só supreenderá quem não tiver dado a devida atenção a outras propostas do BE.»Acaso a Fenprof leu o programa do BE?Etiquetas: Educação, Legislativas 2009

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