NOVA FRENTE

21-07-2005
marcar artigo

1. O esquerdalho verbera o "conservadorismo" de João Paulo II. Um partido português fê-lo na nota de condolências mesmo. Com azedume. Ora, se Karol Wojtyla fosse a favor do aborto, do preservativo, da eutanásia e do casamento de homossexuais — não teria sido Papa, mas candidato a deputado pelo Bloco de Esquerda. A razão da acrimónia é bem outra, tanto que os sectores católicos que criticam o "progressismo" do chefe da Igreja (os 'perdões' e o ecumenismo) não usam de acidez similar. Falemos claro: o que incomoda os esquerdistas, a ponto de salivarem abundantemente sempre que ouvem o nome do Papa ora falecido, é a contribuição de João Paulo II para o fim do comunismo. O muro, pois claro. Todo o homem de esquerda, do mais liberal ao mais socialista, tem um coração marxista a palpitar-lhe no peito.

2. Parece que o candidato a Papa D. José da Cruz Policarpo, à cautela, já anunciou a sua preferência pelo nome de Clemente. Seria, salvo erro e incluindo cismáticos, o Papa Clemente XV. Diz um amigo meu, sardónico, que "os hábitos pessoais de enorme dissolução tabagística tornariam D. José muito mais histórico sob a designação, já não digo de Nicotino I, mas, vá lá, ao menos Urbano IX para melhor traduzir a sua origem citadina. O pecado do tabaco torna-o também mais improvável, mas não de todo impossível. O problema que se põe é se irão ou não abrir zonas de «fumo» e «não fumo» no Vaticano."

3. Certos analistas prognosticam que o próximo Papa será brasileiro. Adivinham uma era de progressismo e de estabelecimento de pontes, que é trabalho próprio de Pontífice, com os teólogos da libertação. Preparemo-nos, pois, para receber em esperança o Papa Wanderley I.

Categorias

Entidades

BE

1. O esquerdalho verbera o "conservadorismo" de João Paulo II. Um partido português fê-lo na nota de condolências mesmo. Com azedume. Ora, se Karol Wojtyla fosse a favor do aborto, do preservativo, da eutanásia e do casamento de homossexuais — não teria sido Papa, mas candidato a deputado pelo Bloco de Esquerda. A razão da acrimónia é bem outra, tanto que os sectores católicos que criticam o "progressismo" do chefe da Igreja (os 'perdões' e o ecumenismo) não usam de acidez similar. Falemos claro: o que incomoda os esquerdistas, a ponto de salivarem abundantemente sempre que ouvem o nome do Papa ora falecido, é a contribuição de João Paulo II para o fim do comunismo. O muro, pois claro. Todo o homem de esquerda, do mais liberal ao mais socialista, tem um coração marxista a palpitar-lhe no peito.

2. Parece que o candidato a Papa D. José da Cruz Policarpo, à cautela, já anunciou a sua preferência pelo nome de Clemente. Seria, salvo erro e incluindo cismáticos, o Papa Clemente XV. Diz um amigo meu, sardónico, que "os hábitos pessoais de enorme dissolução tabagística tornariam D. José muito mais histórico sob a designação, já não digo de Nicotino I, mas, vá lá, ao menos Urbano IX para melhor traduzir a sua origem citadina. O pecado do tabaco torna-o também mais improvável, mas não de todo impossível. O problema que se põe é se irão ou não abrir zonas de «fumo» e «não fumo» no Vaticano."

3. Certos analistas prognosticam que o próximo Papa será brasileiro. Adivinham uma era de progressismo e de estabelecimento de pontes, que é trabalho próprio de Pontífice, com os teólogos da libertação. Preparemo-nos, pois, para receber em esperança o Papa Wanderley I.

marcar artigo