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20-03-2005
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28.2.05

E XERCÍCIO DE PROSPECTIVA (I de II)

[282] -- M ário Soares (Visão), João Cravinho (DN) e José Medeiros Ferreira (SIC Notícias), seguramente entre outros elementos da ala esquerda do PS, têm em comum o facto de considerarem que não está esgotado o «potencial de crescimento» do Bloco de Esquerda. É quase desnecessário dizer que, se isto fosse verdade, tal seria preocupante, na medida em que dificilmente permitiria ao PS a obtenção de uma segunda maioria absoluta em 2009.

A receita de Soares, Cravinho e Medeiros Ferreira para contrariar esta tendência é muito simples: o PS deve governar à esquerda. Dito por outras palavras, estes propõem, de novo, a fórmula da «Frente Unitária de Esquerda» que anteriormente foi rejeitada (facto que, refira-se, permitiu a obtenção desta maioria absoluta).

Obviamente, o contexto de 2005 não se repetirá em 2009 e será sensato partir do pressuposto de que a debilidade do PSD não se repetirá. Dito de outro modo, em 2009 a disputa pelos votos ao centro será muito mais renhida do que foi em 2005, pelo que os votos à esquerda se tornarão muito mais importantes.

Em certa medida, como se percebe, concordo com o diagnóstico. As minhas divergências de fundo começam, precisamente, com a medicação que é proposta pela ala esquerda socialista.

28.2.05

E XERCÍCIO DE PROSPECTIVA (I de II)

[282] -- M ário Soares (Visão), João Cravinho (DN) e José Medeiros Ferreira (SIC Notícias), seguramente entre outros elementos da ala esquerda do PS, têm em comum o facto de considerarem que não está esgotado o «potencial de crescimento» do Bloco de Esquerda. É quase desnecessário dizer que, se isto fosse verdade, tal seria preocupante, na medida em que dificilmente permitiria ao PS a obtenção de uma segunda maioria absoluta em 2009.

A receita de Soares, Cravinho e Medeiros Ferreira para contrariar esta tendência é muito simples: o PS deve governar à esquerda. Dito por outras palavras, estes propõem, de novo, a fórmula da «Frente Unitária de Esquerda» que anteriormente foi rejeitada (facto que, refira-se, permitiu a obtenção desta maioria absoluta).

Obviamente, o contexto de 2005 não se repetirá em 2009 e será sensato partir do pressuposto de que a debilidade do PSD não se repetirá. Dito de outro modo, em 2009 a disputa pelos votos ao centro será muito mais renhida do que foi em 2005, pelo que os votos à esquerda se tornarão muito mais importantes.

Em certa medida, como se percebe, concordo com o diagnóstico. As minhas divergências de fundo começam, precisamente, com a medicação que é proposta pela ala esquerda socialista.

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