DEXTERAvox: Carne ou Peixe?

20-05-2009
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Começou ontem, pelas 10 horas, a 2ª Convenção do Partido da Nova Democracia.Apesar do entusiasmo com que pretendia participar, com muita pena minha não posso estar presente. Razões mais fortes que não importa aqui explicitar.Aguardo assim com uma imensa curiosidade os resultados deste encontro, especialmente tendo em conta os tópicos em discussão.Não escondo que me surpreendeu de sobremaneira a inclusão de um ponto de trabalho a respeito da orientação ideológica do partido... Não sei se para o bem ou se para o mal...Contudo, e pondo-me no lugar de um comum cidadão eleitor, não deixo de ficar chocado pelo facto de um partido que já se submeteu a votos por duas vezes, pedindo a confiança e o voto dos portugueses de forma tão veemente, venha agora publicamente assumir que não está ideologicamente estruturado.Podemos aceitar o argumento de que o posicionamento ideológico hoje pouca importância tem, o que até certo ponto é correcto. Na verdade, face à predominância de Bruxelas e à insignificância de Portugal na negociação entre os parceiros europeus, importa bem mais a separação das causas entreContudo, temos de admitir que ainda vivemos dias de algum resquício de fulgor doutrinário e que ainda se admite respirar uma certa "independência", pelo que é inevitável que também à Nova Democracia seja exigido um posicionamento, uma identidade mais generalizada que lhe permita ser facilmente encaixada no tradicional espectro político-ideológico.Por alguma razão este ponto foi incluído na ordem dos trabalhos da Convenção, não é?Então temos o Povo que nos pergunta:-Afinal vocês são da Esquerda ou da Direita? Carne ou Peixe?!?Ao que o PND tem respondido:-Olhe...somos couves! - E o inquiridor retorna:-Couves?!? Mas isso não alimenta ninguém!Desde o início nos têm dito que o PND recebe gente de todos os quadrantes políticos, sem fazer distinções, da esquerda, da direita, do "centro", e que discutem tudo abertamente no seu interior.Desde que entrei no PND, em 2003, para além do afastamento de alguns dos seus pensadores proeminentes e até de fundadores, tenho observado demasiados atritos internos, guerras de protagonismo, amuos... E ainda nem sequer se havia chegado ao verdadeiro ponto de discórdia e de divisão interna, ou seja, o dia em que se enfrentariam os fantasmas internos deste partido que é de todos, mas que no fundo não é de ninguém.E que fantasmas são esses?Recordo-me do encontro entre candidatos, no Hotel Mundial, Lisboa, aquando das últimas legislativas. Aí se ouviu e colocou a discussão o documento que reunia alguns denominadores comuns a subscrever por todos os candidatos. Fiquei com a ideia que foi um documento essencialmente escrito pelo líder do partido.Houve desacordos quanto à questão da defesa intransigente do valor da Vida, quem assumisse uma posição mais radical e quem fosse mais maleável. Outra objecção que foi levantada e muito pouco atentada, foi a questão da privatização dos hospitais públicos, que constava do documento referido.A verdade é que sem se discutir abertamente esses e outros assuntos fracturantes dentro do partido, o que não havia sido feito antes ou nesse mesmo dia, assume-se o adiamento indefinido desses esclarecimentos, quer entre os militantes, quer para o eleitor. E convenhamos que questões tão estruturantes como as que exemplifiquei, não são passíveis de permitir consensos entre a gente da Esquerda e da Direita que o partido afirma ter. Nem sequer dentro da própria Esquerda ou da própria Direita, como se sabe!!!Esse adiamento teria de se manifestar da pior forma em alguma altura e a altura chegou. Após dois anos de simples seguidismo de Manuel Monteiro, de simplíssima identificação com a Carta de Princípios do partido (também ela absolutamente subjectiva e consensual para qualquer pessoa), após 2 anos de louvável romantismo de alguns ou de arrojada procura de protagonismo de outros, é chegado o momento de retirar esta capa de "nacional porreirismo" que o PND tem procurado projectar para fora, e de assumir a tremenda confusão de ideias e de princípios que vai entre aqueles que dão forma e conteúdo a este fenómeno que é a Nova Democracia.Aqui, conheci aqueles a que chamo de os "Anti-Estado" (ultra-liberais na economia, liberais nos valores); outros menos ultra mas igualmente liberais (liberais na economia e flutuantes nos valores); os Conservadores (reaccionários nos valores e liberais na economia) e os Nacionalistas (reaccionários nos valores e proteccionistas na economia).Pois chegando a hora de confrontar as ideias e de definir uma verdadeira identidade, como se poderão entender estas facções...?Não tenho dúvidas que apenas dois sentimentos estão verdadeiramente na origem da militância no PND:1º A esperança de alguns em ver nascer um partido verdadeiramente neo-liberal, totalmente assente na iniciativa privada, fora de um sistema viciado e corrupto.2º A esperança de outros em encontrar em Manuel Monteiro aquela antiga facção mais conservadora e patriótica do CDS-PP, que hoje já lá não se encontra.Desde o dia em que ouvi dizer que o partido não era nem de Esquerda nem de Direita e que o tentei explicar e justificar aos leigos...me convenci que isto ía dar barraca, que algum dia alguém se iria desiludir, porque iludidos vieram muitos!A verdade é que muitos já se desiludiram e saíram."Não eram verdadeiros neo-democratas" - dizem uns."Queriam era protagonismo" - dizem outros."Julgavam que isto ía ser fácil, viram as dificuldades e andaram!" - também por aí se ouve.Pois se é tão fácil justificá-lo!Quando um liberal ouve dizer e publicitar-se que o partido é contra a despenalização do aborto ou que defende um ordenado para as mulheres que fiquem em casa a tratar dos filhos, como se poderá sentir confortável nesse partido?!?Quando um nacionalista ouve dizer e publicitar-se que o partido é a favor da total liberalização do ensino e da saúde, como se pode sentir confortável no partido?!?!?O adiamento sucessivo deste tipo de discussão e esclarecimento público vai levar a que em vez de se ter gente a aderir a algo que sabe o que é, ter-se-á gente a sair de algo que pensava ser uma coisa que afinal não é!É que a certa altura, Manuel Monteiro já não é cimento suficientemente forte para aglutinar gente tão díspar._____________________________________________________Aceito que este período de alguma convulsão, de alguma confusão, seja forçosamente inerente à fundação de uma nova força política.Mas porque se há de querer convencer as pessoas de que este é um partido aberto à Esquerda e à Direita?!? Pois não sabemos todos que nem os valores conservadores nem os liberais são tolerados pela Esquerda?!?!? Então?!? Que valores de Esquerda tem o PND?Pois que se assuma de Direita como na verdade é! É que bem mais complicado que isso, será definir a que tipo de Direita corresponde este PND...! Liberal? Ultra-liberal? Conservadora? Nacionalista? Democrata-Cristã? E estou a ser bem redutor na questão!Pelo que tenho visto das moções em apresentação na Convenção de Aveiro, tudo aponta para uma compulsiva liberalização do partido, o que, em minha opinião, apenas virá reforçar a inutilidade de mais uma formação partidária.O PSD e o CDS são já bons representantes das correntes liberal e ultra-liberal, respectivamente, e aqueles que, perfilhando estas ideias, não concordarem com o rumo tomado pelas actuais direcções, é no âmbito da actividade nesses partidos que lhes poderão influenciar os próximos passos e não confundindo e dividindo o eleitorado, criando partidos homólogos, que não passam de mais do mesmo._________________________________________________________Como é sabido, no espectro político-partidário português apenas um espaço permanece em aberto para que alguém, com a coragem suficiente, o preencha com a absoluta garantia de um eleitorado fiel e de potencial crescimento, esse espaço é aE que não se pense que falo de skin-heads, de neo-fascismos ou de racismo e xenofobia.Não se trata aqui da famigerada "Extrema-Direita", quanto mais não seja porque isso é incaracterizável, senão veja-se:Se a "Direita" é "liberal", "Extrema-Direita" seria "ultra-liberal"?!? Não me parece! Aquilo que se convencionou de Extr.Direita é económicamente proteccionista!Se a "Direita" é "conservadora", "Extrema-Direita seria "ultra-conservadora"?!? Ainda menos pois bem se sabe que a Extr.Direita foi sempre revolucionária na atitude!Se a "Direita" é "democrata-cristã", a extrema seria o quê...? Extremamente democrata e extremamente cristã?!? Não brinquemos!Assim sendo, esqueçamos de facto a colocação que nos queiram dar dentro da Direita, pois ninguém o saberá justificar convenientemente.Mas temos certamente de assumir o eleitorado órfão que se encontra fora das Direitas e das Esquerdas, mas que mantém hoje, mais do que nunca, uma única causa, PORTUGAL.A PESCA, a AGRICULTURA, a PECUÁRIA, a MINERAÇÃO, a INDÚSTRIA TEXTIL, em suma a liberdade de se usufruir livremente do solo, da costa e da mão de obra portuguesa.A EDUCAÇÃO, a CULTURA, a TRADIÇÃO, a liberdade de se viver e legar uma IDENTIDADE única.A SEGURANÇA social, na pobreza, na deficiência e na velhice, a segurança nos empregos, a segurança nas ruas, a segurança nas escolas, em suma, a liberdade de se ser sem temer.A luta por uma EUROPA COESA DE NAÇÕES INDEPENDENTES, que se respeitam e negoceiam entre si, bem como por um movimento europeu que faça este sentimento vencer.A procura incansável por uma crescentesão o compromisso que falta firmar com o Povo Português, que aguarda pacientemente quem tenha a coragem de enfrentar os dedos apontados por parte da Esquerda e dos defensores do politicamente correcto deste país, bradando "Fascistas" em altos berros ou procurando desmediatizar o fenómeno político.Pela Europa fora os partidos nacionalistas têm conquistado eleitores de todo o tipo, com essencial participação de jovens preocupados com o seu futuro. Por ventura nem todas as coisas e causas que têm dito e defendido serão as mais acertadas, mas dão o mote e o exemplo sobre o que procuram hoje os eleitores europeus.É esta a lição que uma "Nova Democracia" em Portugal deveria colher, o que querem os nossos eleitores, de que precisam, quais os seus medos, quais as causas que sentem tendo vergonha de as assumir...?Pois assumamos nós por eles, que na hora do voto não serão vigiados e as boas causas serão compensadas!_________________________________________________Temo bem que não serão estas as conclusões da Convenção de Aveiro... Mas deixo o repto, pessoal, para que se discuta que tipo de """alternativa""" quer o PND ser.

Começou ontem, pelas 10 horas, a 2ª Convenção do Partido da Nova Democracia.Apesar do entusiasmo com que pretendia participar, com muita pena minha não posso estar presente. Razões mais fortes que não importa aqui explicitar.Aguardo assim com uma imensa curiosidade os resultados deste encontro, especialmente tendo em conta os tópicos em discussão.Não escondo que me surpreendeu de sobremaneira a inclusão de um ponto de trabalho a respeito da orientação ideológica do partido... Não sei se para o bem ou se para o mal...Contudo, e pondo-me no lugar de um comum cidadão eleitor, não deixo de ficar chocado pelo facto de um partido que já se submeteu a votos por duas vezes, pedindo a confiança e o voto dos portugueses de forma tão veemente, venha agora publicamente assumir que não está ideologicamente estruturado.Podemos aceitar o argumento de que o posicionamento ideológico hoje pouca importância tem, o que até certo ponto é correcto. Na verdade, face à predominância de Bruxelas e à insignificância de Portugal na negociação entre os parceiros europeus, importa bem mais a separação das causas entreContudo, temos de admitir que ainda vivemos dias de algum resquício de fulgor doutrinário e que ainda se admite respirar uma certa "independência", pelo que é inevitável que também à Nova Democracia seja exigido um posicionamento, uma identidade mais generalizada que lhe permita ser facilmente encaixada no tradicional espectro político-ideológico.Por alguma razão este ponto foi incluído na ordem dos trabalhos da Convenção, não é?Então temos o Povo que nos pergunta:-Afinal vocês são da Esquerda ou da Direita? Carne ou Peixe?!?Ao que o PND tem respondido:-Olhe...somos couves! - E o inquiridor retorna:-Couves?!? Mas isso não alimenta ninguém!Desde o início nos têm dito que o PND recebe gente de todos os quadrantes políticos, sem fazer distinções, da esquerda, da direita, do "centro", e que discutem tudo abertamente no seu interior.Desde que entrei no PND, em 2003, para além do afastamento de alguns dos seus pensadores proeminentes e até de fundadores, tenho observado demasiados atritos internos, guerras de protagonismo, amuos... E ainda nem sequer se havia chegado ao verdadeiro ponto de discórdia e de divisão interna, ou seja, o dia em que se enfrentariam os fantasmas internos deste partido que é de todos, mas que no fundo não é de ninguém.E que fantasmas são esses?Recordo-me do encontro entre candidatos, no Hotel Mundial, Lisboa, aquando das últimas legislativas. Aí se ouviu e colocou a discussão o documento que reunia alguns denominadores comuns a subscrever por todos os candidatos. Fiquei com a ideia que foi um documento essencialmente escrito pelo líder do partido.Houve desacordos quanto à questão da defesa intransigente do valor da Vida, quem assumisse uma posição mais radical e quem fosse mais maleável. Outra objecção que foi levantada e muito pouco atentada, foi a questão da privatização dos hospitais públicos, que constava do documento referido.A verdade é que sem se discutir abertamente esses e outros assuntos fracturantes dentro do partido, o que não havia sido feito antes ou nesse mesmo dia, assume-se o adiamento indefinido desses esclarecimentos, quer entre os militantes, quer para o eleitor. E convenhamos que questões tão estruturantes como as que exemplifiquei, não são passíveis de permitir consensos entre a gente da Esquerda e da Direita que o partido afirma ter. Nem sequer dentro da própria Esquerda ou da própria Direita, como se sabe!!!Esse adiamento teria de se manifestar da pior forma em alguma altura e a altura chegou. Após dois anos de simples seguidismo de Manuel Monteiro, de simplíssima identificação com a Carta de Princípios do partido (também ela absolutamente subjectiva e consensual para qualquer pessoa), após 2 anos de louvável romantismo de alguns ou de arrojada procura de protagonismo de outros, é chegado o momento de retirar esta capa de "nacional porreirismo" que o PND tem procurado projectar para fora, e de assumir a tremenda confusão de ideias e de princípios que vai entre aqueles que dão forma e conteúdo a este fenómeno que é a Nova Democracia.Aqui, conheci aqueles a que chamo de os "Anti-Estado" (ultra-liberais na economia, liberais nos valores); outros menos ultra mas igualmente liberais (liberais na economia e flutuantes nos valores); os Conservadores (reaccionários nos valores e liberais na economia) e os Nacionalistas (reaccionários nos valores e proteccionistas na economia).Pois chegando a hora de confrontar as ideias e de definir uma verdadeira identidade, como se poderão entender estas facções...?Não tenho dúvidas que apenas dois sentimentos estão verdadeiramente na origem da militância no PND:1º A esperança de alguns em ver nascer um partido verdadeiramente neo-liberal, totalmente assente na iniciativa privada, fora de um sistema viciado e corrupto.2º A esperança de outros em encontrar em Manuel Monteiro aquela antiga facção mais conservadora e patriótica do CDS-PP, que hoje já lá não se encontra.Desde o dia em que ouvi dizer que o partido não era nem de Esquerda nem de Direita e que o tentei explicar e justificar aos leigos...me convenci que isto ía dar barraca, que algum dia alguém se iria desiludir, porque iludidos vieram muitos!A verdade é que muitos já se desiludiram e saíram."Não eram verdadeiros neo-democratas" - dizem uns."Queriam era protagonismo" - dizem outros."Julgavam que isto ía ser fácil, viram as dificuldades e andaram!" - também por aí se ouve.Pois se é tão fácil justificá-lo!Quando um liberal ouve dizer e publicitar-se que o partido é contra a despenalização do aborto ou que defende um ordenado para as mulheres que fiquem em casa a tratar dos filhos, como se poderá sentir confortável nesse partido?!?Quando um nacionalista ouve dizer e publicitar-se que o partido é a favor da total liberalização do ensino e da saúde, como se pode sentir confortável no partido?!?!?O adiamento sucessivo deste tipo de discussão e esclarecimento público vai levar a que em vez de se ter gente a aderir a algo que sabe o que é, ter-se-á gente a sair de algo que pensava ser uma coisa que afinal não é!É que a certa altura, Manuel Monteiro já não é cimento suficientemente forte para aglutinar gente tão díspar._____________________________________________________Aceito que este período de alguma convulsão, de alguma confusão, seja forçosamente inerente à fundação de uma nova força política.Mas porque se há de querer convencer as pessoas de que este é um partido aberto à Esquerda e à Direita?!? Pois não sabemos todos que nem os valores conservadores nem os liberais são tolerados pela Esquerda?!?!? Então?!? Que valores de Esquerda tem o PND?Pois que se assuma de Direita como na verdade é! É que bem mais complicado que isso, será definir a que tipo de Direita corresponde este PND...! Liberal? Ultra-liberal? Conservadora? Nacionalista? Democrata-Cristã? E estou a ser bem redutor na questão!Pelo que tenho visto das moções em apresentação na Convenção de Aveiro, tudo aponta para uma compulsiva liberalização do partido, o que, em minha opinião, apenas virá reforçar a inutilidade de mais uma formação partidária.O PSD e o CDS são já bons representantes das correntes liberal e ultra-liberal, respectivamente, e aqueles que, perfilhando estas ideias, não concordarem com o rumo tomado pelas actuais direcções, é no âmbito da actividade nesses partidos que lhes poderão influenciar os próximos passos e não confundindo e dividindo o eleitorado, criando partidos homólogos, que não passam de mais do mesmo._________________________________________________________Como é sabido, no espectro político-partidário português apenas um espaço permanece em aberto para que alguém, com a coragem suficiente, o preencha com a absoluta garantia de um eleitorado fiel e de potencial crescimento, esse espaço é aE que não se pense que falo de skin-heads, de neo-fascismos ou de racismo e xenofobia.Não se trata aqui da famigerada "Extrema-Direita", quanto mais não seja porque isso é incaracterizável, senão veja-se:Se a "Direita" é "liberal", "Extrema-Direita" seria "ultra-liberal"?!? Não me parece! Aquilo que se convencionou de Extr.Direita é económicamente proteccionista!Se a "Direita" é "conservadora", "Extrema-Direita seria "ultra-conservadora"?!? Ainda menos pois bem se sabe que a Extr.Direita foi sempre revolucionária na atitude!Se a "Direita" é "democrata-cristã", a extrema seria o quê...? Extremamente democrata e extremamente cristã?!? Não brinquemos!Assim sendo, esqueçamos de facto a colocação que nos queiram dar dentro da Direita, pois ninguém o saberá justificar convenientemente.Mas temos certamente de assumir o eleitorado órfão que se encontra fora das Direitas e das Esquerdas, mas que mantém hoje, mais do que nunca, uma única causa, PORTUGAL.A PESCA, a AGRICULTURA, a PECUÁRIA, a MINERAÇÃO, a INDÚSTRIA TEXTIL, em suma a liberdade de se usufruir livremente do solo, da costa e da mão de obra portuguesa.A EDUCAÇÃO, a CULTURA, a TRADIÇÃO, a liberdade de se viver e legar uma IDENTIDADE única.A SEGURANÇA social, na pobreza, na deficiência e na velhice, a segurança nos empregos, a segurança nas ruas, a segurança nas escolas, em suma, a liberdade de se ser sem temer.A luta por uma EUROPA COESA DE NAÇÕES INDEPENDENTES, que se respeitam e negoceiam entre si, bem como por um movimento europeu que faça este sentimento vencer.A procura incansável por uma crescentesão o compromisso que falta firmar com o Povo Português, que aguarda pacientemente quem tenha a coragem de enfrentar os dedos apontados por parte da Esquerda e dos defensores do politicamente correcto deste país, bradando "Fascistas" em altos berros ou procurando desmediatizar o fenómeno político.Pela Europa fora os partidos nacionalistas têm conquistado eleitores de todo o tipo, com essencial participação de jovens preocupados com o seu futuro. Por ventura nem todas as coisas e causas que têm dito e defendido serão as mais acertadas, mas dão o mote e o exemplo sobre o que procuram hoje os eleitores europeus.É esta a lição que uma "Nova Democracia" em Portugal deveria colher, o que querem os nossos eleitores, de que precisam, quais os seus medos, quais as causas que sentem tendo vergonha de as assumir...?Pois assumamos nós por eles, que na hora do voto não serão vigiados e as boas causas serão compensadas!_________________________________________________Temo bem que não serão estas as conclusões da Convenção de Aveiro... Mas deixo o repto, pessoal, para que se discuta que tipo de """alternativa""" quer o PND ser.

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