Eu percebo que o o CDS-PP ande preocupado com a família. Sobretudo, deverá estar muito preocupado com a sua família. No estado em que esta se encontra, e os males de que alguns dos seus membros padecem, são seguramente bons motivos para preocupações. Mas daí até fazer disso um problema nacional vai uma certa distância. Depois de descobrirem este filão (o último que lhes resta do património Paulo Portas?) não descansam enquanto não nos convencerem a todos que este governo é um autêntico desastre por não ter uma política para a família. Para o CDS-PP, o futuro deste país passa por uma política de família. As questões demográficas, a sustentabilidade da segurança social, a justiça fiscal, a igualdade de oportunidades, o desemprego, a pobreza, o insucesso escolar, as falências sucessivas da nossa industria, a agonia da agricultura, quiçá o déficit das contas públicas, ou até mesmo a seca e os incêndios, poderão ser problemas do passado ser tivermos uma verdadeira política para a família. Esta “demissão” do governo é para o CDS-PP um dos principais problemas da “governação socrática”. E vai daí apresentam como solução absolutamente indispensável a reposição da figura de um Alto-Comissário para a Família.Digamos que, nos tempos que correm, já era de esperar que este partido estivesse tão preocupado com a famiglia... afinal há valores que são de sempre e para conservar...Não sei o que pensam os actuais governantes de semelhante proposta. Não são conhecidas reacções. No entanto, e porque o PS também tem o seu gostinho especial por Comissões, Grupos de Trabalho e Altos-Comissários, e não seria de estranhar que até dessem andamento a esta ambição, gostaria de nesse caso deixar mais algumas sugestões ao Senhor Primeiro-Ministro:Portugal nunca irá a lado nenhum se não criarem de imediato e com carácter de urgência, os seguintes Altos-Comissariados:- Alto-Comissário para os assuntos do Futebol e afins- Alto-Comissário para o combate às deslocalizações- Alto-Comissário para a protecção de autarcas indesejados pelos seus partidos de origem- Alto-Comissário para a Interrupção Voluntária da Gravidês- Alto-Comissário para a Descentralização- Alto Comissário para a morte assistida- Alto-Comissário para a regulamentação das férias dos tribunais- Alto-Comissário para a selecção das canções para o Eurofestival- Alto-Comissário para os texteis chineses- Alto-Comissário para o sexo nas escolas- Alto-Comissário para o Tunel do Marquês- Alto-Comissário para o Parque Mayer- Alto Comissário para a regulamentação das fugas de políticos para o Brasil- 18 Altos-Comissários Distritais com adjuntos para cada uma das áreas de responsabilidade de todo os Altos-Comissários nomeados.And last but not least...- Alto-Comissário-Adjunto para a Coordenação das políticas dos Alto-ComissáriosOu seja, para cada problema verdadeiramente sério a que este país tem que dar resposta urgente, problemas claramente estruturais, e de forte transverdalidade, nomeie-se um Alto-Comissário.Francamente! Haja paciência e um pouco de decência! Já é tempo de nos deixarmos de figuras de estilo e de “caixas postais” de lobies, ou de inventar Ministros e Secretários de Estado sombra! Ainda por cima estas sombras (normalmente cargos para “deslocalizados”) consomem enormes recursos a troco da organização de uns anos internacionais, uns seminários, umas conferências, uns grupos de trabalho ou umas comissões extra-parlamentares.Se alguma atenção específica deve ser dada aos problemas das famílias (e se eu utilizo o plural e o CDS-PP não, não é seguramente por acaso...), esta atenção passará por dar a este assunto um tratamento político transversal. Se há problemas com as famílias portuguesas – e certamente há bastantes – estes terão que merecer a atenção de todos os ministérios e organismos do estado ao nível central, regional e local. Acabe-se de uma vez por todas com esta ideia obtusa de que quando não se consegue motivar os ministros a fazer o que devem, ou seja coordenarem as políticas que procuram por em marcha, é preciso encontrar uma figura que garanta que isto aconteça. E ainda que seja necessário colocar estes e outros assuntos nas agendas políticas e do governo de uma forma mais relevante (pergunto-me porque não passou pela cabeça do CDS-PP propor antes um Alto-Comissário para a Pobreza...), então não é para isso que servem os deputados, a Assembleia da República, o Presidente da República, os órgãos de comunicação social, os lobies...?Ao trabalho, senhores deputados e senhoras deputadas, ao trabalho!P.s. Gostaria ainda de dizer aos senhores deputados e deputadas do CDS-PP, particularmente à Teresinha Caeiro, que lhes tinha ficado melhor defenderem a existência de uma ALTA-COMISSÁRIA... Para além de politicamente muito mais correcto, irritariam muito mais o Senhor Primeiro-Ministro.
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Eu percebo que o o CDS-PP ande preocupado com a família. Sobretudo, deverá estar muito preocupado com a sua família. No estado em que esta se encontra, e os males de que alguns dos seus membros padecem, são seguramente bons motivos para preocupações. Mas daí até fazer disso um problema nacional vai uma certa distância. Depois de descobrirem este filão (o último que lhes resta do património Paulo Portas?) não descansam enquanto não nos convencerem a todos que este governo é um autêntico desastre por não ter uma política para a família. Para o CDS-PP, o futuro deste país passa por uma política de família. As questões demográficas, a sustentabilidade da segurança social, a justiça fiscal, a igualdade de oportunidades, o desemprego, a pobreza, o insucesso escolar, as falências sucessivas da nossa industria, a agonia da agricultura, quiçá o déficit das contas públicas, ou até mesmo a seca e os incêndios, poderão ser problemas do passado ser tivermos uma verdadeira política para a família. Esta “demissão” do governo é para o CDS-PP um dos principais problemas da “governação socrática”. E vai daí apresentam como solução absolutamente indispensável a reposição da figura de um Alto-Comissário para a Família.Digamos que, nos tempos que correm, já era de esperar que este partido estivesse tão preocupado com a famiglia... afinal há valores que são de sempre e para conservar...Não sei o que pensam os actuais governantes de semelhante proposta. Não são conhecidas reacções. No entanto, e porque o PS também tem o seu gostinho especial por Comissões, Grupos de Trabalho e Altos-Comissários, e não seria de estranhar que até dessem andamento a esta ambição, gostaria de nesse caso deixar mais algumas sugestões ao Senhor Primeiro-Ministro:Portugal nunca irá a lado nenhum se não criarem de imediato e com carácter de urgência, os seguintes Altos-Comissariados:- Alto-Comissário para os assuntos do Futebol e afins- Alto-Comissário para o combate às deslocalizações- Alto-Comissário para a protecção de autarcas indesejados pelos seus partidos de origem- Alto-Comissário para a Interrupção Voluntária da Gravidês- Alto-Comissário para a Descentralização- Alto Comissário para a morte assistida- Alto-Comissário para a regulamentação das férias dos tribunais- Alto-Comissário para a selecção das canções para o Eurofestival- Alto-Comissário para os texteis chineses- Alto-Comissário para o sexo nas escolas- Alto-Comissário para o Tunel do Marquês- Alto-Comissário para o Parque Mayer- Alto Comissário para a regulamentação das fugas de políticos para o Brasil- 18 Altos-Comissários Distritais com adjuntos para cada uma das áreas de responsabilidade de todo os Altos-Comissários nomeados.And last but not least...- Alto-Comissário-Adjunto para a Coordenação das políticas dos Alto-ComissáriosOu seja, para cada problema verdadeiramente sério a que este país tem que dar resposta urgente, problemas claramente estruturais, e de forte transverdalidade, nomeie-se um Alto-Comissário.Francamente! Haja paciência e um pouco de decência! Já é tempo de nos deixarmos de figuras de estilo e de “caixas postais” de lobies, ou de inventar Ministros e Secretários de Estado sombra! Ainda por cima estas sombras (normalmente cargos para “deslocalizados”) consomem enormes recursos a troco da organização de uns anos internacionais, uns seminários, umas conferências, uns grupos de trabalho ou umas comissões extra-parlamentares.Se alguma atenção específica deve ser dada aos problemas das famílias (e se eu utilizo o plural e o CDS-PP não, não é seguramente por acaso...), esta atenção passará por dar a este assunto um tratamento político transversal. Se há problemas com as famílias portuguesas – e certamente há bastantes – estes terão que merecer a atenção de todos os ministérios e organismos do estado ao nível central, regional e local. Acabe-se de uma vez por todas com esta ideia obtusa de que quando não se consegue motivar os ministros a fazer o que devem, ou seja coordenarem as políticas que procuram por em marcha, é preciso encontrar uma figura que garanta que isto aconteça. E ainda que seja necessário colocar estes e outros assuntos nas agendas políticas e do governo de uma forma mais relevante (pergunto-me porque não passou pela cabeça do CDS-PP propor antes um Alto-Comissário para a Pobreza...), então não é para isso que servem os deputados, a Assembleia da República, o Presidente da República, os órgãos de comunicação social, os lobies...?Ao trabalho, senhores deputados e senhoras deputadas, ao trabalho!P.s. Gostaria ainda de dizer aos senhores deputados e deputadas do CDS-PP, particularmente à Teresinha Caeiro, que lhes tinha ficado melhor defenderem a existência de uma ALTA-COMISSÁRIA... Para além de politicamente muito mais correcto, irritariam muito mais o Senhor Primeiro-Ministro.