Ensino Superior em crise: PSD+CDS/PP

23-11-2005
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 Já aqui deixei expresso o facto de, nas últimas eleições, o programa do governo de coligação formado por Durão Barroso ter aproveitado para introduzir algumas alterações relativamente ao ensino superior.Assim, o programa do PSD, cauteloso relativamente ao ensino superior, acabou por ser substituído por um programa da coligação onde já havia possibilidades de fazer "estragos". Depois, foi só escolher um Ministro sem ideias, mas com uma fidelidade partidária e vontade dignas de registo: se compararmos Pedro Lynce com Graça Carvalho, vemos que o primeiro apresentou trabalho, embora de qualidade duvidosa, ao contrário da segunda, que foi uma autêntica sombra.Entretanto, Pedro Santana Lopes e Paulo Portas anunciaram que concorreriam separados, mas que se uniriam depois para formar governo. Ouvi ainda dirigentes do PSD afirmar que mesmo que o PSD, por hipótese, conseguisse maioria absoluta, convidaria o CDS/PP para o governo. Aqui reside um grande perigo.O que se vai passar é que vamos ter dois partidos a apresentar programas eleitorais diferentes. Supondo que o PSD é o partido mais votado e é chamado a formar governo, convida o CDS/PP a fazer uma coligação e apresenta um programa que pode desvirtuar completamente o que ambos afirmaram durante a campanha.Este é um perigo real. Neste momento, ao votarmos no PSD ou no CDS/PP não podemos acreditar naquilo que os seus programas eleitorais dizem. Porque o que vai realmente ser importante é o programa que vão apresentar depois, em coligação. A menos que os dois partidos sejam sérios, e apresentem um programa comum, mesmo que depois concorram separados e seja esse o programa de governo caso sejam eleitos.Jorge Morais(Universidade Aberta)


 Já aqui deixei expresso o facto de, nas últimas eleições, o programa do governo de coligação formado por Durão Barroso ter aproveitado para introduzir algumas alterações relativamente ao ensino superior.Assim, o programa do PSD, cauteloso relativamente ao ensino superior, acabou por ser substituído por um programa da coligação onde já havia possibilidades de fazer "estragos". Depois, foi só escolher um Ministro sem ideias, mas com uma fidelidade partidária e vontade dignas de registo: se compararmos Pedro Lynce com Graça Carvalho, vemos que o primeiro apresentou trabalho, embora de qualidade duvidosa, ao contrário da segunda, que foi uma autêntica sombra.Entretanto, Pedro Santana Lopes e Paulo Portas anunciaram que concorreriam separados, mas que se uniriam depois para formar governo. Ouvi ainda dirigentes do PSD afirmar que mesmo que o PSD, por hipótese, conseguisse maioria absoluta, convidaria o CDS/PP para o governo. Aqui reside um grande perigo.O que se vai passar é que vamos ter dois partidos a apresentar programas eleitorais diferentes. Supondo que o PSD é o partido mais votado e é chamado a formar governo, convida o CDS/PP a fazer uma coligação e apresenta um programa que pode desvirtuar completamente o que ambos afirmaram durante a campanha.Este é um perigo real. Neste momento, ao votarmos no PSD ou no CDS/PP não podemos acreditar naquilo que os seus programas eleitorais dizem. Porque o que vai realmente ser importante é o programa que vão apresentar depois, em coligação. A menos que os dois partidos sejam sérios, e apresentem um programa comum, mesmo que depois concorram separados e seja esse o programa de governo caso sejam eleitos.Jorge Morais(Universidade Aberta)


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