O país do Burro: Foi você que votou CDS-PP?

30-09-2009
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Hoje, volta a ser notícia o caso da compra dos submarinos de Paulo Portas e dos largos milhões em luvas que foram depositados em contas na Suíça: agentes do Departamento Central de Investigação Penal (DCIAP) iniciaram, esta manhã, buscas em quatro escritórios de advogados que tiveram intervenção no contrato da sua aquisição, assinado em 2004 por Paulo Portas, então ministro da Defesa. O caso não é novo. Por isso, fica o reparo quanto ao cuidado com a calendarização, quer da notícia, quer das buscas, para depois do dia das eleições. Pelo menos uma delas compreende-se. Antes do dia em que tudo se decidia, a imprensa esteve muito atarefada com a investigação dos planos-poupança legalíssimos de dirigentes do Bloco de Esquerda. Noticia-se uma coisa de cada vez, de acordo com prioridades estabelecidas pelos proprietários respectivos. Já quanto à actuação da Justiça, os seus timings poderiam não ser os mesmos, mas, mais uma vez, a grande maioria de partidários do movimento "é o país que temos" demonstrou em urna não ser contrária a que continuem a ser. Este é o país que continuam a (des)fazer, onde tudo é perfeitamente normal. E tão normal que já nem se questionam quais as justificações que levam governantes - e não só do CDS-PP - a pconfiar e pagar a elaboração de contratos que envolvem centenas de milhões a escritórios privados, que representam interesses privados, não públicos. "Toda a gente sabe" que, na Administração Pública, onde há funcionários a mais, é difícil encontrar quem, sem deixar rasto, esteja à altura do desvio pretendido. Submarino ou não, a virtude está no empreendedorismo privado. Graças a Deus.(editado)


Hoje, volta a ser notícia o caso da compra dos submarinos de Paulo Portas e dos largos milhões em luvas que foram depositados em contas na Suíça: agentes do Departamento Central de Investigação Penal (DCIAP) iniciaram, esta manhã, buscas em quatro escritórios de advogados que tiveram intervenção no contrato da sua aquisição, assinado em 2004 por Paulo Portas, então ministro da Defesa. O caso não é novo. Por isso, fica o reparo quanto ao cuidado com a calendarização, quer da notícia, quer das buscas, para depois do dia das eleições. Pelo menos uma delas compreende-se. Antes do dia em que tudo se decidia, a imprensa esteve muito atarefada com a investigação dos planos-poupança legalíssimos de dirigentes do Bloco de Esquerda. Noticia-se uma coisa de cada vez, de acordo com prioridades estabelecidas pelos proprietários respectivos. Já quanto à actuação da Justiça, os seus timings poderiam não ser os mesmos, mas, mais uma vez, a grande maioria de partidários do movimento "é o país que temos" demonstrou em urna não ser contrária a que continuem a ser. Este é o país que continuam a (des)fazer, onde tudo é perfeitamente normal. E tão normal que já nem se questionam quais as justificações que levam governantes - e não só do CDS-PP - a pconfiar e pagar a elaboração de contratos que envolvem centenas de milhões a escritórios privados, que representam interesses privados, não públicos. "Toda a gente sabe" que, na Administração Pública, onde há funcionários a mais, é difícil encontrar quem, sem deixar rasto, esteja à altura do desvio pretendido. Submarino ou não, a virtude está no empreendedorismo privado. Graças a Deus.(editado)

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