PUXAPALAVRA: Tergiversação. E mau perder

30-09-2009
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Tergiversação. E mau perder

Perante o pasmo do país, mas sem surpresa para quem o conhece, Cavaco Silva confirmou, por omissão, que a campanha das escutas era uma inventona. Tendo-se refugiado no comentário a aspectos marginais entreteve-se a acusar o PS do ónus da crise. É grave e deixa antever falta de cooperação institucional entre a PR e o Governo, tanto mais indispensável quanto é grave a crise que opaís atravessa e difícil se antevê a necessária concertação partidária na AR.

Cavaco Silva não se "apercebeu" de que o Público, em grandes manchetes, tinha alarmado o país com a acusação brutal de que, segundo fontes de Belém, o PR estava muito preocupado com a suspeita de escutas e vigilância por parte do Governo. Foram estas acusações infundadas, postas ao serviço da campanha do PSD, em 18 e 19 de Agosto, por aquele jornal, que o Presidente se recusou a desmentir antes das eleições, como era seu dever, para favorecer a campanha de Manuela Ferreira Leite.

Receio que tenhamos em Belém mais uma fonte de perturbação da grave crise que o país atravessa do que um estadista à altura dos desafios que Portugal enfrenta.

Tergiversação. E mau perder

Perante o pasmo do país, mas sem surpresa para quem o conhece, Cavaco Silva confirmou, por omissão, que a campanha das escutas era uma inventona. Tendo-se refugiado no comentário a aspectos marginais entreteve-se a acusar o PS do ónus da crise. É grave e deixa antever falta de cooperação institucional entre a PR e o Governo, tanto mais indispensável quanto é grave a crise que opaís atravessa e difícil se antevê a necessária concertação partidária na AR.

Cavaco Silva não se "apercebeu" de que o Público, em grandes manchetes, tinha alarmado o país com a acusação brutal de que, segundo fontes de Belém, o PR estava muito preocupado com a suspeita de escutas e vigilância por parte do Governo. Foram estas acusações infundadas, postas ao serviço da campanha do PSD, em 18 e 19 de Agosto, por aquele jornal, que o Presidente se recusou a desmentir antes das eleições, como era seu dever, para favorecer a campanha de Manuela Ferreira Leite.

Receio que tenhamos em Belém mais uma fonte de perturbação da grave crise que o país atravessa do que um estadista à altura dos desafios que Portugal enfrenta.

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