Não sei se os portugueses têm noção da situação do seu país (como dizia ontem Martim Figueiredo, se Portugal fosse uma empresa estava à beira da falência), mas, ontem, ficou claro que querem viver em mais aprofundada democracia (um não claro a maiorias absolutas), sem derivas extremistas de quem ainda não compreendeu os problemas estruturais do país (não é possível uma maioria parlamentar ou com o PCP ou com o BE) e com uma confiança mitigada e limitada no estado e uma aposta racional no mercado e na livre iniciativa (o CDS é a terceira força política nacional e o grande vencedor da noite eleitoral). Será o equilíbrio entre o só estado (BE) e o nenhum estado (CDS) que os portugueses parecem ter pedido ao reconduzido primeiro-ministro. Encontrar a medial entre a necessária ajuda social e a indispensável criação de riqueza pela livre iniciativa privada e empresarial é a missão, que o espírito, avesso a radicalismos, dos eleitores, ontem confiaram a José Sócrates.Exige-se agora dos políticos cultura democrática, maturidade política, responsabilidade adulta e serviço ao interesse nacional, mesmo que isso implique sacrifícios e, momentânea, quebra eleitoral. Pede-se que não cedam nem ao facilitismo nem ao amor à camisola partidária. Seria trágico para todos nós e uma traição aos mais de 60% que ontem se dignaram pensar Portugal.
Categorias
Entidades
Não sei se os portugueses têm noção da situação do seu país (como dizia ontem Martim Figueiredo, se Portugal fosse uma empresa estava à beira da falência), mas, ontem, ficou claro que querem viver em mais aprofundada democracia (um não claro a maiorias absolutas), sem derivas extremistas de quem ainda não compreendeu os problemas estruturais do país (não é possível uma maioria parlamentar ou com o PCP ou com o BE) e com uma confiança mitigada e limitada no estado e uma aposta racional no mercado e na livre iniciativa (o CDS é a terceira força política nacional e o grande vencedor da noite eleitoral). Será o equilíbrio entre o só estado (BE) e o nenhum estado (CDS) que os portugueses parecem ter pedido ao reconduzido primeiro-ministro. Encontrar a medial entre a necessária ajuda social e a indispensável criação de riqueza pela livre iniciativa privada e empresarial é a missão, que o espírito, avesso a radicalismos, dos eleitores, ontem confiaram a José Sócrates.Exige-se agora dos políticos cultura democrática, maturidade política, responsabilidade adulta e serviço ao interesse nacional, mesmo que isso implique sacrifícios e, momentânea, quebra eleitoral. Pede-se que não cedam nem ao facilitismo nem ao amor à camisola partidária. Seria trágico para todos nós e uma traição aos mais de 60% que ontem se dignaram pensar Portugal.