CGTP – Tudo ou, quase tudo na mesma

30-06-2009
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Em jeito de balanço do congresso podemos concluir que as novidades são poucas. Este congresso não melhorou a democracia interna, não deu os sinais necessários a um maior alargamento com vista a ampliar as lutas, regrediu na exigência da revogação do Código Bagão, ficando-se pela revogação das normas mais gravosas (quais?) e, não clarificou o seu posicionamento internacional, mantendo um pé na FSM (Federação sindical que canta loas à liberdade sindical em Cuba e na China) e outro na CSI.Quem esteve lá dentro e quem não esteve, (mas acompanhou de fora por opção ou exclusão), sentiu que “dar mais força aos sindicatos” queria dizer para muit@s delegad@s “ dar mais força ao PCP”. O PCP saiu reforçado deste Congresso, o espaço da CGTP por este caminho tende a fechar-se progressivamente, ficaram a perder os trabalhadoresAlgumas notas:a) Os delegados ao congresso salvo muito poucas excepções não foram eleitos, foram nomeados pelas direcções sindicais recaindo a participação nos dirigentes a tempo inteirob) Os documentos aprovados seguem uma linha de continuidade: - O programa de acção refere que é preciso exigir a revogação das normas mais gravosas do Código Bagão e, mantém a linha da não filiação em nenhuma organização internacional; Os estatutos não foram alterados; a carta reivindicativa embora referindo as principais questões que afectam os trabalhador@s e a população, continua na linha da exigência apenas das normas mais gravosas do Código e faz um elenco exaustivo de matérias, sem priorizar reivindicações ou eleger questões principais em torno das quais se deve alargar e intensificar a luta pela melhoria das condições de vida e de trabalho, pois essa parte fica para servir o calendário politico dos mesmos de sempre, o PCP:c) O Programa de Acção foi aprovado com 90 abstenções; Na especialidade o Capitulo 5 – alterações sobre a União Europeia. – apresentado por 7 sindicatos reuniram o apoio de 66 delegados. Sobre o Capítulo 6 onde estava integrado a proposta de adesão à Confederação Sindical Internacional, o apoio reunido foi de 9 sindicatos, ou seja mais o SPGL e os Pescadores e 112 delegados.d) O conselho nacional mantém a composição (em termos de correntes de opinião) do anterior embora tenham entrado 47 novos membros. Dos 147 que compõem o CN, dois terços pertencem à corrente do PCP. Realce-se que houve sindicatos como o SINTTAV que diminuiu a sua representação de 2 para 1 e o SINTAV ficou sem qualquer representante só porque o elemento, a ser proposto e eleito por unanimidade, não pertence ao PCP.e) As intervenções de delegados/as foram feitas como sempre. Falaram os representantes dos sindicatos que tinham propostas de alterações, as outras intervenções foi a Mesa do congresso que fez a triagem. Assim resultou que tiveram prioridade as intervenções encomendadas pelo CN, pelas Uniões de Sindicatos, pelas Federações e pelos Sindicatos ficando sem possibilidade de falar um número significativo de delegados.f) No decorrer do Congresso foi anunciado a constituição de uma nova tendência sindical apartidária liderada Ulisses Garrido e António Avelãs e João Lourenço.g) Carvalho da Silva para já contínua, mas muito mais “policiado” e admite a realização de um congresso extraordinário a meio do mandato.Se alguma coisa resulta deste Congresso é a necessidade de levar à pratica o muitos já defendem, aprofundar a discussão sindical a nível nacional e sectorial, criar um sindicalismo alternativo no seio da CGTP, e colocar esta o mais rapidamente possível ao serviço exclusivamente dos Trabalhadores.António Chora


Em jeito de balanço do congresso podemos concluir que as novidades são poucas. Este congresso não melhorou a democracia interna, não deu os sinais necessários a um maior alargamento com vista a ampliar as lutas, regrediu na exigência da revogação do Código Bagão, ficando-se pela revogação das normas mais gravosas (quais?) e, não clarificou o seu posicionamento internacional, mantendo um pé na FSM (Federação sindical que canta loas à liberdade sindical em Cuba e na China) e outro na CSI.Quem esteve lá dentro e quem não esteve, (mas acompanhou de fora por opção ou exclusão), sentiu que “dar mais força aos sindicatos” queria dizer para muit@s delegad@s “ dar mais força ao PCP”. O PCP saiu reforçado deste Congresso, o espaço da CGTP por este caminho tende a fechar-se progressivamente, ficaram a perder os trabalhadoresAlgumas notas:a) Os delegados ao congresso salvo muito poucas excepções não foram eleitos, foram nomeados pelas direcções sindicais recaindo a participação nos dirigentes a tempo inteirob) Os documentos aprovados seguem uma linha de continuidade: - O programa de acção refere que é preciso exigir a revogação das normas mais gravosas do Código Bagão e, mantém a linha da não filiação em nenhuma organização internacional; Os estatutos não foram alterados; a carta reivindicativa embora referindo as principais questões que afectam os trabalhador@s e a população, continua na linha da exigência apenas das normas mais gravosas do Código e faz um elenco exaustivo de matérias, sem priorizar reivindicações ou eleger questões principais em torno das quais se deve alargar e intensificar a luta pela melhoria das condições de vida e de trabalho, pois essa parte fica para servir o calendário politico dos mesmos de sempre, o PCP:c) O Programa de Acção foi aprovado com 90 abstenções; Na especialidade o Capitulo 5 – alterações sobre a União Europeia. – apresentado por 7 sindicatos reuniram o apoio de 66 delegados. Sobre o Capítulo 6 onde estava integrado a proposta de adesão à Confederação Sindical Internacional, o apoio reunido foi de 9 sindicatos, ou seja mais o SPGL e os Pescadores e 112 delegados.d) O conselho nacional mantém a composição (em termos de correntes de opinião) do anterior embora tenham entrado 47 novos membros. Dos 147 que compõem o CN, dois terços pertencem à corrente do PCP. Realce-se que houve sindicatos como o SINTTAV que diminuiu a sua representação de 2 para 1 e o SINTAV ficou sem qualquer representante só porque o elemento, a ser proposto e eleito por unanimidade, não pertence ao PCP.e) As intervenções de delegados/as foram feitas como sempre. Falaram os representantes dos sindicatos que tinham propostas de alterações, as outras intervenções foi a Mesa do congresso que fez a triagem. Assim resultou que tiveram prioridade as intervenções encomendadas pelo CN, pelas Uniões de Sindicatos, pelas Federações e pelos Sindicatos ficando sem possibilidade de falar um número significativo de delegados.f) No decorrer do Congresso foi anunciado a constituição de uma nova tendência sindical apartidária liderada Ulisses Garrido e António Avelãs e João Lourenço.g) Carvalho da Silva para já contínua, mas muito mais “policiado” e admite a realização de um congresso extraordinário a meio do mandato.Se alguma coisa resulta deste Congresso é a necessidade de levar à pratica o muitos já defendem, aprofundar a discussão sindical a nível nacional e sectorial, criar um sindicalismo alternativo no seio da CGTP, e colocar esta o mais rapidamente possível ao serviço exclusivamente dos Trabalhadores.António Chora

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