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16-06-2005
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--oão Teixeira Lopes, dirigente e deputado do BE, concedeu uma entrevista à Capital. Dois breves apontamentos.[1] João Teixeira Lopes passa a entrevista inteira a criticar o PCP e, em especial, o PS. Sobre o mérito das propostas do BE, pouco ou nada é dito. Que o alvo principal do BE é o PCP e o PS -- e não a Direita -- não é novidade. [Aliás, esta é uma estratégia disciplinada e bem coordenada. Não deixa de ser revelador o facto de um outro elemento do BE, Daniel Oliveira, ter escolhido como primeiro alvo para iniciar a sua colaboração com o Expresso precisamente o PS e José Sócrates em especial.][2] Uma vez mais, o BE reafirma a sua posição de recusa em integrar um futuro Governo. Acho salutar e clarificador que o BE assuma essa posição, na medida em que demonstra claramente a sua visão sobre o exercício do poder. Dito de outro modo, o BE entende que a ascensão ao poder nesta altura prejudica os seus interesses particulares. Ora, mais do que o interesse colectivo, o que está em primeiro lugar é o seu interesse particular, i.e. o BE não quer desiludir os seus eleitores e, assim, perder votos. Não interessa se, com essa posição, estão a condenar Portugal a um novo período de instabilidade. O que interessa é se o seu número de deputados se mantém igual ou superior e se não existe absolutamente nenhum desvio ideólogico.[3] Em suma, quem não quer votar no PS, mas quer viabilizar um Governo de Esquerda só tem uma solução: votar no PCP. Quem não quer votar no PCP, pura e simplesmente não tem alternativas. O resto são jogos de palavras do BE.Sobre a entrevista de João Teixeira Lopes, ler igualmente este texto de Vital Moreira.

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--oão Teixeira Lopes, dirigente e deputado do BE, concedeu uma entrevista à Capital. Dois breves apontamentos.[1] João Teixeira Lopes passa a entrevista inteira a criticar o PCP e, em especial, o PS. Sobre o mérito das propostas do BE, pouco ou nada é dito. Que o alvo principal do BE é o PCP e o PS -- e não a Direita -- não é novidade. [Aliás, esta é uma estratégia disciplinada e bem coordenada. Não deixa de ser revelador o facto de um outro elemento do BE, Daniel Oliveira, ter escolhido como primeiro alvo para iniciar a sua colaboração com o Expresso precisamente o PS e José Sócrates em especial.][2] Uma vez mais, o BE reafirma a sua posição de recusa em integrar um futuro Governo. Acho salutar e clarificador que o BE assuma essa posição, na medida em que demonstra claramente a sua visão sobre o exercício do poder. Dito de outro modo, o BE entende que a ascensão ao poder nesta altura prejudica os seus interesses particulares. Ora, mais do que o interesse colectivo, o que está em primeiro lugar é o seu interesse particular, i.e. o BE não quer desiludir os seus eleitores e, assim, perder votos. Não interessa se, com essa posição, estão a condenar Portugal a um novo período de instabilidade. O que interessa é se o seu número de deputados se mantém igual ou superior e se não existe absolutamente nenhum desvio ideólogico.[3] Em suma, quem não quer votar no PS, mas quer viabilizar um Governo de Esquerda só tem uma solução: votar no PCP. Quem não quer votar no PCP, pura e simplesmente não tem alternativas. O resto são jogos de palavras do BE.Sobre a entrevista de João Teixeira Lopes, ler igualmente este texto de Vital Moreira.

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