Sol

25-10-2008
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Secretário-geral do PCP Jerónimo de Sousa acusa José Sócrates de hipocrisia «hipocrisia» ao querer desresponsabilizar o seu Governo da situação que o país vive

O secretário-geral do PCP acusou hoje o primeiro-ministro deao querer desresponsabilizar o seu Governo da situação que o país vive Imprimir Enviar por mail Lamentando as «tristes medalhas» que o país exibe – «somos campeões nas desigualdades e injustiças e também um dos países da União Europeia mais à frente na taxa de desemprego» -, Jerónimo de Sousa disse não aceitar que José Sócrates «deite sempre a culpa para cima dos outros».

«Não aceitamos esta posição hipócrita de dizer que a culpa é da situação internacional, depois de três anos a deitar as culpas ao défice das contas públicas, que teve as costas largas, deu para tudo», afirmou no final de um almoço que reuniu mais de 300 pessoas, em Almeirim.

Para o secretário-geral do PCP, como este argumento «estava a fugir», já que Portugal está hoje abaixo da exigência do Programa de Estabilidade e Crescimento, o primeiro-ministro virou-se para a situação internacional.

«Faz lembrar a anedota do larápio que levava um porco às costas e quando chegou a polícia e perguntou onde arranjou o porco, respondeu: ‘eu, um bicho, não é nada comigo’. Assim é Sócrates que leva um porco às costas e diz que não sabe como é que o bicho foi lá parar», contou, com ironia.

Jerónimo de Sousa acusou Sócrates de ter governado «ao lado dos grandes grupos financeiros», uma «acusação» que disse estar «provada» com o facto de as 100 famílias mais poderosas terem visto aumentar em 41 por cento os seus rendimentos.

«A crise é apenas para a maioria, enquanto um conjunto de nababos nunca ganharam tanto», acrescentou.

O líder comunista deixou um desafio ao primeiro-ministro, para que «acerte a cara com a careta», não levando por diante as alterações ao Código do Trabalho.

Lembrando as propostas nesta matéria quando o PS era oposição, Jerónimo de Sousa afirmou que se vai assistir ainda à ironia de o PCP agarrar nas propostas socialistas «e ainda vamos ver o PS a votar contra as suas próprias propostas».

Acusando o Governo socialista de se ter «ajoelhado» perante o grande patronato «quando nem a direita cedeu», o secretário-geral do PCP disse que os comunistas não podem perdoar o PS precisamente porque foi o partido que depois do 25 de Abril de 1974 ajudou a reconhecer os direitos dos trabalhadores.

Prosseguindo na campanha «É tempo de lutar, é tempo de mudar», que o leva ainda hoje a acções de rua na Chamusca e Abrantes, Jerónimo de Sousa reafirmou a convicção de que só a luta organizada pode conseguir a ruptura com as actuais políticas.

Jerónimo de Sousa criticou as forças que «trabalham à peça, de forma pontual», sublinhando que a convergência com o PCP só se fará com quem assumir «uma ruptura com esta política de direita e não andar a dar uns toques aqui e ali».

Questionado sobre se este era um convite ao Bloco de Esquerda, o líder comunista disse não querer «pôr o carro à frente dos bois», afirmando que, antes de tudo, é preciso «uma definição da ruptura com esta política».

Frisando que há um caminho «ainda por construir», mesmo em relação ao BE, Jerónimo de Sousa considerou fundamentais para a construção da alternativa as forças sociais, «cuja luta atingiu níveis espantosos» no país. Lusa/SOL

O SOL online não permitirá comentários: Insultuosos ou difamatórios Que incitem à violência Racistas, xenófobos ou homofóbicos Obscenos Publicitários Que se limitem a remeter (link) para um site ou blogue Que não se prendam com o assunto em debate Que pela dimensão, repetição ou inserção de caracteres especiais dificultem a leitura da caixa de comentários Com assinaturas falsas, nomeadamente usando o nome de outros comentadores ou de figuras públicas Cujo conteúdo seja contrário à lei Os participantes que desrespeitem estas regras de civilidade e respeito verão os seus comentários apagados

Secretário-geral do PCP Jerónimo de Sousa acusa José Sócrates de hipocrisia «hipocrisia» ao querer desresponsabilizar o seu Governo da situação que o país vive

O secretário-geral do PCP acusou hoje o primeiro-ministro deao querer desresponsabilizar o seu Governo da situação que o país vive Imprimir Enviar por mail Lamentando as «tristes medalhas» que o país exibe – «somos campeões nas desigualdades e injustiças e também um dos países da União Europeia mais à frente na taxa de desemprego» -, Jerónimo de Sousa disse não aceitar que José Sócrates «deite sempre a culpa para cima dos outros».

«Não aceitamos esta posição hipócrita de dizer que a culpa é da situação internacional, depois de três anos a deitar as culpas ao défice das contas públicas, que teve as costas largas, deu para tudo», afirmou no final de um almoço que reuniu mais de 300 pessoas, em Almeirim.

Para o secretário-geral do PCP, como este argumento «estava a fugir», já que Portugal está hoje abaixo da exigência do Programa de Estabilidade e Crescimento, o primeiro-ministro virou-se para a situação internacional.

«Faz lembrar a anedota do larápio que levava um porco às costas e quando chegou a polícia e perguntou onde arranjou o porco, respondeu: ‘eu, um bicho, não é nada comigo’. Assim é Sócrates que leva um porco às costas e diz que não sabe como é que o bicho foi lá parar», contou, com ironia.

Jerónimo de Sousa acusou Sócrates de ter governado «ao lado dos grandes grupos financeiros», uma «acusação» que disse estar «provada» com o facto de as 100 famílias mais poderosas terem visto aumentar em 41 por cento os seus rendimentos.

«A crise é apenas para a maioria, enquanto um conjunto de nababos nunca ganharam tanto», acrescentou.

O líder comunista deixou um desafio ao primeiro-ministro, para que «acerte a cara com a careta», não levando por diante as alterações ao Código do Trabalho.

Lembrando as propostas nesta matéria quando o PS era oposição, Jerónimo de Sousa afirmou que se vai assistir ainda à ironia de o PCP agarrar nas propostas socialistas «e ainda vamos ver o PS a votar contra as suas próprias propostas».

Acusando o Governo socialista de se ter «ajoelhado» perante o grande patronato «quando nem a direita cedeu», o secretário-geral do PCP disse que os comunistas não podem perdoar o PS precisamente porque foi o partido que depois do 25 de Abril de 1974 ajudou a reconhecer os direitos dos trabalhadores.

Prosseguindo na campanha «É tempo de lutar, é tempo de mudar», que o leva ainda hoje a acções de rua na Chamusca e Abrantes, Jerónimo de Sousa reafirmou a convicção de que só a luta organizada pode conseguir a ruptura com as actuais políticas.

Jerónimo de Sousa criticou as forças que «trabalham à peça, de forma pontual», sublinhando que a convergência com o PCP só se fará com quem assumir «uma ruptura com esta política de direita e não andar a dar uns toques aqui e ali».

Questionado sobre se este era um convite ao Bloco de Esquerda, o líder comunista disse não querer «pôr o carro à frente dos bois», afirmando que, antes de tudo, é preciso «uma definição da ruptura com esta política».

Frisando que há um caminho «ainda por construir», mesmo em relação ao BE, Jerónimo de Sousa considerou fundamentais para a construção da alternativa as forças sociais, «cuja luta atingiu níveis espantosos» no país. Lusa/SOL

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