Faccioso e Radical - Livre

27-10-2008
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O Gavião dos mares,e os escuteiros na acção política.Conceber-se, a partir da modernidade social, que a determinação do academismo de protesto possa gerar um conceito positivo de liberdade apoiado na geometria variável do universalismo nacional, parece ser uma boa ideia.É uma forma de olhar o Mundo que, além dos benefícios que a todos calham da leitura doutrinal, oferece a vantagem ao emissor de poder difundi-la de longe, do aconchego da lareira, enquanto espalha o pensamento até ao ponto em que o celeste se funde com o mar num amalgamado sonho, inteiramente azul.Equivale esta ideia às reportagens da National Geographic, pois também assim se satisfaz o gosto de conviver com tubarões sem ter que prescindir dos predicados da jaula de aço carbono, que facilitam a filosofia no verbo poupando o sujeito a mastigações antipáticas.Assim, pode um homem ir chateando os bichanos, sem ter que lhes provar a aspereza do serrote.É confortável, é seguro e é higiénico.É a mesma distância que vai do aventureiro que entra na selva apenas com a vontade em achar novos lugares, ao escuteiro que, percorrendo também aventuras, sabe de antemão que no fim do bosque, do outro lado da rua, terá à sua espera o jantar quentinho, o beijo da Mãe e o conforto do lençol onde irá adormecer todos os sonhos azuis de filosofias desconstrutivas.Naturalmente, eventuais recomendações que os amigos pudessem oferecer ao primeiro, ofenderiam o segundo.Este, mete-se a caminho armado do seu exclusivo canivete suíço, que opõe a cada aresta da vida, a adequada ferramenta ideológica.Lupa para ver a natureza de cada questão, chave de parafusos para desconstruir problemas, lâmina para dissecar conceitos, lima para arredondar teorias, tesoura para aparar bicos sociológicos, pinça para apanhar no que resta apenas o purismo essencial, e, desdobrado o canivete em inesperada mesa de campanha, permite ainda congregar tertúlias onde se debatam ideias e congeminem conceitos contrários, contraditórios e sempre alternativos, entre duas bicadas em pastelinhos de massa tenra "Baden" e três absorvências de refrescantes sumos de frutas "Powell", sempre de costas voltadas para as Mecas e com o olhar na passarada.Aqui, aprecia-se a indiscutível erudição e respeita-se absolutamente o valor da inteligência.Mas teme-se que ao gavião possa cair a pena, pois ninguém deseja ver aquilo que é um valor McGyver, ceder lugar ao ritmo de um escuteiro mirim.


O Gavião dos mares,e os escuteiros na acção política.Conceber-se, a partir da modernidade social, que a determinação do academismo de protesto possa gerar um conceito positivo de liberdade apoiado na geometria variável do universalismo nacional, parece ser uma boa ideia.É uma forma de olhar o Mundo que, além dos benefícios que a todos calham da leitura doutrinal, oferece a vantagem ao emissor de poder difundi-la de longe, do aconchego da lareira, enquanto espalha o pensamento até ao ponto em que o celeste se funde com o mar num amalgamado sonho, inteiramente azul.Equivale esta ideia às reportagens da National Geographic, pois também assim se satisfaz o gosto de conviver com tubarões sem ter que prescindir dos predicados da jaula de aço carbono, que facilitam a filosofia no verbo poupando o sujeito a mastigações antipáticas.Assim, pode um homem ir chateando os bichanos, sem ter que lhes provar a aspereza do serrote.É confortável, é seguro e é higiénico.É a mesma distância que vai do aventureiro que entra na selva apenas com a vontade em achar novos lugares, ao escuteiro que, percorrendo também aventuras, sabe de antemão que no fim do bosque, do outro lado da rua, terá à sua espera o jantar quentinho, o beijo da Mãe e o conforto do lençol onde irá adormecer todos os sonhos azuis de filosofias desconstrutivas.Naturalmente, eventuais recomendações que os amigos pudessem oferecer ao primeiro, ofenderiam o segundo.Este, mete-se a caminho armado do seu exclusivo canivete suíço, que opõe a cada aresta da vida, a adequada ferramenta ideológica.Lupa para ver a natureza de cada questão, chave de parafusos para desconstruir problemas, lâmina para dissecar conceitos, lima para arredondar teorias, tesoura para aparar bicos sociológicos, pinça para apanhar no que resta apenas o purismo essencial, e, desdobrado o canivete em inesperada mesa de campanha, permite ainda congregar tertúlias onde se debatam ideias e congeminem conceitos contrários, contraditórios e sempre alternativos, entre duas bicadas em pastelinhos de massa tenra "Baden" e três absorvências de refrescantes sumos de frutas "Powell", sempre de costas voltadas para as Mecas e com o olhar na passarada.Aqui, aprecia-se a indiscutível erudição e respeita-se absolutamente o valor da inteligência.Mas teme-se que ao gavião possa cair a pena, pois ninguém deseja ver aquilo que é um valor McGyver, ceder lugar ao ritmo de um escuteiro mirim.

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