Expresso: Franceses mostram 'cartão amarelo' a Sarkozy

16-03-2008
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Diversos candidatos portugueses ou de origem portuguesa foram ou serão eleitos autarcas nas eleições municipais francesas, cuja primeira volta decorreu no domingo, 9 de Março, e se traduziu por uma derrota do partido do Presidente, Nicolas Sarkozy. O chefe do Estado francês sofreu um claro desaire eleitoral, apenas dez meses depois da sua chegada à Presidência. Segundo as projecções da noite de domingo, a oposição socialista alcançou 47,5% dos votos, contra 40% para a União para um Movimento Popular (UMP), o partido de direita de Sarkozy.

Em Paris, o luso-descendente Hermano Sanches Ruivo, candidato no bairro de Montparnasse pela lista socialista do "maire" Bertrand Delanoë, estava confiante na noite de domingo e deverá ser eleito sem dificuldades na segunda volta, no próximo domingo. A lista socialista, onde figura em quinto lugar, alcançou mais de 44% dos votos, deixando a grande distância - mais de 20 pontos - os principais adversários. Logicamente, Hermano Ruivo, de 41 anos, deverá ser, a partir do próximo domingo, o primeiro autarca português eleito para o executivo central da capital francesa.

Também Alda Pereira-Lemaitre, de 43 anos, cabeça-de-lista do Partido Socialista em Noisy-le-Sec, cidade com 48 mil habitantes da região parisiense, deverá ser eleita Presidente da Câmara no próximo domingo. As projecções apontavam para uma vitória da franco-portuguesa com cerca de 50% logo na primeira volta.

Em Aulnay-sous-Bois, igualmente na região parisiense, a lista UMP do franco-português Paulo Marques, de 39 anos, alcançou 47% dos votos. Mas os socialistas constituíam uma ameaça para a segunda volta com cerca de 44%. "Vamos ter de trabalhar muito esta semana para conseguirmos ganhar no domingo!", confessou Paulo Marques ao Expresso.

Em toda a França, deverão ser eleitos algumas centenas de luso-descendentes nestas eleições autárquicas. Mais de mil luso-descendentes concorreram às municipais francesas em listas de todas as cores políticas francesas.

A direita apelou à mobilização do seu eleitorado para tentar limitar a derrota na segunda volta. Logo a seguir à divulgação dos primeiros resultados, verificaram-se em todo o país as habituais negociações entre as diversas listas para as desistências na segunda volta.

A esquerda conquistou logo no domingo - por ter alcançado mais de 50% dos votos na primeira volta - algumas das mais importantes cidades francesas, como Lyon e Rouen, e está com boas perspectivas para vencer dentro de oito dias em Paris, Estrasburgo e Lille. Em Marselha e Toulouse, duas grandes cidades dirigidas historicamente pela direita, verificam-se duelos cerrados entre a esquerda e a direita e a campanha para a segunda volta será decisiva.

Na noite da primeira volta, o primeiro-ministro, François Fillon, tentou relativizar a derrota da direita, insistindo no "carácter local" do escrutínio. François Hollande, líder do PS, disse que os eleitores enviaram "um aviso" ao Presidente Sarkozy e que os resultados deveriam ter "uma leitura" nacional. Este, contrariamente ao seu estilo, não reagiu aos resultados eleitorais, que lhe são claramente desfavoráveis

Diversos candidatos portugueses ou de origem portuguesa foram ou serão eleitos autarcas nas eleições municipais francesas, cuja primeira volta decorreu no domingo, 9 de Março, e se traduziu por uma derrota do partido do Presidente, Nicolas Sarkozy. O chefe do Estado francês sofreu um claro desaire eleitoral, apenas dez meses depois da sua chegada à Presidência. Segundo as projecções da noite de domingo, a oposição socialista alcançou 47,5% dos votos, contra 40% para a União para um Movimento Popular (UMP), o partido de direita de Sarkozy.

Em Paris, o luso-descendente Hermano Sanches Ruivo, candidato no bairro de Montparnasse pela lista socialista do "maire" Bertrand Delanoë, estava confiante na noite de domingo e deverá ser eleito sem dificuldades na segunda volta, no próximo domingo. A lista socialista, onde figura em quinto lugar, alcançou mais de 44% dos votos, deixando a grande distância - mais de 20 pontos - os principais adversários. Logicamente, Hermano Ruivo, de 41 anos, deverá ser, a partir do próximo domingo, o primeiro autarca português eleito para o executivo central da capital francesa.

Também Alda Pereira-Lemaitre, de 43 anos, cabeça-de-lista do Partido Socialista em Noisy-le-Sec, cidade com 48 mil habitantes da região parisiense, deverá ser eleita Presidente da Câmara no próximo domingo. As projecções apontavam para uma vitória da franco-portuguesa com cerca de 50% logo na primeira volta.

Em Aulnay-sous-Bois, igualmente na região parisiense, a lista UMP do franco-português Paulo Marques, de 39 anos, alcançou 47% dos votos. Mas os socialistas constituíam uma ameaça para a segunda volta com cerca de 44%. "Vamos ter de trabalhar muito esta semana para conseguirmos ganhar no domingo!", confessou Paulo Marques ao Expresso.

Em toda a França, deverão ser eleitos algumas centenas de luso-descendentes nestas eleições autárquicas. Mais de mil luso-descendentes concorreram às municipais francesas em listas de todas as cores políticas francesas.

A direita apelou à mobilização do seu eleitorado para tentar limitar a derrota na segunda volta. Logo a seguir à divulgação dos primeiros resultados, verificaram-se em todo o país as habituais negociações entre as diversas listas para as desistências na segunda volta.

A esquerda conquistou logo no domingo - por ter alcançado mais de 50% dos votos na primeira volta - algumas das mais importantes cidades francesas, como Lyon e Rouen, e está com boas perspectivas para vencer dentro de oito dias em Paris, Estrasburgo e Lille. Em Marselha e Toulouse, duas grandes cidades dirigidas historicamente pela direita, verificam-se duelos cerrados entre a esquerda e a direita e a campanha para a segunda volta será decisiva.

Na noite da primeira volta, o primeiro-ministro, François Fillon, tentou relativizar a derrota da direita, insistindo no "carácter local" do escrutínio. François Hollande, líder do PS, disse que os eleitores enviaram "um aviso" ao Presidente Sarkozy e que os resultados deveriam ter "uma leitura" nacional. Este, contrariamente ao seu estilo, não reagiu aos resultados eleitorais, que lhe são claramente desfavoráveis

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