Manifestos: janeiro 2005 Archives

11-06-2010
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Primavera Penteava com a mesma escova o meu cabelo, loirinho, novo, com os caracóis, ondas do sol, cheirando a champô, também igual ao da minha irmã, que tem alguns anos de diferença, mas não fazia mal, pelo menos neste assunto de cabelo. Estávamos na sala, com a janela aberta, um sol radioso de primavera, logo depois de almoço que era mais ou menos quando a minha mãe acordava para fazer o nosso, e voltava para a cama, descansar mais um pouco de toda uma noite de trabalho, mas hoje tinha sido diferente, tinha ficado mais um pouco depois da sobremesa, não apenas para nos fazer simples companhia, aliás, estava eu a começar a perceber o mundo, ficando os momentos mais marcantes já gravados na memória, com aquela aparência de muito distantes, recordações baças mas fortes, a minha irmã mal falava ainda, não lhe fazendo grande confusão todo o hábito de apenas ver a mãe durante o almoço e antes do jantar, desta para lhe dar um beijo de despedida para no próximo dia continuar a haver almoço, estava mais habituada à avó, com a qual ia passando os dias. Mas tudo isso era diferente hoje, na banheira, que ainda estava na sala, via na água agora já fria, era uma de plástico, de bebé, que a mãe ainda usava, principalmente quando o tempo começava a aquecer, as bolhas iam-se rebentando, uma a uma, por vezes juntando-se numa maior, para rebentar pouco depois, enquanto sentia as mãos dela na minha cabeça, a pentear-me, como se fosse a primeira vez, pois não me recordava da última vez que senti o seu toque na minha nuca, estava feliz, sentia dentro de mim um volume para além dos que sentia todos os almoços, este não era no estômago, era no coração, sentia-me cheio com todos aqueles gestos que me iam enchendo de algo mais que o amor do beijo da despedida, aquele da noite depois do jantar, que a minha avó fazia também com todo o carinho. Era a vez da minha irmã, sai com um pequeno pulo do colo da minha mãe para lhe dar lugar, já estava vestido, assim como ela, faltava só mesmo o cabelo para terminar. Têm o cabelo ainda mais loiro que o meu, com os mesmos caracóis, que o sol realçava e o desenho da camomila no champô faz relembrar, fazia pequenas caretas de dor quando a escova encontrava algum nó mais resistente, mas as mãos da mãe depressa a acalmavam, devia ser quando tocava na nuca, só podia, ele é minha irmã.

Estávamos prontos, lavadinhos, cheirosos, radiantes de fazer inveja ao sol que ia entrando, corríamos em pequenos círculos à volta da banheira, como que um ritual de transpiração para repor no nosso corpo, e a mãe olhava, com aquele sorriso, aquele que não se descreve, que entra pelo nosso olhar, o meu e o da minha irmã, porque só nós é que o percebemos, porque nós é que somos irmãos, ela estava feliz, eu sentia-o, e perguntei:

-Mãe? - com aquela voz ainda de criança.

-Diz filho – respondeu ela prontamente, embora com a voz ainda meio rouca do sono, mas tão maternal como sempre.

-Aonde vamos? – com toda a curiosidade e sem fazer ideia.

-A lado nenhum amor. Porquê? – disse com naturalidade.

-Então porque é que nos vestiste assim? – disse eu já a preparar a próxima pergunta.

-Então agora não posso ter os meus filhos bonitos quando quero? - disse com aquele tom de brincadeira.

-É para o pai ver? – pesou o silencio - Ele lá no céu, onde a avó diz que está, consegue ver tudo não consegue mamã? – disse eu misturando um ar pesado na inocência da minha pergunta.

-Sim filho, o pai vê tudo. – disse só com o ar pesado – Ele está sempre a ver-vos.

Fez o máximo para disfarçar, mas eu sei que sim, agora eu compreendo que matei aquela tarde, afinal ainda tinha partido à pouco tempo. Afinal éramos só umas crianças.

Comentários: (2) Posted by nunogoncalopaixao at 02:52 AM

A nave É inevitável não começar a pensar, nesta escuridão em que tudo o que existe está tão longe, o ambiente assim o exige, são demasiados os tempos mortos a não ajudar, penso nos teus primeiros tempos, na energia do carvão, e fazer amor, penso com cada parte do meu ser, sinto o que estou a pensar, converso comigo, outras vezes falo sozinho, de vez quando, só mesmo as vezes estou calado, não falo comigo não por estar zangado, apenas estou a olhar. Quem me pôs aqui em cima, foram os físicos, os químicos, a matemática que tão curiosa sempre foi, é sempre tudo tão fascinante, tão interessante, gosto de aprender ate ao ponto de não conseguir compreender e refugiar-me na minha simplicidade, na minha simetria de acontecimentos sem destino prévio, no acaso que fomos fazendo acontecer, penso nesses homens e mulheres, o importante que eles são, os biólogos, os médicos de todas as classes, os políticos, tantos e tantos que tudo dão por nós, que se sacrificam a eles próprios para pudermos subir mais alto, cada vez mais alto, e os que vem atrás, a subir cada vez mais o chão, para a queda não seja tão alta, e se caímos, só o sabor da terra entre os dentes nos sabe dar aquela força de subir ainda mais alto, são tão importantes essas pessoas, já me salvaram tanta vez. São tão importantes essas pessoas, penso na música, no mundo cada vez mais para trás, nas luas que fui vendo, tudo que outras pessoas já viram, já pensaram, são estas as pessoas que fazem o mundo andar para a frente, fazem a humanidade mais alta, são as pernas fortes de quem não quer cair. E o resto? As outras pessoas especiais o que são? Qual é a diferença de uma lágrima num tubo de ensaio, com a sua fórmula química rabiscada ao lado, com a de uma pintada numa tela, qual a diferença de uma batalha, tão bem documentada num livro de historia, com a sinfonia que ela inspirou? Qual é a sensação forte que uma estátua, fria da pedra, que uma parede não consegue dar? Onde melhor se vê o vazio da alma que não nas caras dos presos nos campos de concentração, nas contas? Nas fórmulas? Eles são especiais, isso são, eles são importantes. Também são, são eles que me propulsionam estar onde estou, mas quem enche a alma, quem não deixa escapar o nosso interior, são os artistas, os especiais, porque poucos têm o dom de com todo o mérito representar o que o Homem é por dentro.

Porque nunca ouvi melhor ódio que numa musica, nunca vi maior saudade que numa tela, nunca senti maior amor que num gesto. É disso que eu sou feito, é sobre isso que eu vivo, é disso que eu penso.

Comentários: (2) Posted by nunogoncalopaixao at 01:39 AM

Domingo à tarde Não podes mexer no meu cabelo Eu não uso Panasoni!!! Comentários: (2) Posted by nunogoncalopaixao at 12:28 AM

Xisto da morte “Ping ping, não é bem igual ao som da água ping, ping faz repetidamente, cada vez mais devagar ping ping vai escorrendo o sangue que sai da face, percorre o cabelo, trata cada fio por igual, até se mandar contra o solo numa queda sem sentido, ping ping vai desaparecendo.

-Está na hora de bazar!!! Desta merda de assalto!!! Quero todos de mãos no ar!!! Nem um gesto!!! -respiro- Vamos embora caralho!!!

-E saímos daqui sem foder!?!

-Cala-te homem do caralho!!! Traz esse fio que e meu!!!

Curto agora a recordação, nunca me soube tão bem sentir o sangue quente na cara, esburrifado da pancada, vinha com o reflexo dos olhos, pelos quais a vida fugiu, lentamente sem deixar falar a mulher a quem pertenceu. O pouco do crânio que saio, ficou preso na mala, vou guardar como recordação, nem merece a pena lavar.

Tens aí o piano? Toca qualquer coisa para eu ouvir.”

Foi com estas palavras que nos deixou, caindo fulminado pouco depois, e assim morreu o maior cabrão que conheci até agora.

Comentários: (2) Posted by nunogoncalopaixao at 01:44 AM

Abaixo assinado Na era actual qualquer bom economista traz na carteira uma calculadora. Há dias Jose Socrates tentou armar-se em economista e prome-teu... tirar da pobreza 1 em cada 5 portugueses. Giro que diz disponibilizar só 200 milhoes de euros para tao ardua tarefa. O facto é que a intençao é boa , a INTENÇAO... 200 milhoes , nao chegam nem só para um mes , dos aumentos prometidos. Deveria ele levar a calculadora ao mecanico? Ou deixar de fazer promessas em que so ele mesmo acredita? Há 3 meses chamava ha governaçao de trapalhadas . Agora nao apresenta alternativas , antes confirma pretender continuar com as mesmas. Para isso deixasse lá ficar quem lá estava e nao obrigasse o pais a mergulhar num pantano devido da demissao de um governo. Onde esta a sua diferença ? Quer sentar na cadeira do santana e continuar o trabalho que ele começou? Porque chamou-lhe de TRAPALHAO? Só porque sonhava em ser 1º ministro? Segundo as ultimas sondagens o Ps já será obrigado a fazer coligaçao pós-eleitoral com o PCP e BE. Sendo o PCP e o BE , os que permanecem com as convicçoes mais firmes junto do seu eleitorado , quem pensa Socrates que virá a ser o lider da coligaçao? Ou acredita ele que o PCP vai deixar o PS voltar a encerrar milhares de lares , como foi na era Guterrista? Socrates já terá esquecido as ameaças que as famacias faziam de boicote ao fornecimento de medicamentos , enquanto o governo Guterres nao pagasse as comparticipaçoes? Senhor Socrates , Tem algum plano de construçao de maternidades para as listas de espera das futuras gravidas para fazer aborto? Ou pensa que o BE , perdoa? Considera esse o melhor contraceptivo? Esperamos por um plano para o pais, pois se voce apenas quer ser gestor dos programas deixados pelo PSD , que fará voce quando estes estiverem concluidos? Por favor nao minta tao descaradamente , senao a esquerda em Portugal perde , pois todos sabem que com ou sem o seu governo , Bruxelas ja aprovou verbas para a construçao do TGV. Uma pergunta os eleitores fazem ao sr Socrates neste momento. - Porque chamou de trapalhadas , as iniciativas que agora o sr pretende continuar? Afinal quem era ou quem é o Trapalhao? Acha bem prometer desenvolvimento economico , sabendo que os investidores e o empresariado em geral nao o querem no governo? Recorda as 200 mil empresas falidas no ultimo ano do seu mandato com Guterres? Nao ve os empresarios portugueses todos a fugir para a China , desde que o governo foi dissolvido? Pensa que eles já esqueceram as reformas fiscais do Pina Moura? E os beneficios fiscais que tao grande trapalhada eram na sua boca , porque nao os restitui? Nao conte com coligaçoes enquanto nao se explicar. E se calhar , senao explica a tempo , nem será necessario pensar nelas. Por isso que nao quer aparecer sozinho na televisao frente ao PSd/PP , tem medo de os enfrentar. Mas Socrates acha que o PCP e o BE sao porta voz do PS ou vao fazer campanha por ele? Comentários: (2) Posted by nunogoncalopaixao at 12:00 AM

Sá Cinco noites, cinco canções.

A história está onde os corações a quiserem ver. Comentários: (25) Posted by nunogoncalopaixao at 01:09 AM

Demónios interiores Sentei à minha mesa

os meus demónios interiores

falei-lhes com franqueza

dos meus piores temores tratei-os com carinho

pus jarra de flores

abri o melhor vinho

trouxe amêndoas e licores chamei-os pelo nome

quebrei a etiqueta

matei-lhes a sede e a fome

dei-lhes cabo da dieta conheci bem cada um

pus de lado toda a farsa

abri a minha alma

como se fosse um comparsa E no fim, já bem bebidos

demos abraços fraternos

saíram de mansinho

aos primeiros alvores

de copos bem erguidos

brindámos aos infernos

fizeram-se ao caminho

sem mágoas nem rancores Adeus, foi um prazer!

disseram a cantar

mantém a mesa posta

porque havemos de voltar (Carlos Tê / Jorge Palma)

Comentários: (2) Posted by nunogoncalopaixao at 12:40 AM

LISBOA Lisboa, Cais do Sodré:

Quando chega a noite

Com suas caras fugidias,

Olhos dilatados pelo assombro

Deixamos que a cidade nos invada,

Fantasma a embriagar-nos de luz e côr

Num sonho de mil e uma fantasias,

O desejo cruzando os neons

Em projecções plásticas... O dealer roubou-me,

Levou-me a alma!

Rai's parta o dealer! E se depois, ao acordarmos,

Acaso reparamos na escuridão que nos cerca,

No leve restolhar que vem do lúgubre canto,

Somos tomados por uma enorme letargia

Que nos deixa permeáveis

Ao frio da madrugada.

É então que as ratazanas,

Abandonando as trevas,

Ficam estáticas, silenciosas,

A verem-nos ir, equilibrando o passo,

Por entre as sombras e o lixo... O dealer roubou-me,

Levou-me a alma!

Rai's parta o dealer! Táxi!

Casal Ventoso, se faz favor! [Adolfo Luxúria Canibal / Carlos Fortes] Comentários: (3) Posted by nunogoncalopaixao at 12:00 AM

ANARQUISTA DUVAL Pela estrada fora vinha um homem

Encoberto pelas sombras da noite

Alguém lhe perguntou o nome

«Sou uma miragem, Dizem que semeio o caos e a destruição

Como o vento semeia as papoilas

O meu nome é... Liberdade» Vinha pela estrada fora a Liberdade

Encoberta pela noite das sombras

«Sabes quem eu sou?» perguntou ao candeeiro

«És uma miragem

E pertences ao livro dos sublinhados provocadores

Que são os poetas

Almas sonhadoras» «Anarquista Duval:

Prendo-te em nome da lei!»

«E eu suprimo-te em nome da Liberdade!!» Sublinhados provocadores iam pela estrada fora

Carregando o livro das sombras

Da noite só restava o candeeiro

Encoberto [Adolfo Luxúria Canibal / Carlos Fortes - Zé dos Eclipses]

Comentários: (2) Posted by nunogoncalopaixao at 12:00 AM

CARÍCIAS MALÍCIAS Que saudades eu tenho

De tuas carícias

Malícias

Delícias

Tuas mãos

Navegando meus caracóis

Loiros de mil sóis

Tua língua

Lambusando minha boca

Louca

Pouca

Teu corpo

Meu corpo

Aparta-os um comboio

Infernal

Maquinal

Sempre igual

Viagem dantesca por subúrbios

Carregados de distúrbios

Morte grotesca

De toda a volição

Emoção

Paixão

Teu querer

Meu querer

Sonho alucinado

Com um cataclismo

Malabarismo

Autoclismo

Capaz de destruir toda a distância

Quanta ânsia

O definitivo emergir de nossos desejos

Ensejos

Gracejos

Teu sentir

Meu sentir Aparta-os um comboio

Infernal

Maquinal

Sempre igual

Tuas mãos

Navegando meus caracóis

Loiros de mil sóis

Tua língua

Lambuzando minha boca

Louca

Pouca

Teu corpo

Meu corpo Comentários: (2) Posted by nunogoncalopaixao at 12:00 AM

MÃE Mãe Mãe tenho ciúmes do pai

Mãe Mãe quando se deita contigo Mãe

E te chupa nas tetas

E te esborracha os seios

E se monta em ti

E se vem depois Mãe Mãe Mãe eu não suporto o pai

Mãe Mãe eu vou dar cabo do pai

Quando ele diz Mãe

Gosta de mim Mãe

Quando ele diz Mãe

Gosta de ti Mãe

Quando ele diz Mãe

Que nos ama aos dois Mãe

E depois bate sem fim Eu vim cá pra fora

Toda a gente chora

Toda a gente berra

Foste tu Foste tu

Foste tu Foste tu Mãe Mãe eu já matei o pai

Mãe Mãe foi uma morte sem dor

Agora sou só eu Mãe

Agora és só tu Mãe

Agora somos só dois

E depois E depois Mãe Mãe morreste também

Mãe Mãe traíste-me assim

Agora sou só eu Mãe

Eu provoquei o fim Mãe

Agora sou só eu Mãe

Eu provoquei o fim Mãe

Agora sou só eu Mãe

Eu provoquei o fim Mãe

Agora sou só eu Mãe Mãe Mãe Mãe Eu vim cá pra fora

Toda a gente chora (Tim/Xutos&Pontapes)

Comentários: (2) Posted by nunogoncalopaixao at 12:00 AM

Basta Pum Basta Uma geração, que consente deixar-se representar por o bloco de esquerda é uma geração que nunca o foi! E um coio d´indigentes, d´indignos e de cegos! É uma resma de charlatães e de vendidos, e só pode parir abaixo de zero!

Abaixo a geração!

Morra o bloco de esquerda, morra! Pim!

Uma geração com um bloco de esquerda a representa-los a cavalo, é um burro impotente!

Uma geração com o bloco de esquerda à proa é uma canoa em seco!

O bloco de esquerda é um partido de putas!

O bloco de esquerda é um partido de putas e paneleiros!

Os dirigentes do bloco de esquerda saberão sintaxe, saberão medicina, saberão fazer ceias para eles próprios, saberão tudo menos politica, que é a única coisa que fazem!

O bloco de esquerda pesca tanto de politica que até fazem programas de estado com politicas norte-americanas.

O Miguel portas é um habilidoso!

O Francisco Louçã veste-se mal!

O João Teixeira Lopes usa ceroulas de malha!

O Luís Fazenda especula e inocula os concubinos!

O Louçã é Louçã!

Morra o bloco de esquerda, morra! Pim!

O Miguel Portas teve claque! E o portas teve palmas! E o Portas agradeceu!

O Louçã é um ciganão!

Não é preciso ir para o bloco de esquerda para se ser panasca, basta ser panasca.

Não é preciso mascarar-se para se ser travesti, basta ser Louçã! Basta não ter escrúpulos nem moral, nem artísticos, nem humanos! Basta andar com as modas, com as politicas com as opiniões! Basta usar o tal sorrisinho basta ser muito apanascado! Basta ser judas basta ser o Louçã!

Morra o bloco de esquerda, morra! Pim!

O bloco de esquerda nasceu para provar que nem todos os que fazem politica a sabem fazer.

O bloco de esquerda é um barco que deita para fora o que a gente já sabe que vai sair, mas é preciso deitar dinheiro!

O bloco de esquerda é um crítico de merda!

O Louçã nu é horroroso!

O Louçã cheira mal da boca!

Morra o bloco de esquerda! Morra! Pim!

O Louçã é um escarneo da consciência! Se o Louçã é português, eu quero ser espanhol!

O Louçã é a vergonha da intelectualidade portuguesa! O Louçã é a meta da decadência mental!

E ainda há quem não core quando diz admirar o Louçã!

E ainda há quem lhe estenda a mão!

E quem lhe lave a roupa!

E quem tenha dó do Louçã!

E ainda há quem duvide que o Louçã não vale nada, e não sabe nada e que nem é inteligente nem decente, nem zero!

Vocês não sabem quem é o senhor Francisco Louçã! Eu vou lhes contar:

Comentários: (35) Posted by nunogoncalopaixao at 01:40 AM

Primavera Penteava com a mesma escova o meu cabelo, loirinho, novo, com os caracóis, ondas do sol, cheirando a champô, também igual ao da minha irmã, que tem alguns anos de diferença, mas não fazia mal, pelo menos neste assunto de cabelo. Estávamos na sala, com a janela aberta, um sol radioso de primavera, logo depois de almoço que era mais ou menos quando a minha mãe acordava para fazer o nosso, e voltava para a cama, descansar mais um pouco de toda uma noite de trabalho, mas hoje tinha sido diferente, tinha ficado mais um pouco depois da sobremesa, não apenas para nos fazer simples companhia, aliás, estava eu a começar a perceber o mundo, ficando os momentos mais marcantes já gravados na memória, com aquela aparência de muito distantes, recordações baças mas fortes, a minha irmã mal falava ainda, não lhe fazendo grande confusão todo o hábito de apenas ver a mãe durante o almoço e antes do jantar, desta para lhe dar um beijo de despedida para no próximo dia continuar a haver almoço, estava mais habituada à avó, com a qual ia passando os dias. Mas tudo isso era diferente hoje, na banheira, que ainda estava na sala, via na água agora já fria, era uma de plástico, de bebé, que a mãe ainda usava, principalmente quando o tempo começava a aquecer, as bolhas iam-se rebentando, uma a uma, por vezes juntando-se numa maior, para rebentar pouco depois, enquanto sentia as mãos dela na minha cabeça, a pentear-me, como se fosse a primeira vez, pois não me recordava da última vez que senti o seu toque na minha nuca, estava feliz, sentia dentro de mim um volume para além dos que sentia todos os almoços, este não era no estômago, era no coração, sentia-me cheio com todos aqueles gestos que me iam enchendo de algo mais que o amor do beijo da despedida, aquele da noite depois do jantar, que a minha avó fazia também com todo o carinho. Era a vez da minha irmã, sai com um pequeno pulo do colo da minha mãe para lhe dar lugar, já estava vestido, assim como ela, faltava só mesmo o cabelo para terminar. Têm o cabelo ainda mais loiro que o meu, com os mesmos caracóis, que o sol realçava e o desenho da camomila no champô faz relembrar, fazia pequenas caretas de dor quando a escova encontrava algum nó mais resistente, mas as mãos da mãe depressa a acalmavam, devia ser quando tocava na nuca, só podia, ele é minha irmã.

Estávamos prontos, lavadinhos, cheirosos, radiantes de fazer inveja ao sol que ia entrando, corríamos em pequenos círculos à volta da banheira, como que um ritual de transpiração para repor no nosso corpo, e a mãe olhava, com aquele sorriso, aquele que não se descreve, que entra pelo nosso olhar, o meu e o da minha irmã, porque só nós é que o percebemos, porque nós é que somos irmãos, ela estava feliz, eu sentia-o, e perguntei:

-Mãe? - com aquela voz ainda de criança.

-Diz filho – respondeu ela prontamente, embora com a voz ainda meio rouca do sono, mas tão maternal como sempre.

-Aonde vamos? – com toda a curiosidade e sem fazer ideia.

-A lado nenhum amor. Porquê? – disse com naturalidade.

-Então porque é que nos vestiste assim? – disse eu já a preparar a próxima pergunta.

-Então agora não posso ter os meus filhos bonitos quando quero? - disse com aquele tom de brincadeira.

-É para o pai ver? – pesou o silencio - Ele lá no céu, onde a avó diz que está, consegue ver tudo não consegue mamã? – disse eu misturando um ar pesado na inocência da minha pergunta.

-Sim filho, o pai vê tudo. – disse só com o ar pesado – Ele está sempre a ver-vos.

Fez o máximo para disfarçar, mas eu sei que sim, agora eu compreendo que matei aquela tarde, afinal ainda tinha partido à pouco tempo. Afinal éramos só umas crianças.

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A nave É inevitável não começar a pensar, nesta escuridão em que tudo o que existe está tão longe, o ambiente assim o exige, são demasiados os tempos mortos a não ajudar, penso nos teus primeiros tempos, na energia do carvão, e fazer amor, penso com cada parte do meu ser, sinto o que estou a pensar, converso comigo, outras vezes falo sozinho, de vez quando, só mesmo as vezes estou calado, não falo comigo não por estar zangado, apenas estou a olhar. Quem me pôs aqui em cima, foram os físicos, os químicos, a matemática que tão curiosa sempre foi, é sempre tudo tão fascinante, tão interessante, gosto de aprender ate ao ponto de não conseguir compreender e refugiar-me na minha simplicidade, na minha simetria de acontecimentos sem destino prévio, no acaso que fomos fazendo acontecer, penso nesses homens e mulheres, o importante que eles são, os biólogos, os médicos de todas as classes, os políticos, tantos e tantos que tudo dão por nós, que se sacrificam a eles próprios para pudermos subir mais alto, cada vez mais alto, e os que vem atrás, a subir cada vez mais o chão, para a queda não seja tão alta, e se caímos, só o sabor da terra entre os dentes nos sabe dar aquela força de subir ainda mais alto, são tão importantes essas pessoas, já me salvaram tanta vez. São tão importantes essas pessoas, penso na música, no mundo cada vez mais para trás, nas luas que fui vendo, tudo que outras pessoas já viram, já pensaram, são estas as pessoas que fazem o mundo andar para a frente, fazem a humanidade mais alta, são as pernas fortes de quem não quer cair. E o resto? As outras pessoas especiais o que são? Qual é a diferença de uma lágrima num tubo de ensaio, com a sua fórmula química rabiscada ao lado, com a de uma pintada numa tela, qual a diferença de uma batalha, tão bem documentada num livro de historia, com a sinfonia que ela inspirou? Qual é a sensação forte que uma estátua, fria da pedra, que uma parede não consegue dar? Onde melhor se vê o vazio da alma que não nas caras dos presos nos campos de concentração, nas contas? Nas fórmulas? Eles são especiais, isso são, eles são importantes. Também são, são eles que me propulsionam estar onde estou, mas quem enche a alma, quem não deixa escapar o nosso interior, são os artistas, os especiais, porque poucos têm o dom de com todo o mérito representar o que o Homem é por dentro.

Porque nunca ouvi melhor ódio que numa musica, nunca vi maior saudade que numa tela, nunca senti maior amor que num gesto. É disso que eu sou feito, é sobre isso que eu vivo, é disso que eu penso.

Comentários: (2) Posted by nunogoncalopaixao at 01:39 AM

Domingo à tarde Não podes mexer no meu cabelo Eu não uso Panasoni!!! Comentários: (2) Posted by nunogoncalopaixao at 12:28 AM

Xisto da morte “Ping ping, não é bem igual ao som da água ping, ping faz repetidamente, cada vez mais devagar ping ping vai escorrendo o sangue que sai da face, percorre o cabelo, trata cada fio por igual, até se mandar contra o solo numa queda sem sentido, ping ping vai desaparecendo.

-Está na hora de bazar!!! Desta merda de assalto!!! Quero todos de mãos no ar!!! Nem um gesto!!! -respiro- Vamos embora caralho!!!

-E saímos daqui sem foder!?!

-Cala-te homem do caralho!!! Traz esse fio que e meu!!!

Curto agora a recordação, nunca me soube tão bem sentir o sangue quente na cara, esburrifado da pancada, vinha com o reflexo dos olhos, pelos quais a vida fugiu, lentamente sem deixar falar a mulher a quem pertenceu. O pouco do crânio que saio, ficou preso na mala, vou guardar como recordação, nem merece a pena lavar.

Tens aí o piano? Toca qualquer coisa para eu ouvir.”

Foi com estas palavras que nos deixou, caindo fulminado pouco depois, e assim morreu o maior cabrão que conheci até agora.

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Abaixo assinado Na era actual qualquer bom economista traz na carteira uma calculadora. Há dias Jose Socrates tentou armar-se em economista e prome-teu... tirar da pobreza 1 em cada 5 portugueses. Giro que diz disponibilizar só 200 milhoes de euros para tao ardua tarefa. O facto é que a intençao é boa , a INTENÇAO... 200 milhoes , nao chegam nem só para um mes , dos aumentos prometidos. Deveria ele levar a calculadora ao mecanico? Ou deixar de fazer promessas em que so ele mesmo acredita? Há 3 meses chamava ha governaçao de trapalhadas . Agora nao apresenta alternativas , antes confirma pretender continuar com as mesmas. Para isso deixasse lá ficar quem lá estava e nao obrigasse o pais a mergulhar num pantano devido da demissao de um governo. Onde esta a sua diferença ? Quer sentar na cadeira do santana e continuar o trabalho que ele começou? Porque chamou-lhe de TRAPALHAO? Só porque sonhava em ser 1º ministro? Segundo as ultimas sondagens o Ps já será obrigado a fazer coligaçao pós-eleitoral com o PCP e BE. Sendo o PCP e o BE , os que permanecem com as convicçoes mais firmes junto do seu eleitorado , quem pensa Socrates que virá a ser o lider da coligaçao? Ou acredita ele que o PCP vai deixar o PS voltar a encerrar milhares de lares , como foi na era Guterrista? Socrates já terá esquecido as ameaças que as famacias faziam de boicote ao fornecimento de medicamentos , enquanto o governo Guterres nao pagasse as comparticipaçoes? Senhor Socrates , Tem algum plano de construçao de maternidades para as listas de espera das futuras gravidas para fazer aborto? Ou pensa que o BE , perdoa? Considera esse o melhor contraceptivo? Esperamos por um plano para o pais, pois se voce apenas quer ser gestor dos programas deixados pelo PSD , que fará voce quando estes estiverem concluidos? Por favor nao minta tao descaradamente , senao a esquerda em Portugal perde , pois todos sabem que com ou sem o seu governo , Bruxelas ja aprovou verbas para a construçao do TGV. Uma pergunta os eleitores fazem ao sr Socrates neste momento. - Porque chamou de trapalhadas , as iniciativas que agora o sr pretende continuar? Afinal quem era ou quem é o Trapalhao? Acha bem prometer desenvolvimento economico , sabendo que os investidores e o empresariado em geral nao o querem no governo? Recorda as 200 mil empresas falidas no ultimo ano do seu mandato com Guterres? Nao ve os empresarios portugueses todos a fugir para a China , desde que o governo foi dissolvido? Pensa que eles já esqueceram as reformas fiscais do Pina Moura? E os beneficios fiscais que tao grande trapalhada eram na sua boca , porque nao os restitui? Nao conte com coligaçoes enquanto nao se explicar. E se calhar , senao explica a tempo , nem será necessario pensar nelas. Por isso que nao quer aparecer sozinho na televisao frente ao PSd/PP , tem medo de os enfrentar. Mas Socrates acha que o PCP e o BE sao porta voz do PS ou vao fazer campanha por ele? Comentários: (2) Posted by nunogoncalopaixao at 12:00 AM

Sá Cinco noites, cinco canções.

A história está onde os corações a quiserem ver. Comentários: (25) Posted by nunogoncalopaixao at 01:09 AM

Demónios interiores Sentei à minha mesa

os meus demónios interiores

falei-lhes com franqueza

dos meus piores temores tratei-os com carinho

pus jarra de flores

abri o melhor vinho

trouxe amêndoas e licores chamei-os pelo nome

quebrei a etiqueta

matei-lhes a sede e a fome

dei-lhes cabo da dieta conheci bem cada um

pus de lado toda a farsa

abri a minha alma

como se fosse um comparsa E no fim, já bem bebidos

demos abraços fraternos

saíram de mansinho

aos primeiros alvores

de copos bem erguidos

brindámos aos infernos

fizeram-se ao caminho

sem mágoas nem rancores Adeus, foi um prazer!

disseram a cantar

mantém a mesa posta

porque havemos de voltar (Carlos Tê / Jorge Palma)

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LISBOA Lisboa, Cais do Sodré:

Quando chega a noite

Com suas caras fugidias,

Olhos dilatados pelo assombro

Deixamos que a cidade nos invada,

Fantasma a embriagar-nos de luz e côr

Num sonho de mil e uma fantasias,

O desejo cruzando os neons

Em projecções plásticas... O dealer roubou-me,

Levou-me a alma!

Rai's parta o dealer! E se depois, ao acordarmos,

Acaso reparamos na escuridão que nos cerca,

No leve restolhar que vem do lúgubre canto,

Somos tomados por uma enorme letargia

Que nos deixa permeáveis

Ao frio da madrugada.

É então que as ratazanas,

Abandonando as trevas,

Ficam estáticas, silenciosas,

A verem-nos ir, equilibrando o passo,

Por entre as sombras e o lixo... O dealer roubou-me,

Levou-me a alma!

Rai's parta o dealer! Táxi!

Casal Ventoso, se faz favor! [Adolfo Luxúria Canibal / Carlos Fortes] Comentários: (3) Posted by nunogoncalopaixao at 12:00 AM

ANARQUISTA DUVAL Pela estrada fora vinha um homem

Encoberto pelas sombras da noite

Alguém lhe perguntou o nome

«Sou uma miragem, Dizem que semeio o caos e a destruição

Como o vento semeia as papoilas

O meu nome é... Liberdade» Vinha pela estrada fora a Liberdade

Encoberta pela noite das sombras

«Sabes quem eu sou?» perguntou ao candeeiro

«És uma miragem

E pertences ao livro dos sublinhados provocadores

Que são os poetas

Almas sonhadoras» «Anarquista Duval:

Prendo-te em nome da lei!»

«E eu suprimo-te em nome da Liberdade!!» Sublinhados provocadores iam pela estrada fora

Carregando o livro das sombras

Da noite só restava o candeeiro

Encoberto [Adolfo Luxúria Canibal / Carlos Fortes - Zé dos Eclipses]

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CARÍCIAS MALÍCIAS Que saudades eu tenho

De tuas carícias

Malícias

Delícias

Tuas mãos

Navegando meus caracóis

Loiros de mil sóis

Tua língua

Lambusando minha boca

Louca

Pouca

Teu corpo

Meu corpo

Aparta-os um comboio

Infernal

Maquinal

Sempre igual

Viagem dantesca por subúrbios

Carregados de distúrbios

Morte grotesca

De toda a volição

Emoção

Paixão

Teu querer

Meu querer

Sonho alucinado

Com um cataclismo

Malabarismo

Autoclismo

Capaz de destruir toda a distância

Quanta ânsia

O definitivo emergir de nossos desejos

Ensejos

Gracejos

Teu sentir

Meu sentir Aparta-os um comboio

Infernal

Maquinal

Sempre igual

Tuas mãos

Navegando meus caracóis

Loiros de mil sóis

Tua língua

Lambuzando minha boca

Louca

Pouca

Teu corpo

Meu corpo Comentários: (2) Posted by nunogoncalopaixao at 12:00 AM

MÃE Mãe Mãe tenho ciúmes do pai

Mãe Mãe quando se deita contigo Mãe

E te chupa nas tetas

E te esborracha os seios

E se monta em ti

E se vem depois Mãe Mãe Mãe eu não suporto o pai

Mãe Mãe eu vou dar cabo do pai

Quando ele diz Mãe

Gosta de mim Mãe

Quando ele diz Mãe

Gosta de ti Mãe

Quando ele diz Mãe

Que nos ama aos dois Mãe

E depois bate sem fim Eu vim cá pra fora

Toda a gente chora

Toda a gente berra

Foste tu Foste tu

Foste tu Foste tu Mãe Mãe eu já matei o pai

Mãe Mãe foi uma morte sem dor

Agora sou só eu Mãe

Agora és só tu Mãe

Agora somos só dois

E depois E depois Mãe Mãe morreste também

Mãe Mãe traíste-me assim

Agora sou só eu Mãe

Eu provoquei o fim Mãe

Agora sou só eu Mãe

Eu provoquei o fim Mãe

Agora sou só eu Mãe

Eu provoquei o fim Mãe

Agora sou só eu Mãe Mãe Mãe Mãe Eu vim cá pra fora

Toda a gente chora (Tim/Xutos&Pontapes)

Comentários: (2) Posted by nunogoncalopaixao at 12:00 AM

Basta Pum Basta Uma geração, que consente deixar-se representar por o bloco de esquerda é uma geração que nunca o foi! E um coio d´indigentes, d´indignos e de cegos! É uma resma de charlatães e de vendidos, e só pode parir abaixo de zero!

Abaixo a geração!

Morra o bloco de esquerda, morra! Pim!

Uma geração com um bloco de esquerda a representa-los a cavalo, é um burro impotente!

Uma geração com o bloco de esquerda à proa é uma canoa em seco!

O bloco de esquerda é um partido de putas!

O bloco de esquerda é um partido de putas e paneleiros!

Os dirigentes do bloco de esquerda saberão sintaxe, saberão medicina, saberão fazer ceias para eles próprios, saberão tudo menos politica, que é a única coisa que fazem!

O bloco de esquerda pesca tanto de politica que até fazem programas de estado com politicas norte-americanas.

O Miguel portas é um habilidoso!

O Francisco Louçã veste-se mal!

O João Teixeira Lopes usa ceroulas de malha!

O Luís Fazenda especula e inocula os concubinos!

O Louçã é Louçã!

Morra o bloco de esquerda, morra! Pim!

O Miguel Portas teve claque! E o portas teve palmas! E o Portas agradeceu!

O Louçã é um ciganão!

Não é preciso ir para o bloco de esquerda para se ser panasca, basta ser panasca.

Não é preciso mascarar-se para se ser travesti, basta ser Louçã! Basta não ter escrúpulos nem moral, nem artísticos, nem humanos! Basta andar com as modas, com as politicas com as opiniões! Basta usar o tal sorrisinho basta ser muito apanascado! Basta ser judas basta ser o Louçã!

Morra o bloco de esquerda, morra! Pim!

O bloco de esquerda nasceu para provar que nem todos os que fazem politica a sabem fazer.

O bloco de esquerda é um barco que deita para fora o que a gente já sabe que vai sair, mas é preciso deitar dinheiro!

O bloco de esquerda é um crítico de merda!

O Louçã nu é horroroso!

O Louçã cheira mal da boca!

Morra o bloco de esquerda! Morra! Pim!

O Louçã é um escarneo da consciência! Se o Louçã é português, eu quero ser espanhol!

O Louçã é a vergonha da intelectualidade portuguesa! O Louçã é a meta da decadência mental!

E ainda há quem não core quando diz admirar o Louçã!

E ainda há quem lhe estenda a mão!

E quem lhe lave a roupa!

E quem tenha dó do Louçã!

E ainda há quem duvide que o Louçã não vale nada, e não sabe nada e que nem é inteligente nem decente, nem zero!

Vocês não sabem quem é o senhor Francisco Louçã! Eu vou lhes contar:

Comentários: (35) Posted by nunogoncalopaixao at 01:40 AM

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