CIDADANIA LX

05-08-2010
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Entrevista: José Sá Fernandes, Vereador do Ambiente de Lisboa 2008-08-18 00:05“Ainda há corrupção na Câmara de Lisboa” Diario EconómicoUm dia depois de regressar de férias, Sá Fernandes explicou ao Diário Económico que, apesar de o seu executivo ser de “um rigor absoluto”, tudo indica que ainda existe corrupção na maior autarquia do país.É mais fácil governar Lisboa sem um Sá Fernandes na oposição?Não, o que é mais fácil é não fazer as trapalhadas que se faziam no passado.Que tipo de trapalhadas?Trapalhadas como ilegalidades, corrupções, suspeições, etc. Isso foi zero. Exemplar. A câmara levantou a cabeça. Fomos de um rigor absoluto.Continua a haver casos de corrupção em Lisboa?Hoje percebe-se que há muita transparência. Todos os processos que entram na câmara para licenciamento estão na internet. Isto é uma mudança do dia para a noite. Provavelmente ainda há corrupção na Câmara de Lisboa. É uma máquina muito pesada, muito difícil, com excelentes trabalhadores, mas muitos serviços.É possível controlar uma máquina com todas essas minudências?É difícil, mas é possível.Reduzir pessoal e fundir serviços seria uma ajuda?Há sempre a possibilidade de aproveitarmos melhor as pessoas. Mas isso não se faz num ano.Em que se tem traduzido na prática a proximidade de António Costa ao Governo?Fiquei muito contente com o acordo que se fez sobre a Frente Ribeirinha. Primeiro porque foi histórico. Depois, porque foi uma coisa que eu exigia.Quando é que acha que é uma “boa altura” para fundir a Gebalis com a Epul?Não sei se é boa altura para fundir a Gebalis com a Epul.Mas isso faz parte do seu programa eleitoral.Não, não faz.Luís Fazenda e Francisco Louçã dizem que sim. Estão enganados?O que está no acordo que o BE fez com o PS é que é preciso reavaliar as empresas municipais. Há um facto que é importante que as pessoas tenham consciência: neste momento, a Gebalis tem duas grandes investigações judiciais em curso. O segundo facto é que esta empresa atravessa uma situação dificílima na gestão dos bairros sociais, que têm 13.5 milhões de euros de rendas em atraso.A solução não passa por uma fusão?Não podemos fazer fusões do que quer que seja enquanto não soubermos como vamos resolver os problemas parcelares de cada uma destas empresas.Então como é que interpreta o comunicado do BE a criticá-lo por ainda não ter apresentado essa proposta?Expus estes problemas na concelhia [de Lisboa] e ela entende – somos todos livres – que, apesar destes argumentos, se devia apresentar uma proposta de fusão. Mas eu sou vereador e as decisões da Câmara sou eu que as tomo.Admite voltar a ser candidato pelo Bloco em 2009?Não penso nisso.O Bloco tem motivos para o criticar?Tirando divergências pontuais, acho que não.E você, que avaliação faz do apoio que tem recebido do partido?Diz-se que os amigos são para as ocasiões. Não preciso nem de mais nem de menos apoio.Francisco Louçã tem sido mais ou menos solidário?Como eu lhe digo, os amigos são para as ocasiões. As conversas que nós temos tido são cordiais. Estou acima dessas confusões que têm vindo nos jornais. Não penso absolutamente nada em 2009. Eu não tenho tempo para isso. Não tenho partido nem nunca tive. E não sou do Bloco de Esquerda.Pela forma como elogia o seu trabalho, parece que fez mais num ano e meio do que todos os outros Executivos na última década…Não tenha dúvidas absolutamente nenhumas disso. Mas ninguém trabalha sozinho. Aprovei o Plano Verde em grande articulação com o Urbanismo [de Manuel Salgado] e com o vereador Marcos Perestrello.Já perdeu muitos amigos?Que eu saiba não perdi nenhum. Até ganhei vários. Conhece alguém?


Entrevista: José Sá Fernandes, Vereador do Ambiente de Lisboa 2008-08-18 00:05“Ainda há corrupção na Câmara de Lisboa” Diario EconómicoUm dia depois de regressar de férias, Sá Fernandes explicou ao Diário Económico que, apesar de o seu executivo ser de “um rigor absoluto”, tudo indica que ainda existe corrupção na maior autarquia do país.É mais fácil governar Lisboa sem um Sá Fernandes na oposição?Não, o que é mais fácil é não fazer as trapalhadas que se faziam no passado.Que tipo de trapalhadas?Trapalhadas como ilegalidades, corrupções, suspeições, etc. Isso foi zero. Exemplar. A câmara levantou a cabeça. Fomos de um rigor absoluto.Continua a haver casos de corrupção em Lisboa?Hoje percebe-se que há muita transparência. Todos os processos que entram na câmara para licenciamento estão na internet. Isto é uma mudança do dia para a noite. Provavelmente ainda há corrupção na Câmara de Lisboa. É uma máquina muito pesada, muito difícil, com excelentes trabalhadores, mas muitos serviços.É possível controlar uma máquina com todas essas minudências?É difícil, mas é possível.Reduzir pessoal e fundir serviços seria uma ajuda?Há sempre a possibilidade de aproveitarmos melhor as pessoas. Mas isso não se faz num ano.Em que se tem traduzido na prática a proximidade de António Costa ao Governo?Fiquei muito contente com o acordo que se fez sobre a Frente Ribeirinha. Primeiro porque foi histórico. Depois, porque foi uma coisa que eu exigia.Quando é que acha que é uma “boa altura” para fundir a Gebalis com a Epul?Não sei se é boa altura para fundir a Gebalis com a Epul.Mas isso faz parte do seu programa eleitoral.Não, não faz.Luís Fazenda e Francisco Louçã dizem que sim. Estão enganados?O que está no acordo que o BE fez com o PS é que é preciso reavaliar as empresas municipais. Há um facto que é importante que as pessoas tenham consciência: neste momento, a Gebalis tem duas grandes investigações judiciais em curso. O segundo facto é que esta empresa atravessa uma situação dificílima na gestão dos bairros sociais, que têm 13.5 milhões de euros de rendas em atraso.A solução não passa por uma fusão?Não podemos fazer fusões do que quer que seja enquanto não soubermos como vamos resolver os problemas parcelares de cada uma destas empresas.Então como é que interpreta o comunicado do BE a criticá-lo por ainda não ter apresentado essa proposta?Expus estes problemas na concelhia [de Lisboa] e ela entende – somos todos livres – que, apesar destes argumentos, se devia apresentar uma proposta de fusão. Mas eu sou vereador e as decisões da Câmara sou eu que as tomo.Admite voltar a ser candidato pelo Bloco em 2009?Não penso nisso.O Bloco tem motivos para o criticar?Tirando divergências pontuais, acho que não.E você, que avaliação faz do apoio que tem recebido do partido?Diz-se que os amigos são para as ocasiões. Não preciso nem de mais nem de menos apoio.Francisco Louçã tem sido mais ou menos solidário?Como eu lhe digo, os amigos são para as ocasiões. As conversas que nós temos tido são cordiais. Estou acima dessas confusões que têm vindo nos jornais. Não penso absolutamente nada em 2009. Eu não tenho tempo para isso. Não tenho partido nem nunca tive. E não sou do Bloco de Esquerda.Pela forma como elogia o seu trabalho, parece que fez mais num ano e meio do que todos os outros Executivos na última década…Não tenha dúvidas absolutamente nenhumas disso. Mas ninguém trabalha sozinho. Aprovei o Plano Verde em grande articulação com o Urbanismo [de Manuel Salgado] e com o vereador Marcos Perestrello.Já perdeu muitos amigos?Que eu saiba não perdi nenhum. Até ganhei vários. Conhece alguém?

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