Macroscopio: A grande mentira de Durão Barroso

28-12-2009
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Nota prévia do Macro:
Os quatro ilusinonistas do 1º quartel do III milénio. Ninguém confia numa mulher bonita que pede um vodka no bar da esquina..., quanto mais em quatro compulsivos mentirosos que queriam salvar o coiro: 1. G.W.Bush queria vingar o pai por 15 anos antes Saddam ter invadido o Kuweit e mostrar uma posição de cruzada após o 11 de Set. 2001; 2. Antónia Blair é a mana-seguidista que reproduz mimeticamente aquilo que emana da Casa Oval. É o papagaio da coroa que agrada sempre ao Tio Sam; 3. Aznar queria ganhar as eleições, mostrar que era "falcão" nas RI e amigo dos grandes do mundo e colocar a Espanha entre as grandes potências em matéria de realpolitik; 4. Portugal não era nada, tinha apenas a geografia através da base das Lajes para abastecer os aviões do Tio Sam e um PM farto de desgovernar a nação e com uma extrema ambição de ser mordo-mor da Europa - o que veio a ser após ter colhido o apoio daquela troika de mentirosos que fizeram dele o barão da Europa. Até dá vontade de recuperar o Almeida Garrett e dizer: foge cão que ainda te fazem barão... Quase meia dúzia de anos após a estrondosa mentira do século Zé Durão Barroso vem dizer que foi enganado. O que ele pretendia dizer é que enganou Portugal e os portugueses e, de caminho, também enganou o coitado do SLopes - que leva sempre por tabela. A política de Durão Barroso é uma espécie de terra queimada, ela estraga tudo à sua passagem, ainda que ele fique sempre por cima. Espero ver o dia em que ele preste verdadeiramente contas ao País, porque, na realidade, Barroso só pensou no seu umbigo em toda esta jogada secreta que ele cirurgicamente ocultou, até mesmo quando afirmava estar a apoiar formalmente o nome do ex-Comissário António Vitorino para o cargo. Seja como for, foi a ambição desmedida de Barroso que abriu caminho para a maioria absoluta do PS, nesse sentido foi o próprio Durão que esfrangalhou o seu querido partido da Lapa.

PS critica Durão por falar demasiado tarde , [in DN]

JOÃO PEDRO HENRIQUES

Já todos os líderes que, em Fevereiro de 2003, participaram na famosa cimeira das Lajes que deu o pontapé de saída para a invasão do Iraque, reconhecem que a operação militar foi baseada em informações falsas.

Bush, Aznar e Blair já o tinham feito e ontem foi a vez de Durão Barroso, numa entrevista DN/TSF, admitir que "houve informações" que lhe foram "dadas", e "a outros", que "não correspondiam à verdade".

"A operação do Iraque está a correr manifestamente mal. Está a correr muito mal. E, aí, temos de fazer, com mais tempo e distância, um balanço muito objectivo", disse o ex-primeiro-ministro, actual presidente da Comissão Europeia.
À esquerda do PSD, as afirmações de Durão Barroso caíram mal. Mesmo no PS, que agora é Governo, e com que o presidente da Comissão Europeia mantém relações de forte proximidade, por via, nomeadamente, da presidência portuguesa da União Europeia.
José Lello, responsável do PS pelo pelouro das Relações Internacionais, considerou ao DN que Durão Barroso "já devia ter dito isto há mais tempo". A invasão do Iraque - acrescentou - "foi uma armação que caíram alguns líderes internacionais". "Deveriam ter tido mais contenção em relação a informações pouco consistentes", acrescentou.

Já na parte da entrevista referente ao Tratado de Lisboa, em que Durão considerou não se estar perante um documento "revolucionário", José Lello mostrou-se concordante: "O Tratado apenas adequa a funcionalidade da UE às necessidades do alargamento. Pretende incutir eficácia ao seu funcionamento."

À esquerda do PS, o tom das críticas para com Durão, na questão do Iraque, é mais duro.
Albano Nunes, responsável do PCP pelas relações internacionais, considerou ao DN que as declarações do ex-primeiro-ministro são de uma "grande irresponsabilidade" e de uma "enorme gravidade". "Durão Barroso tem responsabilidades na tragédia do Iraque", afirmou o dirigente comunista.

Que acrescentou: "O mínimo que Durão Barroso deveria fazer era assumir que errou, por puro seguidismo face aos Estados Unidos. E com isso reconhecer que a solução passava por meios políticos e não por uma agressão militar."

Segundo Albano Nunes, todas as lições do Iraque devem agora ser aplicadas face ao Irão (debaixo de "fogo" diplomático dos EUA por, alegadamente, estar a construir um arsenal militar nuclear). "Tudo deve ser feito para que se evite mais uma agressão militar", defende o dirigente comunista.
No Bloco de Esquerda - que, em 2003, tal como o PS e o PCP, se opôs à invasão do Iraque - o tom também é muito crítico. "É notável a ligeireza como Durão Barroso se exclui da decisão que levou à invasão", diz Luís Fazenda.

Para o líder parlamentar do BE, o presidente da Comissão Europeia "tem de ser responsabilizado pela situação actual", uma "guerra que já provocou milhares de mortes, além de uma profunda instabilidade no Médio Oriente".

É, além disso, "uma completa falsidade" que, como Durão Barroso disse na entrevista DN/TSF, tenha tido uma "posição moderada" perante a decisão de se invadir o Iraque. "É preciso não esquecer a Cimeira das Lajes. E é preciso não esquecer que, depois, Durão Barroso assinou uma carta com outros seis líderes europeus defendendo uma invasão unilateral do Iraque pelos EUA."

Nota prévia do Macro:
Os quatro ilusinonistas do 1º quartel do III milénio. Ninguém confia numa mulher bonita que pede um vodka no bar da esquina..., quanto mais em quatro compulsivos mentirosos que queriam salvar o coiro: 1. G.W.Bush queria vingar o pai por 15 anos antes Saddam ter invadido o Kuweit e mostrar uma posição de cruzada após o 11 de Set. 2001; 2. Antónia Blair é a mana-seguidista que reproduz mimeticamente aquilo que emana da Casa Oval. É o papagaio da coroa que agrada sempre ao Tio Sam; 3. Aznar queria ganhar as eleições, mostrar que era "falcão" nas RI e amigo dos grandes do mundo e colocar a Espanha entre as grandes potências em matéria de realpolitik; 4. Portugal não era nada, tinha apenas a geografia através da base das Lajes para abastecer os aviões do Tio Sam e um PM farto de desgovernar a nação e com uma extrema ambição de ser mordo-mor da Europa - o que veio a ser após ter colhido o apoio daquela troika de mentirosos que fizeram dele o barão da Europa. Até dá vontade de recuperar o Almeida Garrett e dizer: foge cão que ainda te fazem barão... Quase meia dúzia de anos após a estrondosa mentira do século Zé Durão Barroso vem dizer que foi enganado. O que ele pretendia dizer é que enganou Portugal e os portugueses e, de caminho, também enganou o coitado do SLopes - que leva sempre por tabela. A política de Durão Barroso é uma espécie de terra queimada, ela estraga tudo à sua passagem, ainda que ele fique sempre por cima. Espero ver o dia em que ele preste verdadeiramente contas ao País, porque, na realidade, Barroso só pensou no seu umbigo em toda esta jogada secreta que ele cirurgicamente ocultou, até mesmo quando afirmava estar a apoiar formalmente o nome do ex-Comissário António Vitorino para o cargo. Seja como for, foi a ambição desmedida de Barroso que abriu caminho para a maioria absoluta do PS, nesse sentido foi o próprio Durão que esfrangalhou o seu querido partido da Lapa.

PS critica Durão por falar demasiado tarde , [in DN]

JOÃO PEDRO HENRIQUES

Já todos os líderes que, em Fevereiro de 2003, participaram na famosa cimeira das Lajes que deu o pontapé de saída para a invasão do Iraque, reconhecem que a operação militar foi baseada em informações falsas.

Bush, Aznar e Blair já o tinham feito e ontem foi a vez de Durão Barroso, numa entrevista DN/TSF, admitir que "houve informações" que lhe foram "dadas", e "a outros", que "não correspondiam à verdade".

"A operação do Iraque está a correr manifestamente mal. Está a correr muito mal. E, aí, temos de fazer, com mais tempo e distância, um balanço muito objectivo", disse o ex-primeiro-ministro, actual presidente da Comissão Europeia.
À esquerda do PSD, as afirmações de Durão Barroso caíram mal. Mesmo no PS, que agora é Governo, e com que o presidente da Comissão Europeia mantém relações de forte proximidade, por via, nomeadamente, da presidência portuguesa da União Europeia.
José Lello, responsável do PS pelo pelouro das Relações Internacionais, considerou ao DN que Durão Barroso "já devia ter dito isto há mais tempo". A invasão do Iraque - acrescentou - "foi uma armação que caíram alguns líderes internacionais". "Deveriam ter tido mais contenção em relação a informações pouco consistentes", acrescentou.

Já na parte da entrevista referente ao Tratado de Lisboa, em que Durão considerou não se estar perante um documento "revolucionário", José Lello mostrou-se concordante: "O Tratado apenas adequa a funcionalidade da UE às necessidades do alargamento. Pretende incutir eficácia ao seu funcionamento."

À esquerda do PS, o tom das críticas para com Durão, na questão do Iraque, é mais duro.
Albano Nunes, responsável do PCP pelas relações internacionais, considerou ao DN que as declarações do ex-primeiro-ministro são de uma "grande irresponsabilidade" e de uma "enorme gravidade". "Durão Barroso tem responsabilidades na tragédia do Iraque", afirmou o dirigente comunista.

Que acrescentou: "O mínimo que Durão Barroso deveria fazer era assumir que errou, por puro seguidismo face aos Estados Unidos. E com isso reconhecer que a solução passava por meios políticos e não por uma agressão militar."

Segundo Albano Nunes, todas as lições do Iraque devem agora ser aplicadas face ao Irão (debaixo de "fogo" diplomático dos EUA por, alegadamente, estar a construir um arsenal militar nuclear). "Tudo deve ser feito para que se evite mais uma agressão militar", defende o dirigente comunista.
No Bloco de Esquerda - que, em 2003, tal como o PS e o PCP, se opôs à invasão do Iraque - o tom também é muito crítico. "É notável a ligeireza como Durão Barroso se exclui da decisão que levou à invasão", diz Luís Fazenda.

Para o líder parlamentar do BE, o presidente da Comissão Europeia "tem de ser responsabilizado pela situação actual", uma "guerra que já provocou milhares de mortes, além de uma profunda instabilidade no Médio Oriente".

É, além disso, "uma completa falsidade" que, como Durão Barroso disse na entrevista DN/TSF, tenha tido uma "posição moderada" perante a decisão de se invadir o Iraque. "É preciso não esquecer a Cimeira das Lajes. E é preciso não esquecer que, depois, Durão Barroso assinou uma carta com outros seis líderes europeus defendendo uma invasão unilateral do Iraque pelos EUA."

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