Tomada de posse com céu nublado e períodos de aguaceiros fortes

13-03-2011
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A segunda tomada de posse de Cavaco Silva como Presidente da República começou fria. E terminou debaixo de um céu cinzento. Menos gente nos Passos Perdidos, maior desconforto no hemiciclo e uma sessão de cumprimentos bem mais apressada que há cinco anos.

A verdade é que a esquerda parlamentar, que no arranque da cerimónia não mostrava muitos sinais de satisfação, pareceu sair de São Bento incomodada. O clima no interior do Parlamento foi piorando à medida que as horas passavam.

Se ao juramento alguns deputados da esquerda ainda aplaudiram, o término do discurso do chefe de Estado foi pior. Quando Cavaco se calou, a bancada do PS nem se deu ao trabalho de se levantar e muito menos aplaudir. Era o desfecho natural entre os que já tinham mostrado que estavam ali a contragosto forçados a ouvir Cavaco Silva. E pelo meio foram dando sinais do desconforto. Não houve reacções de contestação, mas houve momentos em que os socialistas não evitaram que um burburinho se sobrepusesse à voz do mais alto magistrado da nação.

O Governo também não se mostrou entusiasmado. Uma boa parte do executivo não aplaudiu o juramento. E muito menos o fim do discurso. Mas José Sócrates aplaudiu, depois de ter passado a maior parte do tempo a olhar para baixo, para as mãos, com expressão carregada. Talvez também porque imediatamente à sua frente estivesse Pedro Passos Coelho, líder da oposição. O primeiro-ministro chegou até a provocar duas quebras de protocolo. Não acompanhou Cavaco no cortejo de saída da sala das sessões. Deixou-se ficar sentado e ainda se demorou em cumprimentos aos bloquistas Francisco Louçã e Luís Fazenda e ao madeirense Alberto João Jardim.

E se no plenário não podiam evitar Cavaco, já no Salão Nobre podiam. E foi o que alguns parlamentares fizeram. A esmagadora maioria dos deputados do PS não compareceu ao beija-mão. Do PCP apareceram três e do BE nenhum. Por isso mesmo, a sessão não chegou sequer aos 25 minutos.

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A vontade de Sócrates em cumprimentar Cavaco era tanta que acabou por provocar a segunda quebra de protocolo na sessão de cumprimentos. Que teve de se iniciar com o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, porque o primeiro-ministro não aparecia. Sócrates foi o nono a apertar a mão ao chefe de Estado.

Mário Soares ainda esteve na galeria de honra, mas já não desceu para os cumprimentos. O antecessor do chefe de Estado, Jorge Sampaio - nem apareceu. Algo que Ramalho Eanes fez questão de fazer.

Mas Cavaco Silva tem responsabilidades na cerimónia apressada e no mais reduzido número de presentes. Por exemplo, não convidou chefes de Estado estrangeiros. Limitou-se a comunicar-lhes a tomada de posse. Além do mais, há cinco anos havia dois presidentes a convidar. Ontem, Cavaco era ao mesmo tempo Presidente cessante e Presidente eleito.

A segunda tomada de posse de Cavaco Silva como Presidente da República começou fria. E terminou debaixo de um céu cinzento. Menos gente nos Passos Perdidos, maior desconforto no hemiciclo e uma sessão de cumprimentos bem mais apressada que há cinco anos.

A verdade é que a esquerda parlamentar, que no arranque da cerimónia não mostrava muitos sinais de satisfação, pareceu sair de São Bento incomodada. O clima no interior do Parlamento foi piorando à medida que as horas passavam.

Se ao juramento alguns deputados da esquerda ainda aplaudiram, o término do discurso do chefe de Estado foi pior. Quando Cavaco se calou, a bancada do PS nem se deu ao trabalho de se levantar e muito menos aplaudir. Era o desfecho natural entre os que já tinham mostrado que estavam ali a contragosto forçados a ouvir Cavaco Silva. E pelo meio foram dando sinais do desconforto. Não houve reacções de contestação, mas houve momentos em que os socialistas não evitaram que um burburinho se sobrepusesse à voz do mais alto magistrado da nação.

O Governo também não se mostrou entusiasmado. Uma boa parte do executivo não aplaudiu o juramento. E muito menos o fim do discurso. Mas José Sócrates aplaudiu, depois de ter passado a maior parte do tempo a olhar para baixo, para as mãos, com expressão carregada. Talvez também porque imediatamente à sua frente estivesse Pedro Passos Coelho, líder da oposição. O primeiro-ministro chegou até a provocar duas quebras de protocolo. Não acompanhou Cavaco no cortejo de saída da sala das sessões. Deixou-se ficar sentado e ainda se demorou em cumprimentos aos bloquistas Francisco Louçã e Luís Fazenda e ao madeirense Alberto João Jardim.

E se no plenário não podiam evitar Cavaco, já no Salão Nobre podiam. E foi o que alguns parlamentares fizeram. A esmagadora maioria dos deputados do PS não compareceu ao beija-mão. Do PCP apareceram três e do BE nenhum. Por isso mesmo, a sessão não chegou sequer aos 25 minutos.

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A vontade de Sócrates em cumprimentar Cavaco era tanta que acabou por provocar a segunda quebra de protocolo na sessão de cumprimentos. Que teve de se iniciar com o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, porque o primeiro-ministro não aparecia. Sócrates foi o nono a apertar a mão ao chefe de Estado.

Mário Soares ainda esteve na galeria de honra, mas já não desceu para os cumprimentos. O antecessor do chefe de Estado, Jorge Sampaio - nem apareceu. Algo que Ramalho Eanes fez questão de fazer.

Mas Cavaco Silva tem responsabilidades na cerimónia apressada e no mais reduzido número de presentes. Por exemplo, não convidou chefes de Estado estrangeiros. Limitou-se a comunicar-lhes a tomada de posse. Além do mais, há cinco anos havia dois presidentes a convidar. Ontem, Cavaco era ao mesmo tempo Presidente cessante e Presidente eleito.

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